Não pode haver paixão maior.
A solidão nos olhos da tarde,
Um caminho que busco no tempo,
Minha vida, tão só a minha vida.
Não pode haver maior desejo.
Uma loucura nova e deslumbrante,
Esta ânsia eterna de vida,
Minha paz na linha do Horizonte.
Persigo, busco, religiosamente,
Ave sem ninho, a minha estrela
Molhada do rio onde deságuo.
Este rio que, na noite, se oferece
Tonto de aromas e de luz,
Este rio veloz de sonho e de silêncio,
Presságio da minha partida inevitável!
Não, não pode haver amor maior em outro rio.