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Desafios
e Dúvidas

Crescendo em conhecimento e fé

Por que os justos sofrem?
Joseph Smith foi um profeta de Deus?
 
Predestinação

Como continuar amigos no meio de controvérsia

Por que os justos sofrem?

Assim como Deus manda a chuva, o sol e outras bênçãos tanto sobre  os justos como sobre os injustos (Mateus 5:44-45), a Bíblia também   ensina que todos (sejam justos ou injustos) têm que sofrer as conseqüências do pecado de Adão e Eva. Gênesis 3 registra o relato da queda de Adão e Eva. As maldições caídas sobre a terra como resultado são relatados em Gênesis 3:16-19. Elas incluem a dor do parto, espinhos e cardos, comer o pão "no suor do rosto", e, finalmente, morte. Estas maldições são universais. Todos estão sujeitos a dor, tristeza, infelicidade e a morte que são o resultado, não da crueldade ou indiferença por parte de Deus, mas da introdução do pecado no mundo.
A pessoa que está preocupada com o sofrimento dos justos precisa ler o livro de Jó. Ele era um homem rico a quem Deus tinha abençoado abundantemente. Jó 1:8 nos conta a estima de Deus por este homem: "Perguntou ainda o S
ENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, tememnte a Deus e que se desvia do mal."
Não há questão sobre se o subseqüente sofrimento de Jó era castigo por algum pecado grave. O livro constitui, na maior parte, de uma discussão que Jó tinha com seus "amigos", que tentavam convencê-lo de que ele estava recebendo retribuição por alguma maldade dele. Mas não somente Jó era inocente de qualquer pecado resultando em seu sofrimento incomum, mas é-nos dito mais tarde que "Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (Jó 1:22). O sofrimento acontece a jovens e velhos, bons e maus. Algumas pessoas parecem ter mais do que sua conta de calamidade, enquanto outras aparentemente escapam com pouca adversidade. A maioria de nós provavelmente cai em algum lugar entre estes dois extremos.
A adversidade, conquanto atribuída a um Deus cruel e injusto, realmente pode beneficiar-nos de muitos modos se estivermos determinados a servir o Senhor.
O sofrimento nos prova. Lemos sobre uma tal provação, em Gênesis 22, que deve ter sido desagradável para Abraão. Mas ele passou a provação e o resultado foi a promessa de grandes bênçãos através de sua herança, que beneficiaria toda a terra (leia os versículos 1 a 18).

Deus estava permitindo que Jó fosse experimentado com as aflições pelas quais Satanás o atormentou. Jó passou na prova e lemos, "Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro..." (Jó 42:12).

O sofrimento nos fortalece.

