As
dinâmicas
Introdução
Critérios para a
escolha de uma dinâmica
Quando escolhemos uma
dinâmica devemos fazer, pelo menos, quatro perguntas:
- Que objectivos
pretendemos alcançar no grupo?
- Quantas pessoas
participarão na reunião?
- Em que ambiente material,
com que recursos de conta?
- Qual o tema à volta do
qual girará a sessão?
Em função das respostas a
estas perguntas é que devemos escolher a dinâmica e com que
objectivo. Porque:
- Nem todas as dinâmicas
servem para todos os objectivos.
- Nem todas as dinâmicas
se podem utilizar com todo o tipo de pessoas.
- Nem todas as dinâmicas
se podem utilizar sem material adequado.
Algumas notas
importantes
- Nunca se pode esquecer
que as dinâmicas não são um fim em si mesmas, mas
um meio para conseguir um objectivo. Portanto,
devemos estar mais preocupados com o objectivo e não
com a dinâmica.
- Utilizar dinâmicas
variadas, não só o método expositivo em grupo
grande, mas também dinâmicas activas,,,
- Há um perigo de cair na
"mecanicidade": usar as dinâmicas por
automatismo, sem adaptações
- Algumas dinâmicas não
foram pensadas para a reflexão. Com algumas
adaptações podem ser utilizadas.
- O animador deve cultivar
a sua criatividade e procurar "criar"
dinâmicas adaptadas à realidade do seu grupo. Deve
procurar também bibliografia adequada.
Algumas dinâmicas mais
utilizadas
Discussão
Esta técnica tem como objectivos
prioritários: a compreensão, a crítica, a cooperação e a
disciplina democrática.
Participantes
Necessita para o seu
desenvolvimento de:
- Um coordenador.
- Um secretário.
- Os restantes membros do
grupo.
O coordenador pode ser o animador,
ou um participante designado pelo animador ou escolhido pelo
grupo. O secretário pode ser um participante designado pelo
animador. ou escolhido pelo grupo, ou um voluntário.
Funções do animador:
- Preparar e propor as
questões a discutir.
- Procurar que na discussão
participe todo o grupo, incentivando uns ou
"travando" outros.
- Reorientar os trabalhos
quando caiam num "ponto morto".
- Não permitir que se
desvirtue a discussão e os trabalhos.
- Ajudar o secretário a tomar
notas.
Funções do secretário:
- Anotar no quadro ou num papel
os factos mais significativos da discussão: opiniões,
pontos de vista, conclusões, etc.
Funções dos restantes membros
do grupo:
- Tolerância para as opiniões
dos outros.
- Escutar.
- Objectividade no que se diz.
- Pensar e submeter-se às
regras democráticas antes de falar.
Passos concretos para o seu
desenvolvimento
- O animador indica: tema de
estudo, fontes (material, pessoas, bibliografia ou de
outro tipo) e o prazo de realização.
- Determina-se que será o
coordenador. No caso de o coordenador ser um
participante, as questões do tema que serão discutidas
devem ser preparadas pelo animador e o participante.
- O grupo deve preparar
individualmente ou em equipa o tema. Sempre que
necessário podem consultar o animador.
- No dia estabelecido, o
coordenador, tomando como base o projecto de questões
elaborado no passo 2 promoverá uma discussão em grupo,
questão a questão. As conclusões a que se vão
chegando, são anotadas por todo o grupo (não só pelo
secretário).
Pares
Objectivos
- Ajuda a encontrar soluções
para "problemas" de forma participativa, em
auto-gestão e rápida (eficácia)
- Exercita e desenvolve a
exactidão, clareza e concisão na expressão verbal e
dinâmica.
- Exercita e desenvolve a
criatividade do grupo perante problemas reais e
concretos.
- Responsabiliza e compromete o
grupo para levar à prática "a" ou
"as" melhores soluções teoricamente
encontradas para um problema (praxis).
- Obriga a dominar as nossas
preocupações e a escutar os outros nos seus desejos e
opiniões.
Participantes
Deve ser sempre um número par.
O animador é o coordenador do
grupo. Quanto mais desconhecidos os membros do grupo, mais
eficácia da técnica.
Pode-se nomear, escolher ou ser um
voluntário, o "secretário" para anotar as diversas
soluções para o problema.
Preparação do ambiente
É necessário:
- Uma sala para grupo médios
com material móvel.
- Um quadro grande ou, quando
não houver, folhas soltas.
- Papel e esferográfica para
cada um dos membros.
Passos concretos para o seu
desenvolvimento
- Explicação em "grupo
grande" do problema e da possível forma (técnica)
para o resolver.
- Convida-se os participantes a
distribuir-se por pares (A1 e B1)
- Durante 10 minutos (5+5) A1
explica a B1 as possíveis soluções para o problemas,
na sua opinião B1 anota e verifica se entendeu bem. B1
faz o mesmo em relação a A1.
- Muda-se de par durante outros
10 minutos (5+5). A1 explica a B2 as soluções que
anotou para que B2 as aceite ou recuse, explicando
porquê. E B1 faz o mesmo com A2.
- No grupo grande partilha-se
as soluções aceites que cada membro tem anotadas e que
não são as suas, mas as de outro colega. O secretário
vai anotando-as sistematicamente no quadro.
- Votação das 3 soluções
que cada um considera como melhores.
- Levar à prática as
soluções mais votadas.
Centro da praça
Objectivos
- Exercita e desenvolve a
capacidade de estabelecer laços entre uma pessoa e um
grupo.
- Exercita e desenvolve a
capacidade de observação objectiva dos outros, assim
como a interpretação de condutas.
- Clarifica e ajuda a
espontaneidade quando se é centro das atenções de um
grupo tanto como sujeito, ou como objecto das conversas.
- Clarifica a diferença entre
a situação de ser o "centro" de um grupo
(rodeado por todos os lados e ao mesmo tempo ameaça) da
situação de ser "líder" e a situação de
ser um "símbolo" do grupo.
Participantes
15 ou 20 pode ser o número
óptimo para tirar rendimento desta técnica.
O tempo global necessário é de 1
hora e meia, aproximadamente.
O animador é mais um dos membros
do grupo, mas, se não houver voluntários, pode escolher, de
acordo com o seu conhecimento do grupo, aqueles que julga
oportunos.
Preparação do ambiente
É necessária um sala para grupo
médios com material móvel.
Não é necessário nenhum
acessório adicional.
A colocação em círculo ou oval
deve ser a mais perfeita possível, com todos os membros do grupo
a verem-se cara a cara. Nenhum objecto deve servir de apoio ou
defesa.
Passos concretos para o seu
desenvolvimento
- Um voluntário coloca-se no
meio do grupo. Pode ficar de pé, sentar-se numa cadeira,
sentar-se no chão
o que lhe apetecer. Durante 10
minutos deve inter-agir livre e espontaneamente com o
grupo.
- Breve avaliação dos
diálogos, dos silêncios, das manifestações corporais,
etc., de cada membro do grupo, observados no 1º passo.
(O que esteve no centro deve ser o último).
- Um segundo voluntário ocupa
o lugar do centro do grupo durante outros 10 minutos.
- Breve avaliação (conduta
observada + interpretação) como no 2º passo.
- Um terceiro voluntário ocupa
o centro, seguindo-se uma breve avaliação.
- Durante cerca de 15 minutos
faz-se a avaliação global da dinâmica do grupo durante
toda a sessão.
Outras dinâmicas: Trocas;
Philips 6x6; Cochicho; Mesa Redonda; Roda Folhas
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Arciprestal da Pastoral Juvenil de Barcelos
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Última actualização: 30-12-1997