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RESULTADOS DAS COMPETIÇÕES 2000
 
Confira abaixo os campeões de cada mês:
 
Mês de Abril 2000
 
 
3 5 %
6 5 %
 
ALGO PRIMÁRIO  

Entre o cemitério de prédios,  
revejo fotos antigas.  
Me apego a “Luz Cinza”.  
Que se parece estática,   
um nascimento não certo de viver.  
Ainda pode ser a expressão máxima de  
um antigo presente.  
Mas em geral, é algo  
Primário.   

  
William Molin
NÃO SOU DA FAZENDA...  

Não sou da fazenda  
nem do interior  
meu quintal foi de pedra  
minha pedra foi de fogo  
Foi de pedra meu quintal !  

Meu interior foi de fogo  
Foi de pedra meu interior !  

Não...  
Não sou da fazenda  
Nunca fui à fazenda  
fazendo força  
Foi fazenda meu quintal...  
  

Roberto Rodrigues
 

Mês de Março 2000
 
 
4 2 %
5 8 %
 
SONETO PARA ACORDAR GENTE GRANDE  

E, então, acordas e me vês bem perto,  

teu corpo alvo, lindo, quase desnudo,  

como jóia que se aconchega no veludo,  

como lindo botão de flor entreaberto.  
  
  

Na tua face, um sentimento incerto,  

de alumbramento ao mundo e a tudo  

é tão belo e vivo que eu, antes, mudo  

agora, feliz, sorrindo, sinto-me desperto.  
  
  

Alegre e grato por acordar ao teu lado,  

fico ainda mais preso a esse amor pujante  

mas... com medo, penso como num fado,  
  
  

que quando tu dormes, tão suave e plena,  

talvez em teus sonhos esteja eu tão distante,  

que, enfim, viver sem ti não valha a pena.  
  

Fernando Gusmão
ALICE PERDIDA NO VAZIO DO SEU PRÓPRIO EU 
     Vazia, neste deserto vazio  

     com paredes de pedra.  

     Será que é isso que habita o meu eu?  

     Lembro de ter visto algumas flores, rosas e  

     até muitas árvores.  

     Mas o vazio do meu deserto os matou  

  ou ainda vivem dentro de mim ?  

     Estas paredes de pedra  

     que envolvem este vazio do meu deserto  

     escondem-me este paraíso de flores e magia  

     que há em todos os jardins.  

     Nestas paredes, se é visto o deserto, tristeza   

     e a solidão que eu mesma fiz em mim.  

     A solução  

     é contemplar este deserto e  

     andar sempre em frente  

     com ou sem  

     a esperança de ver um oásis.   
  
  

Noemi Arantes
 

Mês de Fevereiro 2000
 
 
4 9 %
5 1 %
 
NEM LEMBRANÇAS   

Chegou a hora do eixo se partir  
O amor pode ser destrutivo  
E não quero mais minha destruição  
Viro as costas à tudo  
O sofrimento brota  
E ao mesmo tempo se desbota  
Sensações são diluídas num mar insensível  
O gelo domina-me novamente  
Congela emoções, corroi corações  
Do qual o meu agora se exclui  
Tudo acabou  
Não há mais fuga, nem volta  
Apenas lembranças  
Agora nem lembranças.  
  
  

Flávia Martin
MADEIRAS DE LEI  

Madeiras do meu Brasil, Pau-brasil.  
Que ave encanta a Peroba do Campo?  
Quem mora neste sertão céu de anil,  
certo que é Aroeira, mas chora aos prantos!  

Madeiras de lei, sem leis pra salvar:  
Anjico Vermelha, Acapú, Jatobá,  
Maçaranduba, Cedro e Jacarandá.  
Choram os Pinhos lá do Paraná.  

Mogno, Sucupira, Açoita-cavalo;  
o açoite é feroz e o Ipê Roxo, claro,  
sangra mais que a bela Seringueira e  

a Peroba-rosa mancha o Óleo-vermelho,  
o velho machado não é mais o Pau de Ferro,  
derrubam Braúnas, morre o verde amarelo.   
  

Nathan de Castro Júnior
Mês de Janeiro 2000
 
7 5 %
2 5 %
 
DESEJOS 
      Quando penso em ti    
      Quero soltar por todos os poros    
      O amor imenso que sinto dentro de mim    
      Quero entender o que minha pele esconde    
      Nas noites frias sem luar    
      Quero saber o que teus olhos dizem    
      Quando os vejo perdidos    
      Fitando o infinito    
      Cheios de brilho e luz    

      Quando penso em ti    
      Quero extravasar minhas emoções    
      Tolas alucinações de um coração enamorado    
      Mar revolto, repleto de sentimentos infindos    
      Quero entregar-me de corpo e alma    
      Em tuas mãos que falam de amor    
      Nos teus olhos que confessam querer-me    
      No teu coração cheio, repleto de mim    

      Quando penso em ti    
      Minha alma se liberta,    
      Voa longe    
      Vai onde só nosso amor    
      Pode nos levar...    
   

           Sâmara Cassiano

ÂMAGO 
 
                                                  a voz   
                                                         mesmo calada   
                                                         meu esboço   

                                                         algoz   
                                                 até   na calada   
                                                         meu esboço   

                                                         grave   
                                                         ecoante   
                                                         auto-falante   

                                                         crase   
                                                         crepitante   
                                                         semi-delirante  

  
  
        Marcos Willian 
 


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