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Saudação aos Clubes Rivais

Aos adversários que não utilizam a fraude 
nem arquitectam “sistemas”  para ganhar 
sempre e a qualquer custo…

Aos adversários que não vomitam ódio, 
tratando os demais clubes por “vermes” 
que é necessário ´”esmagar” 
(vocábulos dum presidente de clube)...

Aos adversários que, para lá da clubite, 
aprenderam a respeitar outras cores, 
na certeza de que nenhum clube 
existiria sem outros opositores….

Aos adversários que não sobrepõem 
a cor do clube, às cores da amizade 
e da fraternidade….

Eu dedico esta 
saudação amiga!



 
 
UMA LUZ
IMENSA
 

A propósito da inauguração 
do novo estádio

Outubro de 2003

No passado dia 25 de Outubro de 2003 fui um dos privilegiados da inauguração da nova “Luz”. Não sendo 
sócio mas apenas associado de uma das Casas do Benfica, tive de fazer horas, esperando pela noite dentro,
até adquirir o pequeno bilhete de 40 euros (também havia de 20 e 30 euros), em novo formato ajustado
a leitura óptica, sem necessitar de ser inutilizado, o que me permitiu plastificá-lo para “memória futura”.
A viagem transformou-se numa romaria com a auto-estrada pejada de autocarros da família benfiquista,
um mar de gente, vermelha e heterogénea, mais culta e menos culta, de todas as idades.
 

Antes da chegada, na segunda circular, há ainda a passagem pelo estádio do velho rival leonino,
sempre animada com piadas de ocasião. Mas o objectivo final está, logo ali a seguir, monumental
e simples, belo e grandioso como as catedrais góticas. Visto do lado do shopping Colombo
(transformado em antecâmara do estádio), o novo estádio revela todo o seu esplendor, conjugando 
majestade e graciosidade. Não restam dúvidas de estarmos na presença do maior estádio português,
mas também de uma obra de arte, o “ás do Euro 2004” como lhe chamou Ernie Walker, emissário da UEFA
no acompanhamento dos vários estádios para o Europeu. As palavras de Mário Dias, considerado “pai”
do estádio vão no mesmo sentido: “Quando disseram que o nosso estádio era uma das obras arquitectónicas
mais bonitas do mundo, estavam a ser sinceros. Não tenho dúvidas disso. Visitei vários estádios modernos
e a conclusão a que chego é que o do Benfica rivaliza com qualquer um”.
 

Mas, só entrando no estádio podemos constatar a sua grandiosidade. Os grandes espaços interiores,
as tecnologias avançadas, a fantástica iluminação nocturna, os serviços personalizados, são apenas
a antecâmara da grande visão que nos espera quando nos voltamos para o interior do mesmo. 
Sentados comodamente, as horas passam depressa, emersos na suave beleza do estádio. O espectáculo 
multimédiacom que foi inaugurado o estádio foi de grande efeito estético, seguido do confronto futebolístico
com a equipa do Nacional de Montevideu, campeão do Uruguai e da taça intercontinental. Antes disso,
o voo picado duma águia sobre o relvado e o hino do Benfica cantado em uníssono foram também
momentos altos da inauguração.
 

Igualmente impressionante, a sensação de estar em cima do relvado, mesmo estando longe,
vendo os pormenores das jogadas, o que não acontecia no anterior estádio. No final, saindo
entre a multidão, para lá dos elogios  a esta Direcção, para lá dos discursos dos políticos presentes
(uns assobiados, outros aplaudidos), durante toda a viagem de regresso, ecoava ainda nos meus ouvidos
aquele impressionante refrão cantado toda a noite:....SLB, SLB... GLORIOSO SLB!....

J. Lemos Pinto, 2003 
 


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