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CAIUS VINICIUS
caius@super.com.br

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SEJA LIVRE COMO UM PÁSSARO...
DROGAS...? FIQUE FORA!

                                     
                                          D R O G A S
Nome genérico com que se designam em Toxicologia as substâncias naturais ou sintéticas, que alteram transitoriamente o comportamento físico e emocional daqueles que as consomem.
Problema social dos mais graves, a toxicomania, ou mania de intoxicar-se com entorpecentes, pela ingestão de drogas, tem suscitado vários movimentos e a fundação de inúmeras entidades, públicas e particulares, que visam ao esclarecimento, sobretudo da juventude, sobre os malefícios decorrentes desse vício. Em São Paulo, o Conselho Brasileiro Sobre Problemas do Alcoolismo e Toxicomanias publicou em 1.982 um folheto instrutivo sobre drogas, em que consta: "O uso de drogas, sem orientação médica, pode provocar mal-estar físico e emocional, prejudicando até socialmente o indivíduo. As substâncias ou drogas mais usadas são: álcool, tabaco (fumo), maconha, estimulantes, inalantes (aspiração), e alucinógenos (provocam alucinações). São drogas usadas pelo seu poder psico-ativo (alteram a mente) e muitas delas trazem problemas físico graves. Tanto que a necessidade de consumir uma droga continuadamente pode criar dependência. Esta necessidade se caracteriza por alterações mentais e/ou físicas que dificultam o controle do uso ou da abstnência. Assim, o consumidor pensa que para sentir-se bem, ou mesmo sobreviver, precisa drogar-se, criando o que se chama de dependência psicológica.
CUIDADOS:
Já a dependência física, conhecida como farmacodependência é mais profunda, atingindo o mecanismo energético e estrutural do usuário.
ABUSO:
Com o uso contínuo de drogas, o organismo do indivíduo vai adquirindo mais resistência, obrigando-o a tomar quantidades cada vez maiores para ter os mesmos efeitos. Isto se chama tolerância e, geralmente, se desenvolve junto com a dependência física.


As razões por que se consome abusivamente drogas, são muitas, mas podemos simplificar em: desejo ou suposição de que elas podem resolver todos os problemas; influência de amigos para experimentá-las; fácil acesso às drogas socialmente aceitas como álcool e tabaco. E os motivos para se experimentar ou usar ocasionalmente são: curiosidade ou pressões sociais; falso prazer que produzem a fácil obtenção.
Quanto ao uso contínuo, a causa principal é o medo que o usuário tem de sentir os efeitos da abstinência.
Todas as drogas são prejudiciais. O perigo depende de fatores como: tipo de droga, freqüência de uso e combinações com outras substâncias. Assim, também a condição física (peso e altura), a personalidade do usuário e o ambiente onde é consumida a droga podem influir no seu efeito.

                                               Á L C O O L
É uma substância natural derivada da fermentação de carboidratos (açúcar e farinha de cereais). Embora muitas pessoas acreditem que seja estimulante, é uma droga depressora do sistema nervoso. Quando ingerido em doses pequenas, seu efeito é tranqüilizante, afetando o autocontrole. Em doses maiores diminui os sentidos e altera a coordenação motora, o juízo e a memória. Bebido em doses altas e por tempo prolongado, pode danificar o fígado, o coração e o cérebro, apesar de existirem fatores físicos, mentais e ambientais que produzem diferentes reações nas pessoas.

Os motivos por que as pessoas bebem são os mais diversos: culturais, pessoais, religiosos ou sociais - os mais freqüentes. Em reuniões ou festas, geralmente, todos bebem para relaxar ou participar mais de um grupo. Já outros bebem para esquecer as preocupações, fugir às tensões.
Mesmo que a ingestão do álcool seja moderada, ela pode ser perigosa. Pois é o bastante para provocar acidentes, como os de trânsito por exemplo.
SINTOMAS:
Os sintomas de uma pessoa alcoolizada são os mais fáceis de notar. Além do desagradável cheiro do álcool, observam-se alterações na coordenação motora e na percepção, distorção visual, fala balbuciante e diminuição na capacidade de lembrar e pensar.
EFEITOS E DANOS:
E os efeitos tóxicos do álcool podem levar à morte, pois deprimem o centro do cérebro que controla a respiração.
A crença de que seja nutritivo é falsa. O conteúdo calórico que ele apresenta nada tem a ver com proteínas, gorduras ou vitaminas A, B2, B3, B6, B12 e C do organismo.
O álcool está relacionado com a origem de algumas doenças como: pancreatite, cirrose, polineurite, convulsões, delirium tremens, anemia, pelagra, úlceras cutâneas, etc. A mulher grávida que bebe grandes quantidades da droga, corre o risco de ver seu bebê nascer com anomalias físicas e mentais.

