Os livros da Bíblia foram escritos por, no mínimo
36 autores, num período que pode chegar a 1.600 anos. Mas existe
uma extraordinária harmonia em todas as suas partes. E cada crente,
ao ler a Bíblia, sente Deus falando com ele. Tudo isso é
evidência de que a Bíblia Sagrada é realmente inspirada
por Deus. Mas a plena convicção dessa inspiração
divina é questão de fé, e não de prova científica.
Por isto é, só a operação do Espírito
Santo em nós é que nos dá a convicção
de que a Bíblia é realmente a palavra de Deus.
A divisão em capítulos e versículos
foi feita bem mais tarde. "Não foi trabalho de uma só
pessoa ou equipe. Os massoretas (especialistas judeus que produziram um
complexo e utílissimo sistema de sinais vocálicos e outros
sinais para a preservação da língua hebraica - puramente
consonantal) - fizeram também a divisão do Velho Testamento
em versículos, no século IX da era cristã. Entretanto,
alguns atribuem ao cardeal Hugo de São Caro, e outros atribuem a
Stephen Langton, arcebispo de Cantuária, Inglaterra, a divisão
da Bíblia em capítulos, no século XIII. Essa divisão
foi aplicada a Vulgata, e por volta de 1440 foi aplicada a Bíblia
hebraica pelo rabino Nathan. A divisão em versículos apareceu
pela primeira vez na Vulgata em 1555, trabalho de Robert Stephen, em Gênova.
Em 1551 Robert Stephen tinha lançado em Gênova uma edição
do Novo Testamento grego. A primeira Bíblia inglesa, com divisão
em capítulos e versículos, foi publicada em Gênova,
em 1560".
A Bíblia editada sobre a chancela da Igreja Católica
tem sete livros a mais do que a editada pelos evagélicos. Até
o século XVI não havia uma definição oficial
sobre a situação desses livros. Alguns os aceitavam como
inspirados; outros, não. Mas no dia 15 de abril de 1546, o concílio
de trento anexou-os, por decreto, a Bíblia. Os evangélicos
chamam esses livros de apócrifos e não os aceitam como inspirados
por Deus.
Os livros apócrifos, comparados com os livros
inspirados, revelam uma grande pobreza de estilo e conteúdo. Além
disso, ensinam doutrinas e práticas que se contradizem com os livros
inspirados. Por exemplo: justificam a mentira (Judite 10.11-17; 11.1-23;
15.8-10) e o suicídio (2 Macabeus 14.37-46); ensinam feitiçaria
(Tobias 6.1-19) e oração pelos mortos (2 Macabeus 12.38-45).
Uma simples leitura é suficiente para nos mostrar que eles não
são inspirados por Deus.
A revelação especial está encarnada
na Bíblia Sagrada Através dela Deus nos diz quem ele é,
quem somos nós, de onde viemos e para onde vamos, e seu plano geral
para a nossa vida. No passado Deus falou a Moisés "boca a boca"
(Números 12.8). Hoje Deus nos fala através da Biblia Sagrada.