Trata-se do primeiro trabalho em conjunto de membros da lista Magos.  E como é um trabalho que para ser realizado precisou da união dos participantes achei que seria mais conveniente assinalar este trabalho com o símbolo SIGMA (alto da página) , porque fora o fato de ser uma letra do alfabeto grego  SIGMA é também um símbolo matemático que representa o somatório dos fatores, enfim, um símbolo de Soma.  Daqui em diante todos os trabalhos em conjunto serão assinalados com o Sigma.
                   O tema deste trabalho foi A ÁRVORE DA VIDA, onde cada um dos participantes que tomaram parte escreveu sobre uma parte. Tomaram parte neste trabalho  BRUNO BERTOLUCCI (sobre Keter) ; DENISE CASAGRANDE (sobre Hockmah) ; FRED (sobre Binah) ; ELIANE CUCCO (sobre Daat, Chesed, Geburah e Netzach) ; GIOVANNI (sobre Tiphareth) ; FLÁVIA (sobre Hod) ; RENAN  (sobre Yesod) ; e CLARISSE (sobre Malkut).

 

                                                  A  ÁRVORE  DA  VIDA

Keter- A Coroa
 
 
Keter é também conhecida como "A Coroa", já que aos judeus era proibido dar qualquer forma à divindade que os levasse à idolatria ( como poderia ser o caso se o símbolo fosse um "Rei"). Seu nome divino é Eheieh, ou " Eu Sou". Seu Arcanjo é Metatron. O coro angélico correspondente é o dos Chaioth ha Qadesh . E seu centro cósmico é o Rashith ha Gilgalin, ou os primeiros remoinhos.
Keter é a primeira sefira da árvore da vida. Antes dela há apenas os princípios mais abstrados da divindade, os quais são AYN , AYN SOPH, e AYN SOPH AUR; que são o puro ser, sem forma, sem força, sem tempo.
A partir do momento em que o Ser se põe em movimento, e inicia o grande ciclo da existência,  surge Keter, a idéia pré-concebida. Podemos comparar Keter, com a semente da flor de lótus, e de fato essa analogia é feita no oriente, onde o "Ovo Cósmico" é também chamado de PADME ( lótus). Se partirmos a semente do lótus veremos no seu interior um pequeno broto, do qual crescerá a planta. O mesmo se dá no universo, onde Keter é a " Idéia primordial " que dará origem ao Universo. Antes de pintar uma tela o artista concebe na sua mente todos os passos de sua obra, que após colocá-los em prática, culminam no quadro.
Keter é a sefira de onde emana a Vontade Divina. Se direcionando para Binah e Hockmah, a vontade divna inicia sua jornada pelo universo, se diferenciando em matéria, forma e força.
Se consideramos a idéia, ou a vontade de Keter, Divina, podemos cosiderá-la perfeita, e uma vez que é perfeita, chegamos ao ponto onde toda a criação é baseada em um ideal de perfeição absoluto. Binah é a razão suprema, indicando que o motivo da criação é lógico e perfeito, e é estabelecida por uma sabedoria ( Hochmah) suprema baseado na moral perfeita. Temos assim, a Lógica Moral, que é a ideação perfeita.
Porém devemos nos acaultelar para não cair na fascinação que a exatidão da engrenagem universal pode nos proporcionar; e com isso tornarmos áridos à alma, a vida e o calor que emanam do Poder Maior. A partir dessa união, da Lógica moral, que gera leis perfeitas, unidas à vida e o calor do espírito divino, chagamos a contemplação que Keter nos inspira a cerca do Universo: uma obra de Arte.
" E fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento do céu para aluminarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem a separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. " ( Livro do Gênesis)
O Gênesis, após descrever a criação do Unierso, em termos alegóricos, não deixa de acrescentar: E viu Deus que isso era bom. O que torna a criação mais do que perfeito mecanismo físico, biológico e psíquico, é o calor da graça. A graça dá ritmo e harmonia ao Universo, comporta os ideais de beleza e de bondade, e é por esse motivo que a vontade de Keter é feita; porque ela é boa. Aquele que deixa de procurar a bondade, a beleza e a alegria na criação e na vida, é como o observador materialista que diante de um livro, conhece a composição molecular da celulose do papel, sabe explicar o porquê dos arranjos da tinta em letras, e a ordem na qual se seguem as páginas; mas é incapaz de compreender a mensagem contida nas frases, uma vez que para ele não passam de combinações aleatórias.
" O Belo é o Bem que se faz amar, e o Bem é o Belo que cura e vivifica.
Mas o bem cuja beleza foi perdida de vista se enrijece em princípios e leis e se torna puro dever; o belo que se separou do bem e o perdeu de vista se abranda em pura fruição desprovida de obrigação e responsabilidade." ( Meditações Sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô)
Keter é o ideal do Bem, do Belo e das Alegrias supremas, e assim como o broto do Lótus já tem a planta em potencial, o Mundo já possui o potencial divino. Se hoje ele está longe de ser um paraíso onde o bem prevalece, cabe a nós despertarmos os ideais divinos latentes, e aproximá-lo cada vez mais da Idéia Primordial. E para estabelecermos essa realidade, compete-nos harmonizarmos os ritmos falhos de baixo, com os ritmos supremos da vontade divina. A vontade de Keter é Lei Moral suprema. E a vontade daquele que busca a vontade ideal deve ser dirigida à máxima educação moral possível. O esforço deve ser constante para apagar da alma as paixões materiais que sussurram ao seu ouvido constantes convites aos prazeres materiais que são cegos às responsabilidades morais. Essas paixões são "miragens", ou "ilusões", ou ainda " Maya", como as reconhecem no oriente, pois o prazer momentâneo não vai compensar nem o tempo perdido, nem os danos causados pela irresponsabilidade para com os deveres. 
" A verdadeira obediência não é a escravização da vontade a outra vontade, mas a clareza moral, a faculdade de conhecer e de reconhecer a voz da verdade. É ela que torna a alma inacessível aos atrativos da esfera da miragem" ( Meditações Sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô)
Além de escapar da esfera da miragem , a obediência à Lei Moral põe a alma em ritmo com a divindade. Desta harmonização  dos ritmos vêm a experiência da alegria espiritual, da alma que cumpre seus deveres e é capaz de contemplar a profundidade de suas boas ações. " a alegria, continua o autor , é o acordo dos ritmos, enquanto que o sofrimento é o seu desacordo. O prazer que sentimos quando sentamos perto da lareira é o restabelecimento do acordo do ritmo do corpo com o ritmo do ar que chamamos de "temperatura". A alegria proporcionada pela amizade é o acordo dos ritmos anímicos e mentais de duas ou mais pessoas. A alegria de uma boa consciência é o acordo entre os ritmos morais do eu inferior e do eu superior.  A bem-aventurança prometida àqueles que têm o coração puro e que verão a Deus é o acordo de seu ritmo próprio com o ritmo divino. A alegria é, pois, o estado de harmonia do ritmo interior com o ritmo exterior, do ritmo de baixo com o ritmo do alto, do ritmo da criatura com o ritmo divino"  ( Meditações Sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô)
Concluindo, a Árvore da Vida nos ensina que é preciso tornar o que está embaixo, como o que está em cima, segundo o plano divino de Keter
 
