Adão viveu 930 anos e teve muitos filhos e filhas. A Bíblia nos conta uma história sobre Caim e Abel, dois de seus filhos. Você se lembra como Caim tornou-se irado e matou seu irmão, porque o sacrifício de Abel foi aceitável a Deus e o de Caim não foi. A morte de Abel apagou o seu nome e ele não teve mais participação na revelação do plano de Deus. Deus reservou o espaço na última parte de Gênesis 4 para dizer, com brevidade, o que ocorreu a Caim, e então a sua família é esquecida.

Adão teve outro filho, Sete. Nada nos foi dito sobre ele, exceto que foi através de sua família que a história se desenvolveu. Aproximadamente o mesmo número de anos se transcorrem durante os primeiros cinco capítulos de Gênesis como em todo o restante da Bíblia. Deus não nos diz praticamente nada sobre este período, porque não é importante para seu propósito. As pessoas viviam tipicamente 900 ou mais anos. Dez gerações se passaram. Um homem nesta linha foi chamado Enoque. Era justo e Deus o abençoou abundantemente, ao tomá-lo para o céu sem que ele morresse.

O capítulo 6 inicia-se com uma cena de iniqüidade em toda parte da terra. O homem não mais poderia designar planos justos. Deus decidiu destruir o homem, exceto o justo Noé e sua família. Noé aceitou a graça de Deus e assumiu a oferta de escapar. Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas, e dois de cada forma de vida animal sobreviveram na arca.

Estamos agora de volta a uma família. Mas agora, há três filhos e nenhum historiador humano poderia ter sabido, neste ponto, qual filho seguir. Mas, Deus guiou o autor para tratar com brevidade os descendentes de Cam e Jafé antes de retornar à linha através de Sem. Tratou com brevidade das nações que vieram através de Cam e Jafé, mas somente quando se relacionam com os descendentes de Sem.

Muitas, muitas pessoas vieram através de Sem, mas a narrativa divina estreita ainda mais a história.

Anos se passaram. Os homens não mais viveram por tanto tempo. Em breve, duzentos ou menos anos constituia uma vida longa.

Cerca de nove gerações se passaram desde Noé e chegamos a um homem denominado Terá, que vivia em Ur, na Caldéia. Havia três filhos em sua família, também:  Naor, Abrão, e Harã. Harã morreu enquanto ainda estavam em Ur e a história acompanha seu filho Ló com brevidade porque ele viajou com Abrão, a personagem mais importante.

Deus chamou Abrão (ou Abraão, como seu nome veio a tornar-se) e mandou que ele deixasse sua parentela e fosse para uma terra que lhe seria indicada. Abraão obedeceu e foi dirigido à pequena terra de Canaã. Uma tripla promessa foi feita a ele. Foi dito que seus descendentes seriam uma grande nação, que esta nação herdaria a terra de Canaã, e, através de sua semente, todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-7). O resto da Bíblia é a história do cumprimento destas três promessas.

Até esta parte da história, Deus havia revelado somente uma pequena parte de seu plano para a redenção do homem. Sabemos que alguém virá que triunfará sobre Satanás (Gênesis 3:15). Sabemos agora que este alguém virá da nação composta pelos descendentes de Abraão e que todas as nações serão abençoadas pela sua vinda (Gênesis 12:2-3).

A esposa de Abraão era estéril e por isso eles tentaram ajudar Deus a cumprir sua promessa, tendo um filho através de Hagar, a serva. Ismael nasceu. Abraão teve posteriormente seis outros filhos com Quetura, uma outra serva. Estes foram abençoados porque eram filhos de Abraão, mas não eram a semente prometida. Finalmente, através de um milagre, Isaque nasceu quando seu pai já tinha 100 anos.

Quando Isaque se tornou o chefe da família, Deus repetiu a tripla promessa: a Terra, a Nação e a Promessa Espiritual. Através de sua semente todas as nações seriam abençoadas (Gênesis 26:2-4).

Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. Mesmo antes de seu nascimento, Deus disse que Jacó seria o maior. Os descendentes de Esaú tornaram-se a nação de Edomitas. Mas foi para Jacó que a tripla promessa foi repetida. Ele receberia a terra. Seus descendentes formariam uma grande nação. Através de seus descendentes todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 28:13-14).

O espaço não nos permite mencionar os detalhes da vida de Jacó. Basta dizer que Jacó teve 12 filhos. Jacó amou a José, seu penúltimo filho, o melhor, e mostrou sua preferência. Os outros irmãos ficaram enciumados e venderam-no, como escravo, no Egito. Lá José serviu como escravo de Potifar. Levantou-se uma calúnia contra ele e por isso foi lançado na prisão. O tempo passou e ele interpretou os sonhos do Faraó, e tornou-se poderoso em todo o Egito, abaixo apenas do Faraó. Conforme ele próprio disse, ele estava no Egito para ajudar a salvar a vida durante um período de fome de sete anos (Gênesis 45:4-8). Você se lembra como os irmãos vieram, foram testados e finalmente souberam da identidade de José. José providenciou para que trouxessem toda sua família para o Egito. Havia 75 pessoas na família, nesta ocasião, muito longe ainda de uma nação.

Quando Jacó se deitou em seu leito de morte, chamou seus filhos e deu a cada um uma bênção. Esses filhos formariam as tribos que comporiam a nação de Israel (o nome Israel foi dado a Jacó quando ele lutou com um anjo). Foi para Judá, seu quarto filho, que ele fez uma profecia especial. O cetro (o sinal da soberania) não sairia da família de Judá, até que Siló Saquela pessoa especialS viesse (Gênesis 49:10).

