PERSIRELA - A RATA
BORRALHEIRA
- Há muitos e muitos anos, viviam num
apartamento do Manoel Pinto, às margens do rio Itacaiunas, três jovens: Jandonara,
Edimara e Persirela. Jandona e Edimarinha eram as irmãs más e obrigavam a pobre Persiga
a trabalhar dia e noite feito puta para deixar o apê limpo. Até que chegou um dia em que
veio uma notícia em todo o reino. O príncipe Lindo Lindão do Pauzão ia dar um baile e
escolheria a menina mais linda para desposá-la. Sabendo da notícia, Persiga tratou de
fazer todas as tarefas do lar, para que quando chegasse a hora, as irmãs Jandona e
Edimarinha a deixassem ir ao baile. Mas algumas horas antes , ocorreu o previsto. Brida, a
cadela da família, se soltou de sua coleira e cagou toda a sala. Não contente com a
cagança, passou merda nos móveis e na cara de Persiga. As irmãs, ao verem tal cagada,
tacaram um tapão na cara de Persiga e a acorrentaram junto à pia. Persiga aos prantos
pediu à sua entidade Madrinha, Alzira De Uma Macumba Mal-Feita, que lhe ajudasse.
- Alzira libertou Persiga vestindo-lhe
de forma encantadora com um deslumbrante trapézio preto de noite, depois transformou uma
pipoca em carruagem e a Brida no cocheiro e disse: "Vai minha filha, arrasa. Mas
olha, meia-noite tu volta que a macumba irá se desfazer automaticamente".
- Persiga foi e aconteceu. Só que bebeu
alguns golões a mais e perdeu a hora. Quando o pêndulo bateu à meia-noite ela levou um
susto, pois havia lembrado-se da macumba. Soltou o pauzão do Lindo Lindão com quem
estava dançando e meteu o pé na carreira.
- "Espere"- disse ele ainda de
calças abertas e doido pra gozar. Mas Persiga já havia sumido. Na pressa ela deixou cair
o seu pivô. E o príncipe ordenou que a dona daquela peça fosse encontrada a qualquer
custo.
- Semanas e semanas numa procura
incessante e finalmente o príncipe chegou ao apê das meninas. Já encontrou as duas
irmãs chorando pois as mesmas exibiam suas respectivas arcadas dentárias perfeitas.
Restou então a Persirela.
- "Sorria"- disse o príncipe.
Ao que Raquel meio sem graça esboçou um sutil sorriso exibindo sua boca banguela. O
príncipe não quis nem conversa e meteu o tapa nela dizendo: "Sua puta, como ousa
querer casar comigo? Banguela nojenta".
- Rachela, de vergonha, saiu correndo,
mas no caminho tropeçou no alçapão do porão rolando escada abaixo. Chegando ainda
viva, ficou mais puta e então pegou uma faca e cortou o pescoço do qual emanaram milhos
e milhos de pipoca de sua tireóide.