Em jeito de Abertura

Prologo do Livro 

Iluminuras do Livro

Indice Geral

 

EM JEITO DE ABERTURA
 

Before the culture of the teacher
can  be part of the consciousness of the student,
the culture of the student must be part
of the consciousness of the teacher

Basil Bernstein
 

Sem por um lado se submeter ao mito da abertura 
para a vida, que pode conduzir a aberrações e, por outro, sem comprometera autonomia indispensável 
da instituição escolar, é preciso evitar que 
o sistema escolar constitua um universo separado, sagrado,capaz de fornecer uma cultura
... distanciada do quotidiano

Pierre Bourdieu
Proposta para o Ensino do Futuro
 

O sistema educativo não é inteligível sem o sistema
social. Assim não pode haver uma escola 
que não seja de uma sociedade: dela recebe o direito 
e os meios permanentes de subsistência; 
dela recebe...encomendas educativas mais ou menos precisas; a ela entrega permanentemente 
os seus produtos educativosmais próximos 
ou mais afastados das respectivas demandas 
e respectivas necessidades

Proposta Global de Reforma
Cap.IV-pág.42


 

 


 
 
PRÓLOGO DO LIVRO

"A experiência, que é madre das cousas, nos desengana 
e de toda a dúvida nos tira" Duarte Pacheco Pereira*, 
em “Esmeraldo de Situ Orbis” (1505)
 

Este livro situado num tempo entre dois séculos, 
reflecte mudanças, lutas e debates do sistema educativo, ao longo das últimas décadas, resultando duma vivência amadurecida no complexo mundo 
da realidade escolar. 

É um texto abrangente, com predomínio da análise social da educação, mas também tecno-pedagógico, histórico e didáctico, procurando resposta para inúmeras angústias da actual escola de massas. 
Nele se confrontam teorias e práticas curriculares, disparidades pedagógicas e administrativas, 
se relembram polémicas da comunicação social, apelando a múltiplas referênciasbibliográficas. 

Parafraseando o navegador português*, é um livro 
de experiências feito, repleto de êxitos e fracassos, 
com realce para a reforma educativa de 86, historiando e avaliando seus resultados, para o conflito entre escola cultural e curricular, para a desarticulação entre escola e meio, nomeadamente com o poder local e o mercado de trabalho.

A expressão latina “Quo Vadis”, é nome do romance 
do escritor Henryk Sienkiewicz (Nobel da Literatura 
em 1905), narrando a história de amor entre 
o general Marcos e Lígia, uma jovem escrava cristã, 
no ambiente decadente da Roma de Nero.

A famosa interrogação de S. Ambrósio, 
(Domine, quo vadis? Venio iterum crucifigi - 
Senhor, para onde vais? Venho para ser novamente crucificado), dirigida pelo apóstolo Pedro a Cristo, 
ao fugir de Roma, continua a ser utilizada, 
a exemplodo título deste livro, questionando 
o sentido da mudança educativa no início 
de novo milénio. 

E tal como o amor cristão de Lígia sobreviveu 
à perseguição de Nero, também a escola irá 
sobreviver à maior crise da sua história para 
enfrentar a sociedade do futuro.

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*Duarte Pacheco Pereira (1460-1533), navegador e militar português, 
companheiro de Afonso de Albuquerque na viagem à Índia. 
Pela sua lendária defesa de Cochim (1504) mereceu de  Camões 
o epíteto de “Aquiles lusitano”. 


 
 
 
 

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ÍNDICE GERAL

PRÓLOGO

Primeira Parte
CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA 
DO SÉC. XXI

Uma Escola “Rasca ou à Rasca?”
 - Uma Polémica Singular

As Grandes Mudanças do séc. XX
  - Principais Consequências na Escola

 Escola, Sociedade e Meritocracia
 - O Paradigma da Escola de Massas
 - Avaliação e “Ranking” Escolar
 - A Inserção na Vida Activa

Escola Portuguesa: Que Futuro?
 - Evolução Histórica da Escola
 - Enquadramento das Reformas Educativas 
 - Implementação e Fracasso da Reforma 46/86
- Quo Vadis, Ensino Profissional?
 

Segunda Parte
A ESCOLA CURRICULAR E ACADÉMICA

Caracterização da Escola Curricular
 - Teorias e Modelos Curriculares
 - O Modelo Curricular Português 

Objectivos e Avaliação Curricular
 - Definir e Operacionalizar Objectivos 
 - As Taxionomias Didácticas
 - Modelos de Avaliação Escolar
 - Critérios e Instrumentos de Avaliação

 Pedagogias e Metodologias
 - Da Pedagogia Tradicional à Científica
 - Pedagogia Socrática: Diálogo e Cidadania
 - Pedagogia Cristã: Participação, Acção, Humanismo 
 - Método Cartesiano: Ao Encontro do Eu 
 - Metodologias Gerais. O Trabalho de Projecto

Terceira Parte
III - A ESCOLA CULTURAL

Definição de Escola Cultural 
- Cultura Escolar Geral e Particular
- A Comunidade Educativa

A Relação Escola -Meio 
- Escola Aberta e Fechada
- A Perspectiva Sistémica de Escola 
- Como Organizar a Escola Cultural 

 O Modelo de B. Bernstein
- Códigos Sociolinguísticos. 
- Dimensão Expressiva de Escola.
- Clubes Escolares
 

Quarta Parte
IV - A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO

Administração Escolar
- Teorias Administrativas
- Autonomia e Gestão Escolar
- A gestão Democrática das Escolas
- Técnicas de Liderança
O Projecto Educativo de Escola
- Definição do Projecto Educativo
- Elaboração do Projecto Educativo
O Projecto Local da Educação
- Por uma Assembleia Local de Educação
 

 

 

ESCOLA GOLBAL
Quo Vadis?

José Lemos Pinto

Capa de João Caetano

Prémio Nacional de Ilustração - 2001
Prémio na Bienal de Bratislava - 1995

Editora Campo das Letras, Porto 

www.campo-letras.pt
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


ILUMINURAS DO LIVRO


PROF. JOÃO CAETANO
(Prémio Nacional de Ilustração - 2001) 
 

 


 
 

ALGUNS CARTAZES 
PUBLICITÁRIOS DO LIVRO


 


 
 


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