Tornando-se um alcoólatra, ou alcoólico, o indivíduo não consegue controlar o impulso de beber. Isso traz conseqüências negativas à sua família, no emprego e com os amigos, por que afeta a sua própria vida e também a de quem o rodeia. É um indivíduo que só vive de beber.
TRATAMENTO:
O melhor tratamento do alcoolismo crônico constitue um problema médico. Se o caso pode ser perfeitamente curado pelo facultativo, bastará o tratamento pela psicoterapia. O método consiste em o psiquiatra levar o paciente a contar detalhadamente a sua vida. Descobrem-se, assim, os fatos que seriamente afetaram a personalidade, em especial na infância, e que o introduziram a procurar fugir às realidades da vida, recorrendo ao álcool.
O paciente é animado com a possibilidade da cura, um plano de vida lhe é esboçado, e ele recebe o encorajamento para iniciar um novo sistema de proceder. Diz-se lhe que a cura depende em grande parte de sua vontade, e que seu esforço pessoal é um dos mais poderoso fatores de cura à sua disposição.
Não se pode afirmar que as curas atinjam cento por cento, mas se o paciente tiver a necessária compreensão para dar o devido valor ao tratamento, se sinceramente desejar cura, se ainda possue uma partícula de respeito próprio, alguns gestos do ego, existe boa perspectiva de adaptar às condições e reassumir uma posição de respeito na sociedade.
O paciente deve ser instruído quanto a adotar uma conduta correta, e formar novos hábitos; auxiliado a
vencer seus temores e o complexo de inferioridade que o levou a buscar o álcool. As energias que eram dispendidas pelo vício, cumpre serem dedicadas a algum exercício saudável. As sugestões por parte do médico, são aos poucos fortalecidos e habilitados a recusar a bebida onde, em outros tempos, só podiam aceitá-la. Dedicar-se à ocupação favorita ou a algum exercício, serve de auxílio em preencher as horas de lazer, de maneira que pouco tempo reste para pensar sobre o problema da bebida. Um sentimento de força substitue o de inferioridade, e o que conduzia à derrota é suplantado pelo da vitória.

                             ESTIMULANTES
Os estimulantes são tipo de drogas que atuam no sistema nervoso, acelerando a atividade mental e produzindo estados de excitação. Em conseqüência, os estimulantes modificam as reações de movimento, audição e sensibilidade, entre outros. A cafeína, cocaína e anfetaminas são os estimulantes mais usados. A cocaína e anfetamina são empregadas na medicina: uma como anestésico local e outra no tratamento da narcolepsia (sono incontrolável), em crianças com dano cerebral mínimo e para a redução temporária do apetite.
Três drogas compõe as anfetaminas: anfetaminas, a dextroanfetamina e metanfetamina. Elas estimulam o sistema nervoso, provocando uma sensação de vivacidade, agilidade na fala e aumento na atividade física e motora.
USO E DEPENDÊNCIA:

Sendo altamente excitantes, essas substâncias devem ter uma orientação médica, como por exemplo no contrôle do apetite. Desse modo, muitas pessoas tomam anfetaminas para se sentirem alertas e com energia, tendo a falsa sensação de euforia e bem-estar. E quem combate a fadiga ou quer se sentir bem, usando a droga, pode desenvolver uma dependência. Esta dependência se caracteriza por uma necessidade de se drogar sempre para evitar a depressão. Como a anfetamina provoca insônia, o indivíduo recorre as pílulas para dormir ou ao álcool. Aí cria-se o ciclo vicioso, pois querendo acabar com a sonolência, o mesmo indivíduo, se utiliza de anfetamina, prejudicando intensamente o organismo. Mesmo em pequenas doses essas drogas são perigosas para alguma pessoas.
SINTOMAS:
A inquietação é o sintoma mais visível de quem usa estimulantes. Mas a ansiedade, mudanças no ânimo, pânico, alucinações, pensamentos paranóicos, disfunção cardíaca e circulatória, convulsões e estado de coma caracterizam, também, os viciados.
PERIGOS:
O consumo excessivo de anfetaminas causa danos cerebrais, como: alterações na fala e dificuldade de expressão. Se a droga foi injetada, o perigo é maior, pois uma dose excessiva de anfetamina injetada, pode levar a morte. E o aumento da dose e da freqüência pelo indivíduo, faz com que o acúmulo da droga no organismo aumente, o que provoca a psicose anfetaminica. Este estado se caracteriza geralmente, por pessoas desconfiadas, esquisitas, obstinadas e, muitas vezes, violentas.

