Pus meus olhos na tua face
e beijei a tua boca na carícia das horas ligeiras.
E ascendeu minh'alma para o teu colo
como fora o meu desejo de sonhar-te
e querer-te minha a todo instante.
E errei perdido nas distâncias
das estradas desérticas e silentes.
E beijei a brisa nas últimas horas da tarde
quando menstrua o sol
e sussurram as árvores os últimos segredos indeléveis.
Tarde, que dizeis do meu silêncio
quando elevo o meu espírito?
Quem chora a minha mágoa
e desfaz o meu sorriso entre brumas?
Quem me move no querer a cada instante
e dilacera a minha paz a cada hora?