Contemporânea

(Genildo Mota Nunes)


Nasci entre fios e transistores
E criei um coração de aço!

Os cristais que vibram, que vibram,
Dizem muito mais de mim
Sem sangue, sem dores, sem desejos:

- No peito, somente as cores de um novo temmpo
E o medo caótico de uma visão atômica.

Trago na memória digital
A engenhosidade admirável da Ciência.
Todas as indefinições e complexidades
Na incompreendida busca do ser-máquina:

- Na terra, somente primavera de plásticos e metais...
E a ameaça constante da Rosa de Hiroxima.


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