Quando os comandantes das fortificações se renderam aos invasores em troca do pagamento de suas tropas e nesta circunstancia viu-se os governadores de Recife obrigados a abandonarem as posições conquistadas ao sul e retornarem com as tropas para a capital, e para simplificar a defesa de Recife foi dado ordem para se demolir a Cidade de Mauricia edificada na Ilha de Antônio Vaz por Maurício de Nassau e os palácios de Boa Vista e o de Friburgo, porém a cada dia a situação em Recife ia se tornando mais difícil devida a aproximação dos grupos de assalto do comandante André Vidal de Negreiro, e quando da chegada da noticia que na Holanda se estariam aprontando uma frota bem armada para socorro da Cidade de Recife, os rebeldes atacaram as Capitanias da Paraíba e de Itamaracá aonde encontraram mais resistência que no sul, devido as lutas travadas com os índios Tapuias sedentes de vinganças contra os portugueses que vieram do Rio Grande do Norte e do Ceará em socorro aos holandeses, neste momento a guerra travada tomava caracter desumano em virtude ao ódio de raça e pela incompatibilidade de religião que incitava ainda mais a paixões e fazia crescer a vontade de lutar.

Foi quando na manhã do dia 22 de Junho surgiu na barra da Cidade de Recife os navios Valck e Elizabeth carregados de provisões para a população da Cidade de Recife e com a noticia de que uma frota armada estava a caminho para socorrer a colônia, o Alto Conselho em reconhecimento conferiu aos comandantes dos navios uma medalha em ouro com os seguintes dizeres "Pelo Falcão e pela Elizabeth foi o Recife Libertado". Porém nesta época os invasores também sofriam do mesmo drama dos moradores de Recife, devido a destruições sistemáticas das plantações, pastagens e campos de lavouras o abastecimento das tropas ali estacionadas havia se tornado tão difícil que a fome chegou a causar diversas deserções e um motim com a tentativa de morte frustada contra a vida de João Fernandes Vieira, e devido a esta grave situação as lutas para retomada das Capitanias de Itamaracá e Paraíba e alguns lugares do Rio Grande do Norte tiveram que ser abandonadas.
Na Holanda o Alto Conselho na época era sabedor que na região colonial do norte brasileira o seu prestigio estava em perigo por isto mandou equipar uma frota em socorro a Nova Holanda.

Foi quando o diplomata português Francisco de Souza Coutinho, que por muito tempo conseguiu iludir os diretores da Companhia das Índias Ocidentais sobre a situação reinante no norte do Brasil declarou a eles que o Rei João de Bragança estava extremamente contrariado com a revolução, e que não cogitava prestar qualquer apoio aos revolucionários e assegurou que Antônio Teles da Silva agia simplesmente como mediador e que os regimentos portugueses tinham penetrados na colônia por especial desejo do Governador de Recife, e que o rei tinha intenção de punir rigorosamente o Governador Geral do Brasil caso ficasse provado que ele agirá por conta própria. Todavia Francisco de Souza Coutinho continuava a aconselhar ao monarca para prosseguir prestando auxilio e que em publico repudiasse aos rebeldes. Desta maneira o rei se viu envolvido em um grande dilema, pois ele apoiava aos rebeldes, devido a situação extraordinariamente insegura de seu reino, por causa das negociações de paz iniciadas em Munster entre a Holanda e a Espanha, e para afastar de si qualquer suspeita de auxilio aos rebeldes e para amostrar aos Estados Gerais que estava disposto a manter boas relações com Haia, o Rei de Portugal ordenou ao seu Governador Geral na Bahia que fizesse retornar imediatamente as tropas enviadas para a Nova Holanda e que cessassem com todas as hostilidades, fato este que foi recusado pêlos rebeldes, devido aos sucesso obtidos. Para instruir aos novos conselheiros e auxilialos na administração da colônia Has, Hamel e Bullestrate permaneceram em Recife até Maio de 1647 e com a trégua realizada pêlos rebeldes, devido a retirada de suas tropas da zona de combate nas capitanias do norte do Brasil, em 5 de Setembro de 1647 o Governador do Brasil Holandês em edital distribuído aos moradores, assegurava perdão e livre exercício de religião a todos os revoltados com exceção aos oficiais holandeses que haviam passados para o lado dos rebelados, porém João Fernandes Vieira respondeu a este edital com uma proclamação aos habitantes em 23 de Setembro em que deviam libertar a nossa terra dos bárbaros hereges e quem desse adesão seriam amigos e protegidos e que teriam de volta as sua propriedades e ficariam liberados de qualquer divida e deu um prazo de trinta dias a todos os partidários dos holandeses para se decidirem, pois os que não se decidissem seriam considerados inimigos.