por Bruno Bertolluci
 
 
Hockmah -  A Sabedoria
 
No começo havia o Caos, o abismo onde a Essência de todos os seres se confundia.
Surge então Gaia,a Terra, seguida pela Noite, abaixo da Terra se fez o Érebo, morada das sombras.
No espaço a ser preenchido  Gaia criou um ser capaz de envolvê-la, Urano, o céu estrelado, capaz de fecundá-la e assim criar novas forças.Da união de Urano e Gaia surgem os Titãs, os Cíclopes e o Hecatônquiros, representantes das devastadoras forças da natureza que servem como obstáculos ao surgimento das forças ordenadas da vida.Urano ao revoltar-se contra seus caóticos filhos, atira-os ao abismo do Érebo, mas Gaia motivada pelo amor materno, desce às profundezas para libertá-los.Dentre seus filhos está Saturno ou Cronos, o tempo indomável, o qual, a fim de impedir que seu pai torne a fecundar Gaia, usa a foice que a própria Gaia lhe preparou para castrá-lo.
Urano, derrotado, afasta-se  e é sucedido por Saturno, cedendo assim à inevitabilidade da evolução através do tempo e da dor.
Do sangue de Urano sobre as águas do mar surge uma branca e pura espuma de onde nasce Venus,a deusa da Beleza e do Amor." 
Hokmah é a Sabedoria do Pensador Supremo, o número dois,  a Inteligência Inspiradora, o Segundo Esplendor. É a sabedoria eterna e atemporal,o lugar de Urano, o espaço.É o Akhasa,o éter cósmico onde tudo fica gravado.A Luz Astral com sua natureza bipolar, o Ouroboros.
Em Hokmah encontramos o instante genial, a centelha, o momento do flash, quando se consegue "tocar" por um ínfimo instante a Sabedoria Universal eterna e imutável, o intelecto divino.
O princípio da bipolaridade, o positivo e o negativo que encerra a potencialidade  da criação. O equilíbrio entre os opostos é simbolizado pela cor cinza,a união do Branco,a Luz e o Negro, ausência completa desta, escuridão profunda.
Para iniciar  a cadeia da criação com a Sabedoria Divina é necessário que existam opostos. Hokmah ilustra a primeira causa ativa da criação em forma de centelha primordial, a usina onde a vida é gerada tendo porisso como símbolo o explosivo Urano, seu correspondente químico é o Urânio e  todos os elementos radioativos, sua vibração é cinza iridescente.
 Hokmah tem por base o binário, situa-se à direita da árvore da vida no Pilar da Misericórdia uma vez que Hokmah é o "doador da vida".Opõe-se à Binah, representada por Saturno que é situada no Pilar da Força,pois Binah é organizadora e estabilizadora.
Se Kether é o ponto,o início do Ser,o Eterno Imutável; Hokmah é a linha,o ponto em  movimento, o Ser exercendo a capacidade de existir , a criação ativa; enquanto Binah é a criação passiva, capacidade desse Ser "recriar" a vida, modificando a si mesmo, possibilitando a sua Transformação.
Kether,a coroa, o Ente Supremo em equilíbrio constante ;Hokmah,a Sabedoria,a força ativa sem forma nem limites em movimento; Binah, a Inteligência,a força passiva e receptiva, limitada e ao mesmo tempo reprodutora,doadora da forma.Essas tres esferas formam o Triângulo Superior, no topo da árvore da vida.Temos aí a Trindade Superior da criação, as tres forças básicas que atuam nos mundos habitados ao mesmo tempo pelo homem e pela divindade.
Os aspectos positivo e negativo da Árvore da Vida são representados pelos pilares laterais, Força e Misericórdia, equivalentes às duas colunas do Templo de Salomão, Bohas e Jakin.O Pilar central,onde está localizado Kether é o Pilar do Equilíbrio.
Hokmah corresponde à Sacerdotisa, o segundo Arcano do tarot, e embora sua polaridade em relação a Binah seja positiva,esta é negativa em relação a Kether.Vemos nessa carta a mulher sentada entre as duas colunas do templo tendo ao seu colo o livro onde está  o registro da sabedoria divina.A Sacerdotisa e A Imperatriz,Arcano 3,que relaciona-se com Binah, traduzem os dois aspectos de Sophia, Mãe do Universo, que no imaginário cristão é representado pela Virgem Maria, a qual dentre inúmeras representações que existem possui uma em que mostra a virgem com o seu manto azul e sua coroa de estrelas em pé sobre o mundo pisando a cabeça da serpente (luz astral), uma imagem repleta de simbolismos que transcendem em muito a cultura cristã.
Ainda com relação aos arcanos menores do tarot, Hokmah é equivalente aos quatro dois, e também aos quatro Reis.
"Quanto aos números, do um ao dez, encontrareis neles a explicação repetida quatro vezes, com os símbolos de paus ou cetro do pai; copas ou delícias da mãe; espadas ou combate do amor e ouros de fecundidade."(E.Levi,As Origens da Cabala)
 
 
por Denise Casagrande
 
 

Binah – A Inteligência

Situa-se no topo do pilar do Rigor, tendo como oposição Chokmah.

 Com essa esfera, se completa o primeiro triângulo - arquétipo dos supremos, que nos dá umaa visão total do principio da manifestação:

* Kether: a energia pura, a unidade

* Chokmah: princípio estimulante da evolução

* Binah: a formulação da idéia

É primeiro aspecto feminino manifestado. É o útero arquetípico do Universo, tb chamado de a "mãe" da forma. Podemos usar a metáfora de "pai" e "mãe" para descrever a relaão que existe entre a idéia embrionária e a já desenvolvida, entre Chockmah e Binah.

Esta Sefirah direciona o primeiro "fluxo" , vindo de Chockmah, ainda sem forma, tornando-o definido e delineado, estabelecendo assim, um sistema lógico.

A habilidade que cada ser humano tem de sintetizar, racionalizar, fazer distinções lógicas e desenvolver mentalmente uma idéia é adquirida em Binah. É , portanto,o entendimento, a compreensão, o raciocínio dedutivo.

