O Livro

 

 

 

  A idéia da página começou com a divulgação de trabalhos do livro "PALAVRAS CAÍDAS" que foram reunidos ao longo de uma série de apresentações ocorridas entre os anos de 1987 e 1990, quando da organização, em regime de cooperativa, da revista ENGRENAGEM DA POESIA sob a coordenação do nosso grande amigo HORÁCIO DE SOUZA.

 

  A atuação de diversos poetas e poetisas em bares, clubes e associações deflagraram a propagação de uma nova tendência que, buscando fugir do elitismo e dos altos custos das edições convencionais, concentrava sua atenção na divulgação oral de seus poemas, buscando alcançar assim um público novo e muito mais vasto...

 

  Dentre as manifestações desse movimento, destacou-se o lançamento, em 29 de agosto de 1990, do Manisfesto "NHENGA SOCA", em defesa do MOVIMENTO VERBALISTA na poesia.

 

  Assinado por diversos autores engajados na tarefa de criar novos espaços e buscar novos horizontes para a poesia falada, o manifesto principiava com os dizeres: "Falo... logo existo! (e insisto!)".

 

  Infelizmente, as dificuldades encontradas aliadas às grandes oscilações políticas que caracterizaram o período de pseudo "redemocratização" do país, terminaram inviabilizando a continuação dos projetos.

 

  Entretanto, embora dispersos, acredito que cada um dos que participaram daqueles acontecimentos, continua, a sua maneira, engajado na busca permanente de novas formas de expressão que permitam a verdadeira DEMOCRATIZAÇÃO da Cultura.

 

  E este foi sempre o único e verdadeiro objetivo de todas essas manifestações. Permitir à Cultura mover-se livremente na busca de sua verdadeira finalidade: O aperfeiçoamente constante do Ser Humano, tanto como indivíduo quanto como agente das transformações sociais de seu tempo.

 

  E, com este mesmo objetivo, resolvi, então, utilizar-me deste espaço para continuar a divulgação dos trabalhos que foram surgindo, como forma de manter acesa a chama que principiou a arder naqueles tempos para que, espero, nunca mais se apague.

 

  Espero, sinceramente, que cada um, a sua maneira, também seja capaz de continuar a propagação dessa mensagem...

 

  Fernando A.Moreira

 

 

 

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