O Vento sopra macio
Assobiando suave
Nas copas frondosas das árvores
Em pleno verão.
A relva balança ligeiramente
Esgueirando-se
Em ondulante movimento.
Procuro, no fundo silêncio:
Uma voz,
Um som,
Um ruído,
Um amigo.
A noite densa.
A tarde morna.
De manhã, cedinho,
Vejo a aurora resplandecente.
E, no crepitar das chamas do coração,
Surgir, maviosa e radiante,
No majestoso horizonte
De minha natureza interior,
Uma canção.
Canção do Silêncio.
Aurora do meu despertar.
Fernando A. Moreira