No corpo 'sefirótico', é a parte esquerda do cérebro. É muito interessante percebermos aqui, que a ciência normalmente ao mostrar as funções do cérebro humano, associa a criatividade com a parte direita do cérebro e a parte racional com a esquerda. E isso é que percebemos claramente na árvore da vida.

Diz-se tb , que por ser relacionada com a forma, Binah tb é a raiz da fé, uma das chaves da magias, pois nessa esfera são criadas formas e/ou canais para a manifestação de forças.

Outra atribuições da esfera

Chacra mundando: Saturno.

Nome Divino: Jehovah Elohim

Virtude: Silêncio

Vício: Avareza, conhecimento retido

Arcanjo: Tzaphkiel, aquele que contempla Deus

Ordem angélica: Arelim , Tronos, os seres poderosos

Como já sabemos, a Árvore da Vida se compõe de dez sephiroth e de vinte e dois caminhos que ligam as sephiroth. Entretanto, diferente do que pode aparentar, o fato da Cabala ser hebraica não é mero acaso: às vinte e duas letras do alfabeto hebraico – as quais são usadas para formar os nomes que compõem a Cabala - correspondem a idéias universais, ou arquétipos, como os de Carl Gustav Jung. Há também uma correspondência biunívoca entre as letras hebraicas, os arcanos maiores do tarô, e os números que os representam.

1- Aleph - O ser, o espírito, o homem ou Deus; o objeto incompreensível; a unidade-mãe dos números, a substância primeira

2 -Beth -A casa de Deus e do homem, o santuário, a lei, a gnosis, a cabala, a Igreja oculta, o binário, a mulher, a mãe

3- Ghimel- O verbo, o ternário, a plenitude, a fecundidade, a natureza, a geração nos três mundos

4- Daleth -A porta ou o governo entre os orientais, a iniciação, o poder, o tetragrama, o quaternário, a pedra cúbica ou sua base.

5- He- Indicação, demonstração, ensino, lei, simbolismo, filosofia, religião.

6 - Vau- Acorrentamento, gancho, lingam, enlaçamento, união, estreitamento, luta, antagonismo, combinação

7 - Dzain -Arma, gládio, espada flamejantedo querubim, setenário sagrado, triunfo, realeza, sacerdócio

8 - Cheth-Balança, atração e repulsão, vida, apreensões, promessa e ameaça

9- Teth - O bem, o horror ao mal, a moralidade, a sabedoria.

10- Iod - Princípio, manifestação, louvor, honra masculina, falo, fecundidade viril, cetro paternal.

11 -Caph - A mão no ato de tomar e reter.

12- Lamed - Exemplo ensino, lição pública.

13- Men - O céu de Júpiter e de Marte, dominação e força, renascimento, criação e destruição.

14- Num -O céu do sol, temperaturas, estações, movimentos, alterações da vida sempre nova e sempre a mesma.

15- Samech -O céu de Mercúrio, ciência oculta, magia, comércio, eloqüência, mistério, força moral.

16 -Hain -O céu da lua, alterações, subversões, transformações, fraquezas.

17 -Phe - O céu da alma, efusões do pensamento, influência moral da idéia sobre a forma, imortalidade.

18- Tsade -Os elementos, o mundo visível, a luz refletida, as formas materiais, o simbolismo.

19- Coph- Os mistos, a cabeça, o alto, o princípio do céu.

20 -Resch- O vegetativo, a virtude geradora da terra, a vida eterna.

21- Schin -O sensível, a carne, a vida material.

22- Tau- O microcosmo, o resumo de tudo em tudo.

 

Por Fred

 

 

 

Daath - Conhecimento
 
 
 Daath não é uma décima primeira esfera, mas é uma de dimensão diferente.
Na árvore da vida situa-se entre as duas primeira tríades . Localiza-se entre Kether e Tipheret na coluna central.
Esta é uma Sefirah  invisível que esta situada atrás de uma região chamada o Abismo.
É considerada como sendo a conjunção de Chokmah ( Sabedoria) e Binah (Entendimento) . E é dessa união que seu título fica bem expressado - Conhecimento
 
É a esfera onde a força e forma abstrata estão em estado de equilibrio.
 
Atualmente este estado de conciência ainda é dificilmente alcançado pela humanidade.  Está em desenvolvimento no homem .
No mundo espiritual a verdade é destituída de formas e assim sendo, todo iniciado terá que abandonar todos conceitos prévios e laços para poder penetrar neste caminho.
Neste processo aproximativo de Daath, pode ser experiênciada uma terrível solidão espiritual, já que todos so conceitos , mesmos os relacionados com Deus, são dissolvidos.
 A tradiçào nos informa que em Daath se realiza uma aproximação mais elevada, numa espiral superior à aquele que o inicado realiza em direção a thiphereth.
 É no nível de Daath que a fé está alicerçada nas sólidas bases do conhecimento, que tem nessa esfera o seu ponto mais alto.
Daath está relacinado com o Espírito Santo.
 
Os quatro arcanjos que governam os quatro pontos cardeais, se relacionam conjuntamente com Daath:
Rafael- leste/luz/ar/amarelo ouro
Gabriel- oeste/visão interna/água/azul
Miguel- sul/poder/fogo/vermelho
Auriel - norte/estabilidade/terra/amarelo limão,verde oliva,marrom,preto
 
Aspectos positivos de Daath (virtudes) : desapego, perfeição da justiça e aplicação de virutdes das mesmas na personalidade,, confiança no futuro.
 
Aspectos negativos: dúvidas do futuro, apatia, inércia, covardia , orgulho que leva ao isolamento e a desintegração.
 
 
Outros títulos de Daath - O invisível sephirah, a mente cósmica não revelada, o sephirah místico, o quarto superior.
 
 
(No trigésimo terceiro caminho é denoninado "passo secreto" que liga Chesed a Daath. Neste esfera simbolizada pelo termo quarto vazio, o iniciado se defronta com a absoluta realidade isenta dos véus do simbolismo e da forma)

 Atributos da esfera:

Imagem mágica: Uma cabeça com duas faces, olhando para ambos os lados.

Nome divino: Uma conjunção Jeovah e Jeovah Elohim.

Arcanjo: Os Arcanjos dos quatro pontos cardeais.

Experiência espiritual: visão através do abismo.      

Ordem angélica: Serpentes.

Chakra mundano: Urano.

