Habitats Artificiais para Peixes

 

A distribuição de recifes e atóis no mundo.

 

        Os corais existem em todas as profundidades dos oceanos. Contudo, as construções (organizações) a que dão origem só ocorrem em águas rasas tropicais, que são regiões onde há grande disponibilidade de luz solar, e de temperaturas mais elevadas. As estruturas formadas pelos corais (franja de corais, arrecifes de corais e atóis) cobrem duzentos milhões de kilômetros quadrados dos oceanos tropicais (Lowe-McConnell, 1977 - ver referências). Desta forma, podemos verificar uma zona no mundo de maior probabilidade de ocorrência de corais que coincide com o intervalo entre as linhas vermelhas na figura abaixo.

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        Os trópicos abrigam os ecossistemas com maior diversidade em espécies do planeta. As florestas úmidas, como a Amazônia, são conhecidas por todos como detentora deste estatus.  Contudo, o que poucos sabem é que, as águas dos mares tropicais escondem outro ecossistema que está entre os mais ricos do mundo: os recifes de corais. Estes por sua vez, se vêm, como as florestas, ameaçados pelo progresso humano.

        Os corais formadores de recifes, são os chamados corais pétreos ou corais de fogo, que vivem em colônias de arquitetura complexa. Estes corais, precisam de condições específicas para se desenvolver, as quais encontram nos trópicos.

        Na América do Sul, a maior formação de corais está na costa do estado da Bahia. Há formações de até 30 km de comprimento como a formação de Paredes. Mas, esta estrutura representa apenas 1% dos recifes de coral do planeta (Hetzel, 1994).

        Todos corais formadores de recifes do Brasil estão representados nesta região, sendo várias espécies, endêmicas. As formações são tão grandes, que as vezes podem causar problemas para a navegação costeira. Uma curiosidade é a origem do nome da cidade de Abrolhos, na Bahia; este nome é originário da frase mais comum enunciada dentro de uma embarcação quando se aproximando da localidade: "abra os olhos" ou "abr’olhos", devido ao perigo que representam os recifes de corais. Hoje, Abrolhos abriga o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, primeira unidade de conservação deste tipo no Brasil.

        Os atóis, apesar de possuirem processo de formação diferente dos recifes, apresentam as mesmas necessidades de luz e temperatura e portanto se vêm também confinados a mesmas regiões dos recifes.

        É importante notar contudo, que o fato dos corais dependerem da luz e temperatura para se desenvolverem, não implica que não possam existir em ambientes frios e de pouca luminosidade. Eles podem sim, existir nestas regiões, porém não têm capacidade de formarem recifes ou atóis.

   

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