Não nos foi prometida grande riqueza material se passássemos nas provas de adversidade, mas nos foi assegurado que o Senhor cuidará de nós (Mateus 6:33), e que colheremos recompensas maiores do que a riqueza deste mundo.
O sofrimento nos fortalece. Quem não ouviu uma pessoa mais velha contar os "tempos duros" que enfrentou? Alguns falam de suas experiências para atravessar a Grande Depressão. Alguns relatam os contos pungentes da desgraça. Outros falam de tragédia pessoal que teve que ser suportada. Por que freqüentemente as pessoas têm orgulho dos tempos traumáticos em que viveram? É porque elas sabem que isto é evidência de um caráter e uma constituição fortes, que talvez foram forçadas sobre eles pelas suas adversidades. Converse com qualquer pessoa de riqueza ou alta posição que "abriu seu próprio caminho." Os tempos sobre os quais terá mais prazer em lhe falar são "naquele tempo quando eu não estava tão bem como agora." Elas gostam de recordar a luta, a dureza e a labuta que os colocaram onde estão. A maioria destas pessoas não trocaria estas experiências por nada, porque sabem que foram as próprias durezas que suportaram que lhes deram a força de caráter que agora possuem.
Devemos ser fortalecidos espiritualmente pelo sofrimento porque sabemos que Deus "...não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Coríntios 10:13). Cada vez que você passa por uma provação, você está um pouco mais forte. Isto não somente o capacitará a enfrentar outras tentações contra as quais você irá contra, mas também lhe dará capacidade para ajudar melhor e encorajar outros que possam enfrentar dificuldades semelhantes.
O sofrimento nos humilha. Em 2 Coríntios 12:4-10 aprendemos que Paulo tinha uma enfermidade com o propósito de ajudá-lo a manter sua humildade e também para que outros não o exaltassem acima da conta. Na adversidade percebemos que nossa única segurança e força verdadeira estão em Jesus Cristo. Por nós mesmos não temos a força e a auto-suficiência das quais gostaríamos de vez em quando de nos exibir. Paulo disse: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).
Acima de tudo, lembremo-nos de que nossa meta não é uma vida ditosa, despreocupada, nesta terra. Antes, estamos labutando e algumas vezes sofrendo para que possamos atingir o lar celestial que Jesus Cristo foi preparar para nós. Que as tentações, adversidades, perseguições, tristezas e dores nesta vida nos dêem uma mais profunda ânsia e apreciação pela esperança que fica diante de nós se formos cristãos e fiéis ao Senhor.
"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18). Torne-se um cristão para que possa ter esta alegria e paz de consciência.
­por Tom Moody

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Joseph Smith foi um profeta de Deus?


Milhares de missionários mórmons pela terra toda tentam influenciar-nos  a crer que Joseph Smith foi um profeta de Deus. Por esta razão,   devemos examinar a alegação deste homem ser inspirado.

   

Investigação encorajada por líderes mórmons


Quando iniciamos esta examinação, devemos ressaltar que tanto Jesus Cristo como os chefes da Igreja Mórmon mandam que tal investigação seja feita. Durante anos, muitos missionários mórmons tocaram uma fita pelo apóstolo mórmon Hugh B. Brown. Intitulada "O Perfil de um Profeta," o objeto desta fita era convencer-nos de que Joseph Simth preenchia a descrição bíblica de um profeta de Deus. Neste discurso gravado, o apóstolo Brown fez o seguinte desafio a examinar as declarações de Joseph Smith:

   
Submeto a vocês como submeti a ele, que se qualquer homem que jamais viveu tivesse um testemunho de Jesus, e deu sua vida por esse testemunho, e foi eficiente na divulgação do testemunho, e em trazer evidências convincentes da verdade da afirmação que Jesus é o Cristo, desafio qualquer homem a mostrar alguém que tenha dado mais evidência real do divino chamado de Jesus Cristo do que o fez o profeta Joseph Smith [o destaque é do autor deste artigo -- SGD].
   

Franqueza como a do Sr. Brown não é nova entre os Santos dos Últimos Dias. O apóstolo mórmon Orson Pratt fez uma afirmação semelhante há mais de um século (1891) sobre o Livro de Mórmon:

   
Se, depois de rigoroso exame, for encontrada uma impostura, ela deverá ser publicada amplamente ao mundo como tal; as evidências e argumentos sobre as quais o embuste for detectado, deverão ser clara e logicamente afirmados, para que aqueles que têm sido sinceros, ainda que infelizmente enganados, possam perceber a natureza do engano, e sejam recuperados, e aqueles que continuem a publicar o engano, possam ser expostos e silenciados, não pela força física, nem por perseguições, alegações sem base, nem ridículo, mas por argumentos fortes e poderosos, por evidências provenientes da escritura e da razão. (Orson Pratt, Orson Pratt's Works, Salt Lake City: George Q. Cannon and Sons, 1891, págs. 124-125.)
   