Cor : Lilás

Por Eliane Cucco

 

Chesed - A misericórdia

 
 
Localiza-se na árvore, no centro do pilar da misericórdia, à esquerda de Geburah. O quarto caminho é o da misericórdia, da verdadeira caridade. É um princípio orientador de amor e bondade. Expressa a compaixão do criador. Na terra representa a vontade de viver e a vontade de amar, o amor , a fé , a felicidade, o caminho do bom pastor, da caridade, do carisma altruísta.
Chesed representa o total Desejo de Compartilhar. É o doar incondicionalmente, o estender a mão (por isso em nosso corpo se relaciona com o braço direito); é o fluxo de energia que se expande abundante e incontrolavelmente, por isso é considerada a mais expansiva das Sefirot.
É o ponto de encontro da ação e reação entre Logos e a humanidade.
A virtude desta esfera é a obediência, que não constitui uma falta de iniciativa, mas, sim uma representação absoluta da vontade divina.  A vontade de Deus é a vontade do mestre, que se torna então somente cumpridor da lei.
A obediência em seu lado extremista , leva ao fanatismo,a tirania. ( que é a sua caracteristica negativa)
 Chesed sem equilíbrio pode ser, por exemplo alguém que lamenta mais pelo criminoso do que pela vítima; é o homem pobre que ganha na loteria e dá cada centavo de sua nova fortuna para caridade e deixa a própria família pobre. Desenfreada, Chesed doa até quase machucar. Felizmente, tem uma contraparte de equilíbrio, a Sefirá de Gvurah.
É o estado de consciência dos Mestres de sabedoria, cuja função é transmitir a vontade divina, o que realizam telepaticamente aos discípulos.
Diversas analogias podem ser feitas com o quarto ramo da árvore e a natureza:
4 estações do ano
4 fases da lua
4 reinos (animal, vegetal, mineral, humano)
4 elementos
4 estágios da matéria (sólido, líquido, gasoso, radiante)
Símbolos relacionados como a esfera (que confirmam a imagem de poder): cetro, vara , bastão, cajado.
O número quatro está em íntima relação com Chesed e os 4 do tarô expressam o aspecto governamental desta esfera:
4 paus : obra ou trabalho perfeito
4 Copas: prazer
4 Espadas: descanço depois da lusta
4 ouros: poder terreno
O nome divino EL, mostra o pinrcípio evolutivo do quarto Sehphirah,  o que está figurado nas letras hebraicas que compreendem este nome Áleph: princípio, começo -E Lamed: movimento, evolução - L
 
 
 
Atribuições da esfera:
 
Outros Titulos de Chesed: Guedulah/ Hesed , Amor, Majestade
 
Atributos da esfera: Imagem mágica: um poderso rei coroado sentado em seu trono. É um governante pacífico, legislando, preservando e conservando seus territórios. É contrabalanceada por Geburah, simbolizada por um rei em tempo de guerra, defendendo seus territórios.   
         
Nome Divino: El
 
Experiência espiritual: visão do amor
 
Arcanjo: Tzadkiel  
 
Ordem Angélica: Chasmalim, Chamas cintilantes.   
 
Chackra Mundano: Júpiter   
 
 Cor: Azul

por Eliane Cucco

 

 

Geburah - Fortaleza
 
 
Encontra-se no centro do pilar da Severidade (Rigor),  logo abaixo de Binah.
Equilibrando-se com Chesed (que fica a sua direita) , formam a força motriz da realidade manifesta.
É uma sefirah de grande poder e força; e essas características formam as suas virtudes. Naturalmente se levadas ao extremo, tornam-se crueldade e destruição, que são seus aspectos negativos.
 
Podemos dizer que o quinto caminho representa o Deus do criador, que aplica a disciplina e precisão em governar, e tem 'braço" pra remover os elementos não desejados ou desnecessários. Na sua imagem mágica fica bem expressa essa sua característica: um poderoso rei , em tempo de guerra, defendendo seu território.
O poder dessa esfera se manifesta e age sempre de acordo com o que deve ser feito, haja o que houver,sem cogitar as consequências; É a fonte de energia para a justiça, o controle, o domínio sobre os impulsos.
Tudo que se refere a Geburah, dá-se no nível dos instintos, no plano das sensações.
Se não for controlada a energia desta sefirah, pode levar o homem a uma situação de retração total em si mesmo, podendo ser fonte para o ódio e o medo.
É nessa esfera que que o ser humano encontra a força e a habilidade de superar sua natureza e aprende que às vezes é necessário sofrer certas dificuldades que mudam nossas vidas, nosso caráter.
Essa esfera canaliza energia espiritual para superar obstáculos e atingir objetivos específicos, e é a força essencial para realizarmos nossa principal missão nesta vida: transformar a nossa natureza.
 
Os quatro cincos do tarô, que representam a chave numérica desta esfera, possuem todos um sentido "maléfico":
Cinco de paus: a luta
Cinco de copas: prazer pertubado
Cinco de Espadas: derrota
Cinco de ouros: conflito terrestre
 
No corpo físico, é representado pelo braço esquerdo.
 
 
 
Atributos da esfera:
 
Nome divino : Elohim gibor
 
Experiência espiritual: Visão do poder
 
Virtude: energia e valior Vício: crueldade e destruição
 
Arcanjo: Khamael - a mão direita de Deus.- o Punidor, protetor dos que se sentem injustiçados
 
Hoste Angélica: Seraphins, Serpentes do fogo
 
Cor: laranja
 
Imagem mágica: um poderoso rei guerreiro em seu carro
 
Chacra Mundano: Marte
 
Outros títulos desta sefirah: Din,  A Justiça, Pechad, o temor
 
Por Eliane Cucco

 

 

 

 

Tiphareth - A beleza

 

 

Tiphareth é o sexto sephirah, é o sephirah da Beleza. Beleza é harmonia, é equilíbrio. Nessa esfera todos os opostos da árvore se encontram, buscando a sua conciliação. Ela está no centro da árvore e no centro do pilar do meio, que representa o dourado caminho do meio.

“Entre dois caminhos, não incorrerá em erro se escolheres o do meio” – Buda

“A harmonia resulta da analogia dos contrários” – Éliphas Lévi

Essa esfera é a que se liga com todas as outras, exceto Malkuth. Ela tem uma ligação direta com Kether, que representa Deus Manifesto. É o caminho que leva à iluminação e à Verdade suprema.

Tiphareth é o equilíbrio entre Geburah e Gedulah (ou Chesed), entre rigor e amor, entre marte e vênus, entre a justiça e o a misericórdia. Os 72 (interessantemente é o número dos Nomes de Deus, retirados do tetragrammaton) poderes do pilar direito se encontram com os 72 poderes do pilar esquerdo e formam os 72 poderes do pilar central.

Os dois pilares da vida aqui se equilibram, e sem essa harmonia entre os extremos, sempre se cai em erro. "Justiça sem misericórdia é crueldade. Misericórdia sem justiça é fraqueza - Dion Fortune, em "A Cabala Mística.

