A FLORESTA DE CRACUNDA

    Na longínqua floresta de Cracunda, uma mata metade bolacha metade bunda, vivia um povo nômade que atendia pelo nome de Brídios, uma comunidade que adorava a deusa Brida, entidade personificada na forma de uma cadela toda ornamentada com plumas, paetês, organzas e penas de faisão que nas noites 13 de qualquer mês se transformava numa mulher gorda, flácida e cambaleante, caracterizada por uma tireóide no pescoço. Quando o povo capturava qualquer curioso que se atrevesse bolacha adentro, levavam-no imediatamente à presença da citada deusa que dizia:
        -Do you speack english?
        -Brócolis.
        -What?
        -I am Brócolis. I am the Big Boss from Vegetable Kingdom. I am the Boss and this is champangne and this is Christimas and lets play the Carnival.
    O povo da tribo ficou enlouquecido porque nunca tinha visto champanhe na vida. The Big Boss aproveitou a ocasião para vender seus livros de culinária francesa e também para envenenar toda a comunidade, pois essa tribo remota praticava incestos, necrofilias e antropofagia, dentre outras gias.
    Então Deus, o ser supremo e máximo, baixou por sobre a cabeça de Brida, que neste momento começou a falar em línguas e disse em voz alta: - "Não bebam deste champanhe. Vocês não sabem o que estão fazendo". Mas ninguém deu ouvidos à puta. Tomaram todo o champanhe e começaram a se transformar em executivos de sucesso, secretárias, recepcionistas, todos engajados, com emprego e carta de recomendação à empresa.
    Como num passe de mágica, a floresta bolacha se transformou em uma imensa metrópole com arranha-céus, pontes e monumentos. Brida, por ter somente o primeiro grau completo, conseguiu um emprego de varredora de rua e jardineira nas horas vagas.
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