Investigação encorajada pelos ensinamentos de Cristo


De modo igual, Jesus Cristo nos ordenou que examinássemos cuidadosamente todos os ensinamentos religiosos propostos para nossa crença (1 Tessalonicences 5:21). Além disso, proeminentes Santos dos Últimos Dias insistiram igualmente. Por exemplo, o apóstolo mórmon George A. Smith disse:

   
         
Se uma fé não suportar ser investigada, se seus pregadores e professores temem que ela seja examinada, as fundações devem ser muito fracas. (George A. Smith, Journal of Discourses, XIV, Liverpool: Albert Carrington, 1872, p. 216.)
   

Quando refletimos na seguinte declaração de Jesus, certamente veremos que somente o erro tem a temer o exame público e minucioso:


"Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras.  Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus" (João 3:20-21).
   

Cristo não somente nos exortou a examinar tudo que é proposto a nossa crença. Ele ordenou a batalhar "diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Judas 3) e que temos que estar "sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor" (1 Pedro 3:15-16). De novo, é consistente com a afirmação de Joseph Smith em Doctrine and Covenants 71:7:


Portanto, confunda seus inimigos: Convide-os a se encontrar  com você tanto em público como em particular; e porquanto você é fiel, a vergonha deles será manifesta.
 

Naturalmente, esta foi a abordagem dos santos nos tempos do Novo Testamento para expor o falso ensinamento. Jesus empenhou-se nisso, como o fizeram Estêvão e Paulo. Em Atos 18:28, Lucas disse que Apolos "com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus."

Assim, um exame das reivindicações de Joseph Smith a ser um profeta de Deus é consistente tanto com o ensinamento e prática dos cristãos do Novo Testamento como do próprio Senhor. É também consistente com o ensinamento dado aos Santos dos Últimos Dias pelo próprio Joseph Smith. Para obedecê-los, temos que examinar os ensinamentos de Joseph Smith.

   

A definição bíblica de um falso profeta


Para cumprirmos tanto o que a Bíblia como o Livro de Mórmon e os chefes mórmons nos encorajam a fazer, é necessário saber o que um falso profeta realmente é. Em Deuteronômio 18:20-22, encontramos a definição dada por Deus:


"Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o S
ENHOR não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele."

Deus define um falso profeta como aquele que faz predições que não acontecem. Não existe disputa sobre a definição de Deus de um falso profeta, mas permanece por ser visto se Joseph Smith fez qualquer predição que não aconteceu.


Uma profecia específica que Joseph Smith fez em 22 e 23 de setembro de 1832 quando estava em Kirtland, Ohio, registrada em Doctrine and Covenants, Parte 84, versículos 1-5, diz assim:

   
A revelação de Jesus Cristo ao seu servo Joseph Smith, Junior e seis anciãos, quando eles uniam seus corações e elevavam suas vozes ao alto.

Sim, a palavra do Senhor a respeito de sua igreja, estabelecida nos últimos dias para restauração do seu povo, como ele tem falado pela boca de seus profetas e para a reunião de seus santos para estarem sobre o Monte Sião, que será a cidade da Nova Jerusalém.

A qual cidade será construída, começando no terreno do templo, que é apontado pelo dedo do Senhor, nos limites do oeste do Estado de Missouri, e dedicado pela mão do Profeta Joseph Smith, Junior, e outros de quem o Senhor se agradou muito.

Verdadeiramente esta é a palavra do Senhor, que a cidade da Nova Jerusalém será construída pela reunião dos santos, começando neste lugar, o próprio lugar do templo, cujo templo será levantado nesta geração.

Pois em verdade esta geração não passará até que uma casa seja construída para o Senhor, e uma nuvem repousará sobre ela, cuja nuvem será mesmo a glória do Senhor, que encherá a casa. (Joseph Smith, Doctrine and Covenants, Parte 84, 1-5, Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1921).
   