Deus agora revelou esta parte de seu plano: Alguém virá para triunfar sobre Satanás. Ele abençoará todas as famílias da terra. Virá através da semente de Abraão, através de Isaque, através de Jacó e através de Judá. Reinará. Sabemos mais do que quando Adão pecou mas entendemos ainda muito pouco sobre o total próposito de Deus (ver Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:2-4; 28:13-14; 49:10).

O livro de Gênesis encerra-se com a expressão confiante de José, aos seus irmãos, de que chegaria o dia em que Deus levaria o povo de volta a Canaã.

Muitos anos se passam antes da cortina levantar-se novamente. Tem Deus se esquecido?

A cena parece obscura, à medida que o Êxodo se inicia. Agora são talvez três milhões de pessoas denominadas israelitas ou hebreus (posteriormente chamados judeus). Um Faraó havia se levantado que não conheceu José. Ele temia este vasto grupo de pessoas estrangeiras em seu país, e os afligiu,  tornando-os escravos. Eles multiplicaram-se mais rapidamente. Tentou destruir os possíveis soldados, ao ordenar a matança de todos os meninos.

Nesta ocasião nasceu um menino. Sua mãe o escondeu durante três meses e então o colocou entre as canas nas margens do Rio Nilo. Ele foi achado pela filha do Faraó, que lhe deu o nome de Moisés.. Por quarenta anos ele foi instruído como se fosse filho da filha do Faraó. Sua própria mãe foi contratada para cuidar dele de forma que ele se desenvolveu desde a infância conhecendo a angústia de seu povo.

Com quarenta anos Moisés decidiu salvar seu povo; mas Deus tinha outro plano. Moisés matou um egípcio e teve que fugir para salvar sua vida. Nos próximos quarenta anos trabalhou como pastor em Midiã. Então, um dia, Deus apareceu a Moisés em uma sarça ardente e deu-lhe o encargo de voltar ao Egito para salvar os Israelitas.

Uma vez mais o espaço proíbe quaisquer detalhes. Como você se lembra, o Faraó recusou soltar o povo. Deus mostrou seu poder sobre a mais poderosa das nações da época, ao enviar dez terríveis pragas, até que os egípcios realmente rogaram aos Israelitas para sairem.

Ao invés de dirigir as pessoas diretamente à terra de Canaã, Deus orientou-os para o sudeste, para o Monte Sinai. Lá ele fez uma aliança com eles. Prometeu-lhes ser o seu Deus e deixar que fossem o seu povo, se obedecessem a ele e cumprissem os seus mandamentos. O povo desejava as bençãos de Deus e rapidamente concordou com a aliança. Deus lhes deu uma lei que especificava exatamente como deviam viver como o povo que ele tinha escolhido.

Até esta data, Deus havia falado diretamente aos pais de famílias fiéis. Este sistema (denominado sistema patriarcal) continuou com todos os povos exceto com este grupo especial congregado no Monte Sinai. Deus estava preparando um povo especial para estar pronto para a conclusão de seu plano.

Deus demonstrou seu poder e proteção ao seu povo de todas as formas concebíveis. Alimentou-os quando estavam famintos. Deu-lhes água tirada das pedras. Afugentou seus inimigos. Protegeu-os como um pai protege seu filho (Oséias 11:1).

Mas, o povo não cumpriu sua parte da aliança. Dentro de seis semanas desde o acordo de obedecer a Deus e cumprir os seus mandamentos, construíram um bezerro de ouro para adoração. Murmuraram quando estavam com sede. Queixaram-se com relação ao maná que Deus havia dado para seu alimento. Mesmo quando haviam atingido a fronteira de Canaã, foram covardes para prosseguir conforme Deus havia ordenado. Enviaram doze espiões para o país. Dez voltaram e declararam que a tarefa seria por demais difícil. Somente Josué e Calebe confiaram no poder de Deus. O povo foi forçado a retroceder para vagar por 40 anos no deserto, até que cada soldado acima de vinte anos de idade morresse exceto Josué e Calebe.

Os livros de Êxodo, Levítico, e Números dão a lei de Moisés com detalhes e dizem dos eventos importantes durante esses quarenta anos. Até mesmo Moisés desobedeceu a Deus, em uma ocasião, de forma que não teve permissão para entrar na terra. Deus permitiu-lhe ver a terra do topo do monte Nebo. Lá ele faleceu e foi enterrado pelas mãos de Deus.

O livro de Deuteronômio é uma série de discursos que Moisés fez na planície de Moabe, antes de sua morte. Ele encorajou quão o povo ser fiel quando entrasse na terra, para que pudesse prosperar e permanecer na terra, através de toda a geração vindoura. Através de Moisés, Deus prometeu grandes bênçãos ao povo se permanecesse fiel a ele. Por outro lado, alertou sobre as punições, caso se desviasse dele.

Ambos os lados da questão Sbênçãos e maldiçõesS são absolutamente necessários ao plano de Deus. Deus sempre ofereceu ao homem grandes bênçãos por manter a sua lei e estabeleceu penalidades para a desobediência. Ele então deixou ao homem escolher o que ele quisesse.

Josué tornou-se líder em lugar de Moisés. Conduziu o povo através do Rio Jordão para conquistar a terra. Marcharam em volta de Jericó, e por sua fé Deus fez com que os poderosos muros caíssem. Josué e seu exército encontraram a vitória por toda parte. Dentro de poucos anos toda a terra havia sido conquistada e dividida entre as tribos.

Duas das promessas feitas a Abraão haviam sido cumpridas, neste ponto da história. Os descendentes de Abraão, de fato, tornaram-se uma nação. Deus os conduziu à vitória para ganharem a terra (Josué 21:43-45). Somente a promessa espiritual estava ainda faltando. Deus estava ainda revelando, gradativamente, o seu plano para a humanidade aprender. Não havia chegado ainda a "plenitude dos tempos".

Continuar

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