Assim como as anfetaminas, a cocaína apresenta o mesmo quadro.
TRATAMENTO:
Supressão total da droga, psicoterapia e terapia individual e de grupo, sedação se necessário.

                               M A C O N H A
Também conhecida como "erva", a maconha é uma planta que, consumida em quantidade, afeta as condições psíquicas e físicas dos indivíduos. Os seus vários tipos produzem desde leves intoxicações até reações violentas. O que determina o efeito psicoativo (alterações da mente) da planta é o tetra-hidro-canabinol (THC), mas o resultado fundamental depende do comportamento do indivíduo perante a droga. Ou seja, sua condição física e mental e a reação que a droga por si mesma pode provocar. Foi provado cientificamente, que a droga não aumenta a sensibilidade da pele, ouvidos e vista, como se pensava. Ao contrário, a maconha provoca perda de memória e alteração na concepção de tempo; diminui a atenção, reduz o tempo de reação, a capacidade de aprender, afeta a percepção e a coordenação dos movimentos.
SINTOMAS:
Os efeitos imediatos de quem fuma maconha se caracteriza pelos olhos lacrimejantes e vermelhos, garganta e boca secas e aceleração das batidas do coração. Quando usada em doses mínimas, podem surgir sensações de euforia, relaxamento, alteração na identidade e acessos de riso.
REAÇÕES E DEPENDÊNCIA:
A reação mais violenta que a maconha pode provocar é a de pânico e ansiedade depois de fumá-la. Este estado é apenas um desdobramento dos efeitos, como por exemplo: o medo de perder o controle e enlouquecer produzem uma ansiedade intensa. Os sintomas desaparecem depois de várias horas. Mas as pesquisas demonstram que se pode desenvolver uma tolerância e dependência da "erva".
Os sintomas aumentam de acordo com o aumento do consumo e, como outras drogas, a maconha afeta o crescimento em pessoas jovens. A maconha se apresenta como um ponto de fuga das dificuldades. Geralmente, nos jovens a droga é um empecilho para seu desenvolvimento, amadurecimento, na capacidade de serem independentes e responsáveis. Isto é, o medo de enfrentar o êxito ou fracasso, formando suas próprias opiniões e valores. E quem pensa que a maconha tem propriedades medicinais, erra. Não há nenhuma verdade científica de que a droga sirva para o tratamento de reumatismo e doenças crônicas. Estas falsas conclusões só desorientam as pessoas que pensam em beneficiar-se com o uso da droga.
EFEITOS NO ORGANISMO:
A maconha reduz a defesa das pessoas às doenças. E mesmo consumida em doses mínimas, pode prejudicar a capacidade de dirigir, pois ataca a concentração, atenção e juízo dos motoristas, diminuindo as faculdades de percepção e movimento.
Logo que é fumada, a droga da maconha passa imediatamente para a corrente sangüínea, atingindo os centros cerebrais em poucos minutos. Os primeiros sintomas gerais verificados, depois da administração da dose oral, foram uma ligeira subida das pulsações cardíacas, secura na boca e na garganta, dilatação das pupilas e uma leve tendência para a descoordenação motora.
Dentre os sintomas desagradáveis, destacam-se a lassidão, a sensação de peso nas extremidades, a náusea, a tontura e certa inquietação.
Resultados mostram que efeitos específicos variam com os indivíduos, alguns dos quais permaneciam silentes, revelando um mínimo de interesse pelo que se passa à sua volta, enquanto outros se tornam agitados e falantes. Estes efeitos da maconha, costumam durar de duas a três horas, atingindo, em alguns casos, quatro a cinco horas.
Uma avaliação rigorosa mostrou que, mesmo com o aumento da dosagem de maconha, os efeitos no organismo permaneciam os mesmos. Tão pouco a maconha produziu reações negativas na acuidade auditiva e nos sentidos de tempo e distância linear. Também não se verificou que a droga tivesse influenciado os indivíduos não músicos, a melhorarem suas habilidades em relação a música.
A probabilidade de que os usuários experimentem outras drogas é grande. Entre elas o haxixe, alucinógenos, anfetaminas, barbitúricos e heroína. Apesar de por si só, não levar as demais, a maconha age como uma ponte.