A cidade especial na qual o templo tinha que ser construído não é mencionada aqui. Contudo, encontramos em Doctrine and Covenants 57:1-13 que os termos Monte Sião e Nova Jerusalém são sinônimos de Independence, no Missouri:

   
Ouvi, ó vós anciãos de minha igreja, diz o Senhor vosso Deus, que vos congregais, de acordo com os meus mandamentos, nesta terra, que é a terra de Missouri, a qual é a terra que tenho indicado e consagrado para a reunião dos santos.

Portanto, esta é a terra da promessa, e o lugar para a cidade de Sião.

E assim diz o Senhor nosso Deus, se quiserdes receber sabedoria, eis a sabedoria. Eis que o lugar que agora é chamado Independence é o centro do lugar; e um ponto para o templo jaz a oeste, sobre um lote que não fica longe do tribunal. (Joseph Smith, Ibidem, Parte 57:1-3).
   

Resumindo a profecia, então, Joseph Smith predisse, como uma "revelação de Jesus Cristo," que um templo seria construído em Independence, Missouri, na geração na qual ele disse estas palavras.

   
Esta profecia se realizou?

Na realidade, esta profecia não foi cumprida! O início do templo não aconteceu, muito menos foi completado durante a geração na qual Smith falou. Os mórmons saíram do condado de Jackson, Missouri, antes mesmo que a construção do templo iniciasse e o lote do templo está vago até hoje. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nem sequer é proprietária do lote do templo e não pode construir o templo nesse pedaço de chão.


O que os mórmons disseram sobre esta profecia não cumprida


Em estudos com mórmons através dos anos, a única explicação que este escritor ouviu é que o termo geração na profecia deve significar mais do que apenas 30-40 anos, ou mais do que um grupo de pessoas que vivem simultaneamente.


Em resposta a esta explicação, desafiemos o leitor a encontrar outra passagem em qualquer lugar de todos os escritos de Joseph Smith onde a palavra geração significa outra coisa que não um grupo de pessoas que vivem contemporaneamente. Tendo falhado nisto, sugiramos que mórmons mostrem esta profecia a 1000 pessoas e lhes perguntem se pensam que o termo "geração", como foi usado por Smith nesta profecia, significa outra coisa que não um grupo de pessoas que vivem simultaneamente. Melhor ainda, mostremos agora que os mórmons entenderam universalmente que Smith profetizou que o templo seria construído enquanto alguns daqueles que então viviam ainda estariam vivos.


Em 20 de maio de 1855, Orson Pratt, um dos do concílio original de doze apóstolos da igreja Mórmon, disse estas palavras sobre esta mesma profecia:

   
E quando os santos foram expulsos do condado de Jackson, quase todos na Igreja esperavam ser rapidamente restaurados; e uma pessoa que dissesse que não estariam de volta em cinco anos, ou dez, no máximo, era considerada apóstata. (Orson Pratt, Journal of Discourses, III, pág. 17.)
   

Nesta afirmação, o apóstolo Pratt interpretou a profecia exatamente como qualquer de nós o faria. O termo "nesta geração" se referia ao grupo de pessoas vivas quando Smith fez a profecia. Ainda mais, Pratt identificou como apóstata qualquer um que não interpretasse a profecia deste modo.


Heber C. Kimball, membro da Primeira Presidência da Igreja Mórmon, disse em 2 de agosto de 1857, num sermão em Salt Lake City:

   
... mas se não puderem aprender a guardar os mandamentos de Deus na Grande Salt Lake City, ... como esperam guardá-los no condado de Jackson, pois estamos tão certos de voltar para lá como que existimos. (Heber Kimball, Journal of Discourses, V, pág. 134.)
   
