Soneto de Infidelidade

(Genildo Mota Nunes)


Escravo do que sou porém altivo,
Busco a força do amar a cada gesto.
Não sei se me devoro ou se me presto
No pouco do que tenho e do que vivo.

Há espinho em cada flor em que cultivo
Minha dor de um pecado manifesto.
Aquilo que desejo não contesto:
Para crer basta apenas um motivo.

Que mora este silêncio bem guardado
Nas cores do que vejo e que me envida,
Tonto de luz e sem qualquer cuidado.

Que vibra esta minh'alma oferecida
Como a virgem que se dá ao seu amado,
Como o amor grande e eterno pela vida.


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