CUIDADOS:
O traficante de maconha representa um fator determinante no consumo de drogas. Geralmente, o traficante é uma pessoa mais experiente que participa de grupos jovens, aliciando uma ou outra pessoa. Esta, por sua vez induz o resto do grupo ao consumo. A maconha associada ao álcool, prejudica física e psicologicamente. Um mal que ataca milhares de pessoas em todo o mundo. É muito difícil que o consumo de maconha seja legalizado. Por que junto com tabaco (fumo) e álcool, corre-se o risco de se criar uma sociedade de doentes físicos e mentais.
TRATAMENTO:
Embora existam hospitais especializados para toxicômanos, o ideal é diagnosticar o problema que levou a dependência - dependentes são pessoas que não aprenderam a lidar com os desejos não satisfeitos e usam droga (maconha ou qualquer outra) como uma saída para o sofrimento gerado pela frustração.
Outro tratamento feito com o indivíduo viciado e a supressão da droga, quatro a cinco horas diárias de exercícios físicos e terapia individual ou de grupo.



                                      N I  C O T I N A
É a folha seca da planta Nicotina Tabacum, cultivada em quase todos os países do mundo, principalmente no Brasil, Cuba, México e Ásia Menor.
O tabaco ou fumo, pode ser mascado, fumado ou aspirado sob forma de rapé.
O fumo tem dois componentes farmacológicos importantes: a nicotina e o alcatrão. A nicotina ataca o sistema nervoso, provocando tremores. A fumaça quando inalada da primeira vez, causa tonturas, náuseas e vômitos em algumas pessoas. A ingestão constante de nicotina origina doenças cardiovasculares como a arteriosclerose e ataque do coração. As primeiras funções a serem atacadas pelo tabaco são respiração e o sistema nervoso, alterando prejudicialmente o organismo. Em seus estudos epidemológicos, constatou-se uma relação indiscutível entre o câncer do pulmão e o hábito de fumar. O mesmo pode-se dizer do câncer da boca, faringe e esôfago.
SINTOMAS:
O que caracteriza o tabagista são, geralmente, o cheiro de fumo, dedos manchados e dentes amarelos.

ABSTINÊNCIA E MALEFĺCIOS:
Há aqueles que, reconhecendo o perigo, param de fumar, mas a abstinência é controlada por uma vontade insaciável de fumar. Os sintomas que aparecem na respiração dos tabagistas caracterizam-se por uma respiração ruidosa, dores do peito e infecções constantes nas vias respiratórias superiores.
Do mesmo jeito que afeta as vias respiratórias, o tabaco é um perigo para a mulher grávida. Fumar excessivamente durante a gestação está intimamente ligado com a mortalidade pré-natal e o nascimento de crianças abaixo do peso e tamanho normais.
O tabaco não tem nenhum uso médico. É uma droga que induz a dependência e, como a maconha pode levar ao experimento de outras drogas, fato que acontece mais durante a adolescência.
PROIBIÇÃO:
Muitos defendem que o tabaco deva ser colocado na ilegalidade. Porém fatores psicológicos, econômicos e sociais influem para que esta droga, assim como o álcool, continue lícita. Mas é possível que no futuro seja uma droga ilegal. Tanto que em países mais desenvolvidos, como a Grã-Bretanha, França e Estados Unidos, o uso de tabaco é restrito a algumas normas. Mas, mesmo assim, a proibição total do tabaco é muito difícil, em função dos interesses econômicos envolvidos. Além disso, o maior perigo, o comportamento dos dependentes da droga se tornaria anti-social se os preços se eqüivalessem aos das drogas.
O CIGARRO PODE SER O COMEÇO:

O fumo utilizado pelo jovem ou pelos pais, é antes de mais nada, um fator que favorece a droga. Uma pesquisa com estudantes revelou que quem fuma mais de dez cigarros por dia tem uma probalidade cinco a seis vezes maior de experimentar uma droga ilícita do que aqueles que não fumam ou fumam pouco. Um jovem fumante tem maior desejo pela maconha do que um não-fumante. Há também provas estatísticas de que dar xaropes calmantes para dormir às crianças favorece a eclosão da toxicomania.
TRATAMENTO:
O tratamento para o indivíduo viciado em nicotina e feito através de inalações, exercícios físicos, psicoterapia e terapia de grupo.