Alguns meses mais tarde, em 27 de dezembro de 1857, Kimball disse:
   
Eles são lugares sagrados e serão tidos como sagrados até mesmo como condado de Jackson; e não há um só homem vivendo lá que não tenha hoje o espírito do temor sobre si, e espere que tenha que sair algum dia; e até hoje, nenhum homem se aventurou a cultivar ou construir sobre o Quarteirão do Templo. O Profeta Joseph dedicou essa terra, e eles sentiram os efeitos dessa dedicação; e as bênçãos permanecerão, e o inferno não pode tirá-las, e eu ainda hei de ver o dia quando voltarei lá com o Irmão Brigham, e com milhares e milhões de outros, e iremos precisamente de acordo com a dedicação do Profeta do Deus vivo. Pergunte se eu tenho qualquer dúvida em minha mente sobre estas coisas serem cumpridas; estou tão confiante nisso como estou de que sou chamado para ser um salvador dos homens, e nenhum poder pode impedi-lo. (Heber Kimball, Journal of Discourses, VI, pág. 190.)
   

Kimball não voltou para o condado de Jackson, no Missouri, nem Brigham Young. Contudo, esta afirmação mostra que estes chefes da igreja interpretaram a expressão "nesta geração" em Doctrine and Covenants 84:4 como um grupo de pessoas vivas ao mesmo tempo.


Nos anos 1870, aproximadamente quarenta anos depois que Smith fez a profecia, e quando a maioria das pessoas esperava seu cumprimento, os chefes mórmons, como o apóstolo Orson Pratt, ainda insistiam em que construiriam o templo em sua geração. Em 10 de abril de 1870, Pratt disse:

   
... Temos ... confiança em retornar ao condado de Jackson e construir uma grande cidade central... Há muitos do velho rebanho que passaram por todas essas tribulações que apontei, ainda vivos, cuja fé em retornar ao condado de Jackson e as coisas que estão por vir, é tão firme e fixa como o trono do Todo-poderoso. (Orson Pratt, Journal of Discourses, VIII, pág. 138.)
   

Estas afirmações mostram que os chefes mórmons não planejavam então permanecer em Salt Lake City. Eles planejavam retornar à "Cidade de Sião," Independence, no Missouri e construir o templo como Smith tinha profetizado.

Um mês mais tarde, em 5 de maio de 1870, Pratt disse:

   
Deus prometeu no ano de 1832 que, antes que passasse a geração em que vivíamos, retornaríamos e construiríamos a Cidade de Sião no condado de Jackson; que retornaríamos e construiríamos o templo do Altíssimo onde antigamente lançamos a pedra fundamental... Cremos nestas promessas tanto quanto cremos em Jeová. Os Santos dos Últimos Dias assim também esperam receber o cumprimento dessa promessa durante a geração que existia em 1832 tanto como esperam que o sol se levante e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não mente. Ele cumprirá todas as suas promessas. Ele disse, e tem que acontecer. Esta é nossa fé. (Journal of Discourses, VIII, pág. 362.)
   

Esta é uma afirmação importante porque mostra como Orson Pratt interpretava a profecia que estamos examinando. Ele acreditava que Deus cumpriria a promessa "durante a geração que existia em 1832." Ele não interpretava "geração" com o significado de "raça," "1000 anos," ou qualquer outra coisa. Ele entendia que significasse "geração de pessoas vivas simultaneamente."


Um ano mais tarde, em 9 de abril de 1871, Pratt disse:
   
Nós esperamos tanto que uma cidade seja construída, chamada Sião, no lugar e na terra que foi apontada pelo Senhor nosso Deus, e que um templo será levantado no ponto que foi selecionado, e cuja pedra fundamental que foi lançada, na geração quando esta revelação foi dada; esperamos tanto isto como esperamos que o sol se levante de manhã e se ponha na tarde; ou tanto quanto esperamos ver o cumprimento de qualquer dos propósitos do Senhor nosso Deus, pertinentes às obras de suas mãos. Mas diz o opositor, "trinta e nove anos se passaram." E daí? A geração não passou; todas as pessoas que estavam vivendo trinta e nove anos atrás não passaram; mas antes que passem, isto será cumprido. (Journal of Discourses, XIV, pág. 275.)
   
