Cresta a terra nua: estéril, seca, estala
No calor das manhãs desesperadas...
E o murmúrio, no morno vento, fala
De aves, ao partir, nas arribadas!
À noite, num deserto de tristeza,
Cai o silêncio mortal e absoluto
No peito de quem vive, de quem reza...
Então todo o Nordeste veste luto.
E nasce uma canção, tenho certeza,
Desse choro que, à noite, sempre escuto!