          No macrocosmo é o equilíbrio que mantém o universo, no microcosmo é o que dá a verdadeira Vida ao homem e o faz evoluir. Representa o Coração, sede do Homem Espiritual.

Quando o homem chegou ao estado evolutivo de tiphareth e alcançou a perfeita harmonia em sua alma, ele pode escalar a árvore da vida direto ao topo, Kether.

Na simbologia da Dion Fortune, no livro já citado, a autora põe nessa esfera um hexagrama e uma cruz. O primeiro representa o equilíbrio  e encerra grandes segredos, também simbolizando o número seis. A cruz demonstra o auto-sacrifício a submissão ao Pai (Kether), para falar em termos cristãos. Fala do mistério da crucificação: quando nós sacrificamos a nós mesmos, o nosso ego ou eu inferior ao Espírito supremo, então estamos prontos para nos tornarmos tal espírito, e podemos alcançar Kether.

Do ponto de vista do alto, é o Filho, do ponto de vista do reino da matéria (Malkuth) é um Rei, o nosso Cristo interior, que reside no Coração.

Segundo o texto cabalístico, Tiphareth seria uma espécie de porta, de “tradutor” do que vem de baixo para cima, e vice-versa. Oberve-se: "O sexto caminho é chamado inteligência Mediadora, porque nele são multiplicados os influxos das Emanações; pois causa aquela influênica a fluir para todos os reservatórios as bençãos pelas quais eles são unidos"- Sefer Yetzirah".

Aqui é onde se divide a árvore entre os 6 sephiroth superiores e os 4 inferiores. Macrocosmicamente é a divisão entre o reino mais espiritual e sutil e o mais material e denso. Representa, assim,  a transmutação da força, em forma. Microcosmicamente, é a divisão da personalidade (eu inferior e mortal) para a individualidade (Espírito, Eu superior, Atman, Neshamah). Em si ele é a alma humana, a Alma Espiritual do Homem (Buddhi, ou Ruach), e desta forma é simbolizado por Adão Kadmon, que é o homem arquetípico.

O principal é que Tiphareth representa o equilíbrio que sustenta o universo, que é a base de toda a manifestação. Heráclito diz que o "conflito" é o pai de todas as coisas. Se é assim, é nessa esfera que todos os opostos da árvore entram em "conflito", alcançam sua harmonia e coexistem.

 

 

CORRESPONDÊNCIAS:

 

Tiphareth, em hebraico, é formado pelas seguintes letras:

(2) Tav, ou Tau – Número 400, simboliza a cruz;

(1) Phe – Número 80, simboliza a boca;

(1)  Aleph – Número 1, simboliza o boi;

(1) Resh – Número 200, simboliza a cabeça.

Luz: Amarela

Cheiro: Franco-incenso

Toque: Quente, amigável

Figura: Hexagrama

Imagem: Imagem tripla do Filho, Deus crucificado e Rei ascendente.

Atziluth - Nome Divino: Eloah va Daath

Briah – Arcanjo: Rafael ou Miguel (depende da fonte)

Jezirah – Ordem de Anjos: Melachim (reis)

Assiah – Esfera: Sol

Demônios: Ordem dos Tagaririm, com Belfegor como chefe

Deus: Apolo

Virtude: Devoção à Grande Obra

Vício: Orgulho, Intemperança

Experiência Mística: Visão da Harmonia das coisas

Títulos: Zoar Anpin, a Face Menor. Melekh, o rei. Adão. O Filho, o Homem.

Símbolos: Lamen, Rosa-Cruz, cubo, a cruz.

 

Por Giovanni Dienstman

 

 

Netzach- A Vitória
 
 
É a primeira sefirah do mundo de Yetzirah. Está na base do Pilar da Misericórdia, equilibrando-se com Hod no Pilar da Severidade.
O sétimo caminho da árvore é considerado como o da da criatividade, do subjetivismo e das emoções - o que é um contraste muito grande à esfera do Hod, que representa o intelecto e o pensamento racional.
Relaciona-se com os sentidos e paixões, com a emoção de viver, o desfrutar de paixões instintivas.    
É associado com as Deusas Afrodite, Vênus e Hator, que personificam suas qualidades.
Netzach é a sefirah do perfeito relacionamento. É responsável pela necessidade que cada homem tem de se relacionar com o outro. À medida em que surgem os sentimentos, devem ser realizados através de relacionamentos. É é primeira Sefirah onde há reprocidade.
 
Netzach é tb a vontade de vencer, conquistar; o impulso profundo de realização.
Significa vitória; conseguir sair das limitações do nosso próprio ser para entrar no mundo do outro. Não se trata da vitória sobre os outros, mas da vitória mística, a vitória eterna.
 
Está relacionada com os sete dias da semana, principalmente como o sétimo, quando Deus olhou sua obra e a achou bela. Por isso,podemos dizer que a inspiração artística e as alegrias da vida vem da energia de Netzach.
Podemos dizer que tudo que traz alegria de viver, traz Netzach vivo dentro do ser.
 
Nessa esfera residem as visões beatíficas dos místicos, que veêm  santos,  Jesus, Buda, etc. Cada pessoa tem seu próprio conceito da Divindade, (que é sempre limitado pelo seu desenvolvimento interior que se eleva na medida que evolui) . Em outras palavras, pode-se dizer que o homem cria seu Deuas à sua imagem e semelhança.
De Netzach recebemos o material com o qual cada um fabrica seus conceitos divinos.
 
Microcosmicamente se situa nos rins, nas cadeiras e nas pernas
 
Os quatro setes do tarô estão relacionados a essa esfera, onde podemos perceber através do seus significados que o amor só traz benefício quando assistido pelo plano espiritual:
 
sete de paus: o valor
sete copas: êxito ilusório
sete espadas: esforço inútil
sete de ouros: fracasso
 
 
Atributos da esfera:
 
Imagem mágica: visão de uma bela mulher.
 
Experiência espiritual: é a beleza triunfante, não só sob o aspecto da forma, como tb o da verdade, harmonia e justiça.
 
Hoste angélica : Elohim
 
Nome divino: Jehovah Tzabaoth
 
Aspecto vicioso: luxúria
 
Arcanjo: Haniel (Anael), a Graça de Deus.
 
Chacra Mundano: Vênus
 
símbolos relacionado à esfera: rosa, cinto, lâmpada
 
cor:verde
 
Por Eliane Cucco
 
 

 

Hod - Esplendor

Cor: Laranja (As cores das Sephiroth Geburah (Vermelho) e Thiphareth (Amarelo) se encontram em HOD, surgindo aí a cor laranja).

Nome Divino (Atziluth): Elohim Tzabaoth (Deus de Hostes e de Exércitos, da Compaixão e da Concordância, do Elogio e da Honra, governando o universo com Saber e Harmonia).