Dois anos mais tarde, em 14 de junho de 1874, Pratt disse:
   
Deus disse, no ano de 1832, antes que fôssemos expulsos do condado de Jackson, numa revelação que você encontrará neste livro, que antes que aquela geração passasse, uma casa para o Senhor seria construída naquele condado... Isto foi dado há quarenta e dois anos. A geração que então vivia tinha não somente que começar a casa de Deus no condado de Jackson, no Missouri, mas realmente teria que completá-la e, quando estivesse completa, a glória de Deus repousaria sobre ela ... Agora, Santos dos Últimos Dias, acreditam nisso? Eu creio, e se acreditam nestas revelações, assim esperam o cumprimento da revelação como qualquer uma que Deus tenha feito nestes últimos tempos, ou nas eras anteriores... nós Santos dos Últimos Dias esperamos retornar ao condado de Jackson e construir um Templo ali antes que a geração que estava vivendo quarenta anos atrás tenha toda passado. Bem, então o tempo quando começaremos a obra precisa estar bem próximo (Journal of Discourses, XVII, pág. 111.)
   

Na edição de 1923 de Doctrine and Covenants Commentary, por Hyrum Smith e Jannne Sjodahl, os mórmons ainda esperavam que a profecia fosse cumprida brevemente, ainda que tivessem passado 89 anos desde que Smith a fez:

   
Esta geração não passará, etc. Esta é uma promessa que alguns que viviam no tempo em que foi feita, em 1832, ainda estariam na terra, em carne, quando a casa do Senhor começasse a levantar suas torres para o céu naquele solo consagrado. Uma geração não passa em cem anos, e cada geração tem uns poucos que vivem mais de 100 anos. (Citado por N. B. Lundwall, Temples of the Most High, Salt Lake City: Bookcraft, 1962, pág. 234, citada por Gerald e Sandra Tanner, Mormonism ­ Shadow or Reality?, Salt Lake City: Modern Microfilm Company, 1972, pág. 189.)
   

Até 1935, Joseph Fielding Smith, o finado Presidente da Igreja Mórmon, insistia que Deus cumpriria a revelação:

   
Creio firmemente que haverá alguns daquela geração que estavam vivendo quando esta revelação foi feita que estarão vivendo quando este templo for levantado. E não creio que o Senhor tenha-se obrigado a cumprir o assunto dentro de cem anos a partir de 1832... Tenho plena confiança na palavra do Senhor e que ela não falhará. (Joseph Fielding Smith, The Way to Perfection, Salt Lake City: Genealogical Society of Utah, 1931, pág. 270.)
   

Assim, aqui encontramos que o Profeta Joseph Fielding Smith, tão tarde como 1935, acreditava que o termo "geração" significava um grupo de pessoas simultaneamente vivas. Ele também acreditava que alguns dos que viviam em 1832 quando a profecia foi feita, sobreviveriam para ver o templo construído.


Mais de 150 anos se passaram desde que Smith fez a profecia e a construção do templo em Independence, Missouri, ainda não começou. A reunião dos santos profetizada por Joseph Smith, Junior. ainda não começou. Onde está aquela geração que estava viva naquele tempo? Num livro mais recente, Joseph Fielding Smith, então presidente da Igreja Mórmon, disse:

   
Também é razoável acreditar que ninguém que vivia em 1832 esteja ainda vivendo na mortalidade na terra. (Joseph Fieldin Smith, Answers to Gospel Questions, IV, Salt Lake City: Bookcraft, 1960, p. 112.)

Conclusão

Desde que os mórmons nem sequer começaram a obra deste templo, não existe meio possível da profecia de Joseph Smith ser cumprida. Joseph Smith, de acordo com a definição da Bíblia, foi um falso profeta.

­por Samuel G. Dawson
Traduzido  do  livro Denominational  Doctrines:  Explained, Examined, Exposed,  © 1990 por Samuel G. Dawson e Patsy Rae Dawson, direitos autorais reservados. Usado com permissão.

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