Cheia

(Genildo Mota Nunes)



Ao longe, sobre o caudal, o saveiro...
Muitos partiram, cedo, aos seus destinos.
Tantos passaram... que é do primeiro?
Na grã-matriz, ressoam, tristes, os sinos.

Irou-se o Velho Chico, uma vez mais.
Mais uma vez, de outra cheia incrível,
Caem as barrancas, fogem os areais...
E o rio alucinado eleva o seu nível!

Imersos, o saveiro e a Catedral
Dormem bem calmos na noite silente,
Como se a fria água fosse natural...

Distante, as vozes e o vento cortantes
Falam rumores de coisas do Mal
Ao nosso Bom Jesus dos Navegantes.


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