Nome Arcangélico (Briah): Michael (Príncipe do Esplendor e da Sabedoria)

Coro de Anjos (Yetzirah): Beni Elohim

Elemento: Água

Planeta: Mercúrio:

Significados: - Razão

- A Mente Individual

- Linguagem e Imagens Visuais

HOD é a mente. A esta esfera é atribuído tudo o que é intelectualmente sistematizado, tal como as artes, a magia, a literatura, a ciência e o comércio.

Mercúrio, seu planeta, governa os mensageiros, a eloqüência no discurso, e tudo o que for sugerido pelo termo "mercurial". O equivalente em Grego é Hermes, responsável pelo conhecimento esotérico referido como "hermético", pois devemos ter em mente que esta é a esfera da magia ritual.

HOD situa-se abaixo do Pilar da Forma, por baixo de Binah, assim como Netzach está na base do Pilar da Força, sob Chockmah. Nestas duas sephiroth inferiores, vemos o mesmo equilíbrio de forma e força encontrados nas superiores. A diferença, é que esse padrão pode ser expresso em termos que podem ser conceitualizados e compreendidos pela nossa mente, ou seja, quando falamos em Binah ou Chockmah, precisamos usar termos muito abstratos e simbólicos, como "idéia" de força, "idéia" de forma que limita força; mas quando falamos em Hod e Netzach, estes conceitos podem ser imediatamente compreendidos em termos da constituição de nossa personalidade individual. Na personalidade humana, o fogo de Netzach é a intuição animal ao passo que a Água de Hod é a mente concreta racional. Se HOD é a esfera do intelecto e Netzach a esfera da emoção, então HOD governa a magia cerimonial, enquanto Netzach ocupa-se do contato com a natureza e elementares.

Netzach, em seus níveis menos elevados, relaciona-se com os sentidos e paixões, a emoção de viver, o desfrutar das paixões instintivas. Sua experiência espiritual é a visão da Beleza Triunfante.

Em seus níveis mais elevados, Netzach é caracterizada pelo altruísmo do amor, mas de novo aparecem seus aspectos inferiores de pura sensualidade animal e a busca de emoções baratas.

Já Hod é a Mente racional, a mente do intelecto frio e empedernido, incapaz de emoções – a menos que seja contrabalançada por Netzah. É a esfera da lógica e introspecção, veracidade e inspiração, bem como, em níveis inferiores, da falsidade e dissimulação a serviço da astúcia.

Toda linguagem (meios de transmitir mensagem) estão relacionadas com HOD. Devemos nos lembrar que a linguagem é o fiel companheiro do estudioso dos Mistérios. As palavras de força são o seu instrumento mais importante. Usamos a energia de HOD sempre que mergulhamos nos documentos dos Mistérios ou todas as vezes que abordamos intelectualmente alguma coisa. Para serem eficientes, porém, as palavras têm de ter um sentimento subjacente a elas, assim, os Mundos do Poder de HOD só são eficazes quando projetados com os intensos sentimentos de Netzach. Podemos dizer que a energia dinâmica de Netzach é posta em ação através do veículo representado pelas palavras. Esta pode ser a explicação porque tantas pessoas fracassam em suas tentativas de fazer um ritual. As palavras sozinhas não bastam; a forma de HOD (Hod está no pilar da Forma) é inútil sem a força (Netzach está no Pilar da Força) de Netzach e vice-versa.

Forma é limitação e restrição. Não pode haver forma, sem uma força que esteja, de algum modo, confinada. Assim em HOD, encontramos as qualidades dinâmicas da força de Netzach, as quais estão diminuídas para que possamos abordá-las com nossos processos normais de pensamento. Essa diminuição assume a forma tanto da linguagem com da imagem visual. Ambos são conjuntos de símbolos compreensíveis convencionados pela sociedade para a transmissão de mensagens. Sabemos que a linguagem é artificial e não tem qualidades intrínsecas próprias. O mesmo pode dizer das imagens visuais, como os símbolos ou as cartas do Tarô. Esses símbolos transmitem idéias, que em si mesmas, são neutras. É em HOD que os veículos das idéias são selecionados, porém HOD e Netzach, só são eficazes quando suas energias se combinam ativamente em uma terceira Sephira: Yesod, e tem como emanação nosso mundo material em Malkuth. Ou seja, as forças opostas dos pilares exteriores, encontram seu equilíbrio nas esferas do pilar do meio, e nesta ação há uma importante lição a ser aprendida: a pessoa deve construir uma personalidade equilibrada antes de abordar com segurança os aspectos práticos dos Mistérios. Precisa aprender a equilibrar suas próprias forças internas contrabalançando quaisquer traços indesejáveis, por meio de suas influências opostas. Um desvairado, por exemplo, poderia utilizar uma boa dose de razão e lógica de HOD para se equilibrar.

MANIFESTAÇÃO DE HOD EM CADA MUNDO, DE ACORDO COM O SIGNIFICADO DIVINATÓRIO DO TARÔ

HOD EM ATZILUTH:

Arcano Menor: Oito de Paus

Senhor da Rapidez

É a influência de HOD no Mundo do Puro Espírito: Significa rapidez ou celeridade.

HOD EM BRIAH

Arcano Menor: Oito de Copas

Senhor da Renúncia ao sucesso.

É a influência de HOD no Mundo Mental. Identifica certa introspecção, que se manifesta na forma de um sentimento de desinteresse pelas coisas materiais. Significa renúncia ao sucesso ou declínio do interesse por tudo.

HOD EM YETZIRAH

Arcano Menor: Oito de Espadas

Senhor da Força Diminuída.

É a influência de HOD no Mundo Astral. Significa força reduzida, aperto ou restrição.

HOD EM ASSIAH

Arcano Menor: Oito de Pentagramas

Senhor da Prudência.

É a influência de HOD no Mundo Material. Significa habilidade, prudência e um excesso de cuidado com as pequenas coisas, em detrimento do quadro maior.

