"Segundo a
Tradição, quando os sacerdotes egípcios, herdeiros da Sabedoria Atlântida, eram ainda
guardiões dos Mistérios Sagrados, o Grande Hierofante, prevendo uma época de decaimento
espiritual da humanidade e a perseguição ao
ensinamento sagrado, convocou ao templo todos os sábios sacerdotes do Egito para que,
juntos, pudessem achar um meio de preservar da destruição os ensinamentos iniciáticos,
permitindo, assim, seu uso às gerações de um futuro distante.
Muitas sugestões foram apresentadas,
mas o mais sábio entre os presentes disse que, devido ao declínio moral da humanidade, o
vício ia prevalecer por toda parte e sugeriu então que as Verdades Eternas fossem
conservadas e perpetuadas através do vício, até a época em que, novamente poderiam ser
ensinadas.
Assim foi feito e o grandioso sistema
simbólico da Sabedoria Esotérica - o TARÔ - foi dado à humanidade sob a forma de um
baralho de 78 lâminas, que desde milhares de anos servem para satisfazer a curiosidade
humana a respeito do seu futuro ou para distrair-se e passar o tempo, jogando.
Nessas 78 lâminas - 22 que são os
"ARCANOS MAIORES" e 56 que são os "ARCANOS MENORES" - os sábios
egípcios encerraram toda a sabedoria que tinham herdado, todos os conhecimentos que
possuíam, toda a Verdade que lhes era acessível a respeito de DEUS, do UNIVERSO e do
HOMEM. A estrutura fixa do sistema impediu qualquer deturpação e o Tarô, ainda hoje em
dia permanece uma fonte de sabedoria para quem possui olhos para ver e ouvidos para
escutar sua linguagem silenciosa".
Extraído de: "Mebes, G.O.; Os
Arcanos Menores do Tarô; Ed. Pensamento".