em PESSOA,
Mas, não o Pessoa
Da floresta do alheamento.
Nem me chamo SABINO
ou GABEIRA, tampouco.
Não expulsei os mouros Da Espanha,
Nem fui assassinado na Sérvia.
Não circunaveguei o mundo
Nem cacei esmeraldas Nos Sertões.
Ao longo da História
Encontrei muitas referências
Mas, nem por isso deixei de querer
Ser original.
Sou, apenas, o FERNANDO
ALLAH, para muitos,
que, por estigma ou maldição
Ainda carrego no nome
Essa alcunha de MOREIRA.
Só o FARIAS
Fica um pouco esquecido
Por má colocação, talvez,
Ou por ficar escondido
E sempre abreviado.
Quem sabe, apenas,
Por ter origem materna.
Desde as estórias
Mais tenras da infância,
ALLAH, velho nome de guerra
Já sepultada no armistício
De minha própria consciência.
FERNANDO,
tornei-me, então,
Simplesmente, FERNANDO
Um Moreno
No meio da multidão.
Fernando A.Moreira