Que tal falarmos a respeito da auto-estima ?
Venho observando ultimamente e também me perguntado: Por que determinadas pessoas sofrem mais do que outras ? Por que suas vidas são um emaranhado, enquanto outras parecem viver de forma mais branda?

Acredito que quando nos colocamos em condição inferior aos outros, nos tornamos realmente inferiores. É como se nosso cérebro recebesse uma mensagem de que precisamos de ajuda, tanto material como espiritual, e ficamos em posição de pedinte, e aos poucos começamos realmente a acreditar de que somos inferiores e que outros devem nos ajudar. Nossa vida começa a declinar e em pouco tempo estaremos em condições precárias. A letargia e a preguiça introduzem-se em nós, e sentimos que nada podemos fazer para mudar esse quadro. Aliás, nem percebemos o estado em que estamos. Para revertermos esse quadro é necessário muita coragem, força de vontade e observação. É imprescindível que queiramos sair desta letargia, é necessário observarmo-nos, perceber o estado. Com a palavra perceber me refiro ao ato de observarmos a nós mesmos e ao outros.

Existem determinadas pessoas que nos trazem o aprendizado de coisas que faltam em nós. Por exemplo, se somos preguiçosos e percebemos o nosso estado, então a preguiça lentamente, ou quem sabe, rapidamente, vai embora. Quando vemos uma pessoa organizada, e observamos também a nós mesmos sem encontrarmos essa mesma qualidade, então podemos acreditar que já estamos no caminho certo, pois já conseguimos perceber a falta dessa qualidade em nós, porém temos que evitar o risco de ficarmos olhando para a pessoa com sentimento de inveja, querendo viver a vida dela, e ficarmos nos remoendo, e nos perguntando por quê não somos como aquela pessoa.

Ficarmos nos remoendo não é produtivo, devemos perceber nosso estado, ouvir a preguiça, ou seja, se um determinado objeto está fora de seu lugar ele fala com você que o lugar dele não é ali. Isso é sensibilidade, isso é sentir o seu estado, é olhar, talvez fiquemos anos olhando e nada aconteça, mas nesse "não acontecer", algo já está mudando. Então um dia vamos lá e colocamos o determinado objeto no lugar, ou seja, já entramos em contado conosco, já ouvimos o objeto, já o colocamos em seu lugar correto.

Vamos observar o estado em que estamos, como entramos nesse estado, o por quê de estarmos assim?
Vamos deixar que os sentimentos contem suas histórias, paremos de fugir de nós mesmos.
Que tal nos olharmos? Não interessa o que vejamos, simplesmente façamos a viagem.
As malas estão prontas. Basta querermos continuar.

Mensagens para mariangel@usa.net

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