                                          C  R  A  C  K
O crack dos Estados Unidos é conhecido como a cocaína dos pobres, por ser obtido a partir do rejeito da pasta de cocaína e custar 30% menos que o pó. O Crack brasileiro é diferente, pois, é feito misturando-se a cocaína a bicarbonato de sódio. Aquecida, a mistura vira uma pedra altamente volátil.
O USO:
O crack é fumado. Normalmente os viciados usam uma espécie de cachimbo feito com a embalagem de yakult e corpo de caneta esferográfica. Atua diretamente no cérebro, produzindo efeitos alucinógenos imediatos por cerca de dez minutos, em seguida vem uma depressão profunda, o que leva o usuário a buscar nova dose.
O crack é a própria cocaína. O usuário convencional compra papelotes com uma grama de pó branco, a farinha. Cheira-a, impregna os vasos da mucosa nasal,  joga a droga no cérebro e libera a DOPAMINA. A quantidade de tóxico que chega aos centros nervosos é pequena. Uma cheirada libera menos que 1/3 dos circuitos. Essa excitação permite que o advogado se julgue mais inteligente; que um ator se sinta mais talentoso. Um craqueiro usa a cocaína num estado diverso, misturada a uma substância alcalóide num coquetel, que, uma vez aquecido, endurece. Ao fumar a pedra, ele espalha a droga pelas esponjas pulmonares, o maior e melhor absorvente do organismo, com uma área 200 vezes maior que a da mucosa nasal. Tamanha mudança na quantidade de cocaína levada ao cérebro determina uma alteração na qualidade do efeito. O advogado não fica mais inteligente nem o artista mais seguro. Da pipada resulta apenas a vontade de fumar outra pedra.
O craqueiro pega um isqueiro, aquece a pedra e aspira fundo. Em menos de 15 segundos a cocaína chega ao seu cérebro e provoca uma forte constrição dos vasos sangüíneos. É luz, é relâmpagos, é estalos...; seus olhos vidram, desliga-se. Coisa de segundo. No cérebro as células protegem-se capturando de volta o excesso de dopamina, mas a cocaína desligou essa válvula. Cada tragada é um novo estímulo, mas, luzes, relâmpagos, só na primeira. São dez segundos de êxtase. Absorvida a dose, falta a dopamina nos circuitos e, onde houve luz e movimento há silêncio e escuridão. É a nóia.
Nóia vem de paranóia. Nela sucedem-se alguns minutos de alucinações (calçadas cravejadas de pedras, policiais entrando pela janela do 10o. andar, baratas andando debaixo da pele, etc.), é a depressão provocada pela falta da dopamina nos circuitos químicos do cérebro. Ou a pessoa espera algumas horas e o sistema se reequilibra, ou queima outra pedra, estimula nova descarga e ascende de novo outra alucinação. Minutos depois ele se apaga. Nova nóia. Nova pedra. Nova nóia. Isso dura dias, até que, por mais pedras que restam, o cérebro já não tem mais dopamina. Nem para mantê-lo disperto.

TRATAMENTO:
Recupera-se o indivíduo suprimindo-o da droga, e, através de terapias, individuais e em grupo.

                                       H E R O I N A
A heroína é o mais potente dos derivados do ópio e, entre as drogas utilizadas hoje em dia, a que causa maior dependência física e psíquica, maior tolerância - caracterizada pela necessidade de se aumentar a dose para conseguir o mesmo efeito - e pior síndrome da abstinência.
Causa uma euforia tão intensa que o viciado se afasta da realidade e constrói um mundo a parte.
Pode ser fumada, mas geralmente é injetada na veia. Como todo derivado do ópio tira o apetite, prende o intestino e inibe os reflexos, enfraquecendo gradualmente o organismo. Quando sua ingestão é suspensa, a pele do viciado fica com uma aparência arrepiada, tem suores, náuseas e uma sensação de morte iminente.
TRATAMENTO:
O indivíduo viciado só tem duas opções para o tratamento ou se submete a ser hospitalizado, para não ter acesso algum à droga até passar a crise, ou substitui a heroína pela metadona, um epíaceo sintético, administrado pelos médicos como forma de evitar o sofrimento causado pela síndrome da abstinência. Isso significa, entretanto, que a pessoa substitui um vício pelo outro.