Por Flávia Christo
 

YESOD – O Fundamento

"O Nono Caminho é Chamado a Inteligência Pura, porque purifica as Emanações, prova e corrige o desenho de suas representações, e dispõe da unidade com a qual estão desenhadas sem diminuição ou divisão."- Sepher Yetzirah

"Tudo voltará do Fundamento de onde surgiu. Toda medula, semente e energia reúnem-se neste lugar. Daqui

surgem todas aspotencialidades que existem." - Zohar

Assim como uma casa tem toda uma extrutura "invisível" de funcionamento (fiação elétrico-telefônica, encanamento, calefação, etc.), o mundo - Malkhut - também tem uma maquinaria oculta de funcionamento. Faz-se interessante notar que a Experiência Espiritual de Yesod é chamada de "A visão da Maquinaria do Universo". Assim, Yesod é geralmente traduzido como Alicerce/Fundação, sendo que um dos motivos disso seja a sua localização na Árvore Sefirótica, logo acima da última sefirá, Malkhut. Como o Alicerce do mundo, Yesod é também descrito como uma "pedra" vinda do celestial Trono de Glória (Tiferet) de Deus:

Soncino Zohar, Shemoth, seção 2, pg 222a – "Observe", ele disse, "que quando Aquele que é Santo, abençoado seja Ele, estava para criar o mundo, Ele retirou uma pedra preciosa debaixo de Seu Trono de Glória e o irrompeu no Abismo. (...) Aquele núcleo, aquela pedra, é chamada sh’thyiah (fundação), e foi o ponto de partida do mundo. O nome sh’thyiah, ademais, é uma palavra composta de "shath" (fundado/alicerçado) e "kah" (Deus), significando que Aquele que é Santo, abençoado seja Ele, fez do mesmo a fundação e o ponto de partida do mundo, assim como tudo que existe."

Essa "pedra de fundação" também é chamada de "pilar", que conecta o reino terrestre ao celeste. O Bahir oferece o seguinte insight, conectando o pilar à Tzaddk e afirmando que a medida da bênção de Deus é proporcional à Retidão existente no mundo:

Bahir 102 – Nós aprendemos: existe um pilar que se estende do céu à terra, e seu nome é Retidão (Tzaddik). Enquanto existir pessoas que vivam com Retidão ("ish tzaddik"), então o pilar fortalecer-se-á, caso contrário, enfraquecer-se-á. (...) Como está escrito: "Aquele que vive com Retidão é o Alicerce do mundo".

Aquele que procurou, primeiramente, o Reino – Malkhut, associado à humildade – então, a Retidão torna-se o próximo passo para que haja um relacionamento mais intenso com Deus. O caminho que leva (de Malkhut) à Yesod é chamado de Tzaddik. Como disse Aryeh Kaplan em seu comentário ao Bahir:

"Aqui novamente, ‘céu’ refere-se ao Zer Anpin, enquanto que ‘terra’ à Malkhut. Mas em um sentido mais geral, ‘terra’ é o mundo físico, enquanto que ‘céu’ é o transcendental. Em todo caso, aquele que deseja ascender às alturas deve sempre fazer a viagem de Malkhut à Yesod."

Do ponto de vista hermético, Yesod pode ser concebido como o "Receptáculo das Emanações", pois redireciona as emanações dos três Pilares até Malkhut, e é através de Yesod que a derradeira forma abstrata é transformada em matéria. Entretanto, a forma em Yesod não é puramente abstrata, sendo um estado intermediário entre o abstrato e o concreto, algo como a fôrma onde o abstrato tomará forma.

Destarte, está intimamente relacionado à Luz Astral, mais especificamente ao Baixo Astral, sendo que a sefirá é simbolicamente representada por Levanah, a lua, o inconsciente. Os quatro elementos no domínio de Malkhut estão alicerçados num quinto elemento, o éter. Segundo Eliphas Lévi:

"Existe um agente que é natural e divino, material e espiritual, um mediador plástico universal, um receptáculo comum das vibrações cinéticas e das imagens das formas, um fluido e uma força, que podem ser chamados de certo modo de Imaginação da Natureza... A existência dessa força é o grande arcano da magia prática."

E também:

"Esse fluido ambiente e que tudo penetra, esse raio destacado do esplendor do sol e fixado pelo peso da atmosfera e pelo poder de atração central, esse corpo do Espírito Santo, que chamamos de luz astral e agente universal, esse éter eletromagnético, esse calórico vital e luminoso é representado nos antigos monumentos pelo cinto de Ísis que se enlaça num nó cego ao redor de duas varas, pela serpente de cabeça taurina, pela serpente de cabeça de bode ou de cão, nas antigas teogonias pela serpente que devora a própria cauda, emblema da prudência e de Saturno. É o dragão alado de Medéia, a serpente dupla do caduceu e o tentador do Gênese; mas é também a cobra brônzea de Moisés que circunda o tao, isto é, o lingam gerador; é a hyle dos gnósticos e a cauda dupla que forma as pernas do galo solar de Abraxos."

A forma mais densa da Luz Astral aí se encontra, pois está em fase de "coagulação". Essa também é a região do psiquismo, da impulsividade, do ego, das emoções, das larvas astrais, de todo tipo de meleca astral, estando tudo isso relacionado à Nefesh. Yesod é a Sefirá do Homem Impulsivo, do Atavismo.

A nova sefirá (Yesod) é, por excelência, a ponte de ligação entre a matéria e a mente, sendo ela associada à emoção. Tem como função a conexão e a comunicação com outras realidades. Há de se fazer uma ressalva a esta sefirá: mesmo sendo o plano de entrada para regiões mais sutis, ela pode revelar ao indivíduo senão ilusão, posto que também é aí que se encontra Maya. O turbilhão astral confunde o incauto com imagens astrais, criadas, inconscientemente, a partir do psiquismo do mesmo.

A Virtude de Yesod é a Independência, que dá ao homem a capacidade de criar suas proprias fundações e, assim, poder reconstruir-se constantemente.

O Vício de Yesod é o Ócio, estando isso ligado à Maya, a Ilusão, a reconfortante Ilusão.

 

Alguns atributos:

Nome de Deus (Atziluth) : Shaddai El Chai (Deus todo Poderoso)

Arcanjo (Bryiah): Gabriel, homem forte de Deus

Ordem de Anjos (Yetzirah): Querubim, os fortes

Símbolo Mundano; Levanah, a Lua

Cor em Atziluth: Indigo

Cor em Briah: Violeta

Cor em Yetzirah: Púrpura escuro

Cor em Assiah: Limão, mosqueado de azul

Imagem Mágica: Um belo homem nu,muito forte

Virtude: Independência

Títulos: Acasa do Tesouro das Imagens

Experiência Espiritual: Visão da Maquinária do universo

Vício: Ociosidade

Por Renan Canellas

 

 
Malkut - O reino
 
" É Malkut, o Mundo Material,
O iluminador das Luzes "


O termo Cabala ( Kabbalah ), significa "Tradição" e os conhecimentos que a compõem são de origem muito antiga, envolvendo muitos mitos. Não se sabe precisamente quando, e nem por quem, aquela ciência foi primeiramente revelada, porém alguns autores dizem que ela foi ensinada aos humanos pelos "anjos caídos", razão pela qual foi considerada uma ciência maldita por algumas religiões.

