Soneto do Vento Sul

(Genildo Mota Nunes)



Deus, que vontade triste! Ai, que estranha agonia!
Este vento do Sul, oh, Deus meu, se eu pudera
Dele estaria mui longe, oh, dele fugiria
Para as terras distantes, para a primavera!

Neste vento do amor, oh, que melancolia!
Que tão grande tormento, que tão infeliz quimera!
Uma noite que passa é mais triste e vazia
Que milhões de palavras que a mente não lera!

Perdeu-se com as dores, toda aquela alegria...
Quem dera retornasse, meu Deus, quem me dera
Que no vento partisse esta noite tão fria!

E acabasse de todo, toda a nostalgia.
E os meus sonhos nascidos nesta longa espera
Fossem lágrimas quentes - fossem poesia!


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