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MATEMÁTICA MONISTA |
Pedro Orlando Ribeiro |
Quem lê o Capítulo 11 (A Visão Diante da Biologia) do livro O Sistema, de autoria de Pietro Ubaldi, encontra uma passagem interessante sobre a reorganização das unidades individuais - através da ação da Lei das Unidades Coletivas - em unidades orgânicas maiores e mais complexas. O autor mostra que a nova unidade é mais do que uma simples junção de unidades individuais elementares. Trata-se realmente de uma reorganização orgânica em que os componentes ao se integrarem a este novo grupo se potencializam e, agindo e reagindo com os outros elementos, aumentam exponencialmente as qualidades do novo indivíduo coletivo. Para demonstrar, Ubaldi usa o exemplo numérico da unificação de duas unidades com outras duas na formação de um grupo orgânico maior. Veja abaixo o texto: A tarefa da evolução é
justamente a de
executar a reorganização do caos. Dessa forma, o princípio da individuação muda no sentido em que mudam
as dimensões da unidade elementar, ou seja, do eu. Este fato, pelo qual cada um dos momentos do todo
tendem a fundir-se, organizando-se em grupos cada vez maiores, não é um fato estéril de simples soma
de unidade. Neste caso não temos: 2 + 2 = 4, e sim: 24 = 16. Isto no sentido em que se
alcança não somente uma quantidade maior, mas ainda mais: uma qualidade superior, de valor maior. A
própria física nos ensina que o valor dos fenômenos e do espaço muda em relação às suas dimensões. O que
vale para uma, não vale para outra, os princípios aplicados ao infinitamente pequeno não valem para os do
infinitamente grande, nem para os do meio, que estão entre os dois. Ao unificar-se em grupo, os elementos componentes adquirem uma posição
diferente, que representa um valor muito superior ao de sua soma, por sua vez representado pelo estado
orgânico. Representa um nível evolutivo mais alto, na qual a vida adquire novas qualidades e
potencialidades, inacessíveis ao indivíduo isolado e mesmo a uma multiplicidade de indivíduos confusamente
amontoados. O estado orgânico representa, sem dúvida, uma das tendências criativas da evolução. E isto pelo
fato de se formar uma nova individuação do ser com a reunião dos elementos individuais num grupo. É um
organismo diferente, onde aparece um princípio diretivo diverso, uma nova lei que o rege e não é mais a
mesma que dirigia cada um dos componentes. Passa-se, assim, a um plano mais alto de
evolução, a um novo parágrafo da Lei, significando a reaproximação do Sistema. (P. Ubaldi – O
Sistema – Cap. 11 ) Como se explica
esta
operação matemática na qual 2+2 torna-se 24, ou seja, como 4 vira 16? Haverá uma explicação
lógica para isso? Será que o autor sacou de passagem este exemplo numérico sem muita preocupação com a
exatidão matemática? Ou haverá atrás deste exemplo uma férrea lógica, coerente com a sua monumental obra
filosófica? Vamos tentar provar que a última hipótese é a
verdadeira, isto é, que o exemplo numérico apresentado foi escolhido a propósito, pois demonstra com
exatidão matemática um fato real. Vamos mostrar as operações matemáticas intermediárias que foram omitidas
no cálculo. Usaremos em vez de dois números iguais um exemplo mais genérico: 3+7=10. Demonstraremos
que esta expressão se transformará organicamente em 102=100. Para maior clareza
empregaremos uma representação gráfica para visualizarmos melhor o assunto. Suponhamos que cada unidade seja representada graficamente por um
quadrado de 1 X 1 na figura abaixo: A parte vermelhado quadrado representa a potenciação de 3, ou seja, 32 1+1=4 1+2=9 1+3=16 ...... 2+2=16 2+3=25 ...... 7+3=100 7+4=121 etc. É aconselhável não esquecer que se trata de fusão de individualidades
e não uma simples adição. Quando acontece um fenômeno de fusão há uma transposição de
dimensões:(...)o princípio da individuação muda no sentido em que mudam as dimensões da unidade elementar, ou seja, do
eu.(....)O que vale para uma dimensão, não vale para outra. Assim se justifica este novo tipo de operação matemática. Para quem ainda não está familiarizado com a
Evolução das Dimensões, a leitura dos capítulos 34, 35, 36 e 37 d'A Grande Síntese pode ajudar
a compreender estas transformações. |
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