Para os judeus, a Cabala é a "Tradição das Emanações Divinas", pois através dela é possível o entendimento da Gênese da Criação. A essência oculta de Deus que se manifesta às criaturas através das "Sephirot" cuja representação gráfica é a Árvore da Vida.
A Cabala não pode ser considerada uma religião, porque não tem um corpo de doutrina, e no máximo pode ser aceita como uma Filosofia Analítica.
Há uma grande quantidade de obras sobre a Cabala, sendo a principal delas o "ZOHAR" ou o "Livro dos Esplendores"

Transportando este conceito para a vida humana, pode-se dizer: A Essência Divina do Ser se projeta desde Kether até Malkut. Tudo emana de Deus para o homem, tudo no ser emana de cima para baixo, de Kether para Malkut. Observando o gráfico da Árvore da Vida" pode-se dizer que no ser a primeira emanação é sempre pura, perfeita e divina, pois em essência ela é Kether.
Essa descida do Divino para o humano representa, como a Bíblia cita a "Queda do Homem" (significando uma diminuição da freqüência vibratória). Este é um dos sentidos da "queda", da Humanização do Divino. Inicialmente a Consciência Universal tornou-se Instinto Superior e em seguida, Razão, depois Emoção para se corporificar em Malkut. Em cada uma dessas "Sephiroth" por onde a emanação divina vem se projetando, as formas de existência vêm sendo maculadas, limitadas, quanto às potencialidades. Quando atinge o último ponto, Malkut, ela , embora conserve toda a sua essência, estará mascarada, envolvida, imperfeita quanto à sua manifestação.
A grosso modo, inicialmente o espírito é mente pura e a seguir é dotado de emoções, após é energia física e finalmente se torna matéria.

É conhecido um princípio clássico de Física (Isaac Newton) que diz: "A toda ação se opõe uma reação de mesma intensidade e em sentido inverso". Esse princípio pode ser aplicado à evolução do homem, pois do mesmo modo como a Consciência Universal se projeta em "queda" até o nível de Malkut, a recíproca é verdadeira. De Malkut a consciência humanizada reage com igual intensidade e se projeta para o alto até KETHER.

Eis o objetivo das Ordens Místicas, Doutrinas Espiritualistas e de todas as Religiões Sérias: Fazer com que a Natureza material do homem se torne Divina.
A reversão da matéria para a consciência pura, é a grande luta do ser, é o sentido do "Polir a Pedra Bruta", que encontra o seu equivalente na Alquimia que preceitua que a finalidade básica é a "Grande Obra" que consiste em tornar o vil em Metal Nobre.

Em Malkut é que se manifesta a Natureza. Em certo sentido, pode-se dizer que a criação propriamente dita só pode ser contada (em termos de manifestação ) a partir de Malkut. Antes são Luzes que representam "qualidades" e não coisas. Até chegar a Malkut há a criação primeira, há a formação das qualidades que irão se apresentar em manifestação em Malkut.
Desta forma do que preceitua a Cabala, uma Sephirot origina a seguinte sucessivamente até que em Malkut a criação está estruturada.

Em alguns esquemas da Cabala, Kether está citado como " O Ancião dos Tempos " tendo em Malkut, o homem, a representação do homem perfeito.
A COROA, o "conhecimento", Malkut, a manifestação.
O REINO.  ADÃO KADMON manifestado no primeiro homem.
 
"ASSIM COMO É EM CIMA, É EM BAIXO"

Ao olhar a Árvore da Vida, percebe-se que a conformação da mesma abrange três triângulos, mas que Malkut não participa de nenhum deles, estando isolado, recebendo, segundo os cabalistas as influências ou emanações de todas as outras Sephiroth. Mas, embora Malkut seja a única Sephirah que não participa de um triângulo, é também a única Sephirah representada por diversas cores em vez de uma única, pois ela divide-se em quatro quadrantes, que são atribuídos  aos quatro elementos: Terra, Ar, Fogo e Água. E, embora não seja funcional em nenhum triângulo, representa o resultado final de todas as atividades da Árvore. Malkut é o NADIR da Evolução, o ponto mais afastado do "Arco em Expansão", pelo qual passa toda a vida antes de retornar à sua origem.

Malkut recebe o nome de esfera da Terra, mas não é apenas a esfera terrestre no sentido comum. Representa também o aspecto espiritual, sutil e psíquico da matéria, inerente ao plano físico, mas que dá origem também a todos os fenômenos físicos. O mesmo acontece com os quatro elementos, pois não se referem apenas à terra, o ar, o fogo e a água, apenas como os conhecemos, mas também ao seu aspecto mais sutil, ou seja, os quatro estados em que a energia pode existir, em se falando nos termos de nossa percepção, pois em termos mais elevados, há outros estados de consciência, os quais para percebê-los, nossa estrutura física ainda não está apta.

É sempre importante lembrar, que sendo Malkut a menos sutil das esferas, não se pode dizer que não tenha relação com suas vizinhas, em princípio com Yesod, ou seja, ela é inanimada até que os poderes de Yesod a animem. Tudo isso vem mostrando que o Universo interage com tudo quanto há, sendo quase impossível separar suas partes, pois cada uma depende de cada uma.

Malkut representa  cabalisticamente o Reino, ou seja, a Esfera governada por um Rei o qual é o título de Microprosopo, que consiste nas seis Sephirot centrais, com  exceção  das três Superiores,  sendo  assim  a  esfera das manifestações dessas seis Sephirot centrais, as quais por sua vez, emanam das três Superiores. Portanto, "tudo termina em Malkut, assim como 'tudo" começa em Kether.

Malkut é o NADIR da evolução, mas devemos encará-la não como o abismo último da não-espiritualidade, mas tornarmo-nos conscientes de que só aceitando a disciplina da matéria, e conquistando o domínio das suas lições, estaremos a caminho do Ponto de Origem.

Atualmente, o ponto focal da evolução começa a elevar-se de Malkut e se dirige a Yesod. Isso significa que a ciência, tanto a pura como a aplicada, ultrapassa o estado da matéria inanimada e começa a ter em conta o lado etéreo e psíquico das coisas. Essa fase de transformação é visível em nosso redor para aqueles que podem ler os sinais dos tempos.

Ao final, entre a saída e a entrada, deixe-se de lado os espinhos, a aridez, o fio sombrio do perigo. É a Aurora. O Sol que morre fora e renasce dentro. O suor e o sacrifício não será inútil, porque a Alma se expande, fresca, entre as etapas de sua experiência. É a Aurora que, se revela ao INICIADO para que este não torne a dormir.  É o que o MESTRE nos diz claramente, na conhecida frase de PROVÉRBIOS 3.18, sobre a Sabedoria, na qual se diz que:

"É Árvore de Vida para os que a alcançam, e Bem Aventurados são os que a conservam".

Por Clarisse

 

                             

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