                           I N A L A N T E S
São substâncias voláteis usadas como drogas, apesar de não serem. Os inalantes, ou delirantes, são obtidos legalmente, pois estas substâncias são encontradas em muitas composições de produtos domésticos e industriais, como desodorantes, tira-manchas, colas e benzina.
Devido a facilidade de obtenção, de preço reduzido, a faixa etária que mais consome os inalantes vai de 6 aos 20 anos de idade. Muitas crianças, acidentalmente inalam estas substâncias que encontram em casa. Os pais devem tomar todos o cuidado para que os aerossóis, benzina, acetona, éter e mesmo remédios, fiquem fora do alcance das crianças.
Como os inalantes têm diversos fins, seus compostos são legais. Assim, torna-se difícil prevenir seu mau uso.

ABUSO:
O que atrai os inalantes é o seu cheiro agradável. Ele é encontrado na cola plástica, gasolina, benzina e solvente de tinta. Basicamente, o tolueno, usado nestes produtos, é o principal agente inalador. Outros, como éter, clorofôrmio e óxido nitroso (gás hilariante) também são delirantes. O nitrito de amila, de uso médico para pacientes que sofrem do coração, é também utilizado indevidamente.
SINTOMAS:
Os inalantes produzem fala enrolada, juízo enfraquecido. Afetam a respiração (descompasso) causando a sensação de estrangulamento, palpitações do coração e asfixia - priva o cérebro de oxigênio.
PERIGO:
Os perigos que passam as pessoas que inalam aerossóis são muito grandes. E se os vapores forem inalados num saco plástico, o risco de morrer por asfixia aumenta. Porque o gás freon, usado na propulsão de aerossóis é o maior causador de mortes.
Um estudo feito em usuários de aerossóis, ou lança-perfumes, descreveu os principais problemas físicos: danos na medula óssea (exposição ao benzeno) e na visão, perda de peso, memória e na capacidade de pensar com clareza. O resultado imediato do uso de inalantes é a falta de coordenação motora, fala enrolada, pensar nebuloso e, muitas vezes, o comportamento violento e desrespeito.
Os delirantes não causam uma dependência física, mas o mesmo não podemos afirmar da psicológica.
A cola de sapateiro é um poderoso psicotrópico - isto é, contém substâncias que agem de forma intensa sobre o sistema nervoso central, composto pelo cérebro e pela medula espinhal. O efeito é certo torpor junto com euforia, mas seus componentes lesam os rins e o fígado de forma definitiva. Quem cheira cola também está sujeito a tonturas, desmaios, parada respiratória e, consequentemente, morte.
TRATAMENTO:
Para recuperar um indivíduo viciado em inalantes não é difícil. Basta a supressão da droga, e, terapias, individuais ou de grupo.

   ÁCIDO LISÉRGICO (L.S.D.)
Esta droga foi descoberta em 1.943 por um químico alemão.
SINTOMAS:
São do tipo alucinativo, modifica a percepção visual, as imagens adquirem vida, sons adquirem formas e cores, o sentido do tempo é completamente alterado, entre outros. Porém, o tipo de alucinação depende do tipo da personalidade do indivíduo.

USO:
Aplicado na língua em forma de selinho, ingerido como comprimido ou em gotas, e, também através de injeções.
Nenhuma outra droga leva o usuário tão perto da loucura; ele pode saltar de um edifício, crente que vai voar. Os danos cerebrais são irreversíveis, uma vez drogado,  o indivíduo nunca mais volta a realidade.
TRATAMENTO:
É conseguido através da supressão total da droga, e através de terapia individual ou de grupo.

                         BARBITÚRICOS
São chamados de calmantes, soníferos hipnóticos e antitistônicos.
As conseqüências são os embotamentos mentais, descoordenação motora, dificuldade de fala e irritabilidade.
Quando tomada sem contrôle médico e em uso exagerado, pode levar ao óbito.
USO:
Por ser sempre em comprimidos, o uso é através da via oral. Muitos remédios, considerados perigosos, são normalmente vendidos em farmácias sem prescrição médica, o que facilita o uso e o vício por algumas pessoas.
TRATAMENTO:
Supressão total da droga, e, através de terapias, tanto individuais, como em grupos.


                                  COGUMELOS
São plantas que contém atropina, como o lírio e a mescalina.
USO:
Seu uso provoca a retenção da urina, elevação da temperatura, taquicardia, convulsões e alucinações.
São ingeridos através de chás, ou por infusões.
O uso abusivo pode levar a uma parada cardíaca.
TRATAMENTO:
Supressão total da droga, e, através de terapias, individuais ou de grupo.


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