Como o apelo dos conselheiros não achasse entre os moradores da colônia a resposta desejada e devido as falhas das tropas em romperem o cerco dos rebeldes Schkopp achou mais prudente guarnecer a Cidade de Recife, e para cortar dos revolucionários a possibilidade receber da Bahia reforços e provisões para as suas tropas e obriga-las a abandonar as lutas, colocou em ação a sua supremacia naval empreendendo uma expedição com mil homens sob as ordens de Henderson para o rio São Francisco sob o comando do Almirante holandês Lichthardt que em 4 de Novembro ocuparam o Forte Maurício que devido as batalhas se encontrava arruinado e abandonado, e por causa de sua importância para os holandeses, imediatamente iniciaram as obras de reconstrução, porém antes do termino das obras veio a falecer o Almirante Lichthardt e o forte sofreu um violento ataque dos revolucionários que impuseram aos soldados holandeses uma derrota indiscutível, devido as suas inexperiência em lutas contra os portugueses e os indígenas muitos adestrados em lutas de guerrilhas. Henderson muito abatido com o revés sofrido para os portugueses revolucionários, participou ao presidente e ao seu conselho que o inimigo no rio São Francisco se encontravam muito bem preparados para as lutas, enquanto que as tropas holandesas diariamente sofriam deserções de seus soldados devido ao medo das batalhas e das doenças tropicais.
Os ataques dos revolucionários sob o comando de João Fernandes Vieira a cada dia se tornavam mais constantes contra as posições holandesas, e em seus avanços quando já se achavam diante da capital da Nova Holanda, João Fernandes Vieira escreveu uma carta com tanta convicção de sua vitória para o Conselheiro Político Jacob Stachouwer relatando que preferia morrer vinte vezes a suportar a tirania holandesa e que seu poder era invencível pois cem combatentes portugueses valiam por mil soldados holandeses, em resposta a atitude de João Fernandes Vieira o Governador do Brasil Holandês resolveu armar uma esquadra sob o comando de Schkopp e Beaumont e composta de vinte e seis navios com dois mil e quatrocentos combatentes no porto de Recife com rumo a Bahia para que Governador Antônio Teles da Silva perdesse a vontade de continuar apoiando a causa dos libertadores, aonde conseguiram efetuar o desembarque na ilha de Itaparica situada em frente da Cidade de Salvador quando levaram a efeito um horrível massacre contra os moradores da ilha, os quais receberam socorros enviados pelo Vice Rei de tropas do traidor holandês Hoogstraetem e de Francisco Rabello que todavia foram derrotadas. Tanto quanto puderam a esquadra holandesa interrompeu o trafego marítimo dos navios portugueses na barra da Cidade de Salvador e em um dos ataques foi aprisionada duas caravelas que transportava o General Francisco Barreto de Meneses o novo mestre de campo, que declarou aos holandeses quando aprisionado que fora enviado pelo Rei de Portugal para sufocar a rebelião e reatar as relações entre a Bahia e Recife, porém os holandeses descobriram com ele uma carta assinada pelo Rei Dom João IV, que veio desmentir o general e de não deixar duvida que o monarca tinha perfeito conhecimento da revolução, esta carta quando enviada a Haia causou grande hostilidade para o embaixador português Francisco de Souza Coutinho e causou grande descontentamento pelo que se passava no Brasil-Holandes e surgiram muitas criticas sobre a conduta da Companhia das Índias Ocidentais e seus diretores e devido as discussões generalizadas, sobre o caso do Brasil, fez com que os nobres e poderosos senhores da Holanda e os Estados Gerais despertassem suas atenções para a luta pela posse da Nova Holanda que agora era vista por eles com grande desassossego se bem que muitos deputados consideravam o caso como um negocio particular da companhia. E a partir da expedição auxiliadora de 1646 que fora a salvação de Recife na qual seguiram os novos conselheiros as autoridades colônias e o Conselho dos XIX passaram a se corresponder com mais freqüência com o Brasil-Holandes para tornar mais eficiente os métodos de socorro de seus compatriotas em apuros no norte do Brasil. Por este motivo foi visto, que com a única remessa de auxílio pouco se havia conseguido, devido ao cerco imposto por terra pêlos inimigo a Cidade de Recife, por este motivo o governador holandês declarou que se não fossem enviados com urgência soldados, viveres e recursos bélicos deficil seria em pensar na manutenção de posse da ilha de Itaparicá ou no rompimento dos cercos dos rebeldes; em vista dos fatos foi lembrado do retorno de Maurício de Nassau para o Brasil por ser o único com capacidade de colocar ordem na colônia, ele aceitou o difícil encargo, todavia colocou algumas condições muito difíceis para serem atendidas pela Companhia das Índias Ocidentais, porém em vista das necessidades urgentes em dar socorro a colônia foi organizada em Amsterdã uma frota armada para o Brasil; com os armamentos sendo custeados pela Companhia das Índias Orientais em troca da renovação do monopolío  que desfrutava, com o estado colocando a disposição da Companhia doze navios de guerra e um grande número de barcos de transporte e recrutando seis mil infantes e a Companhia das Índias Ocidentais com recursos próprios recrutou mil trezentos e cinqüentas soldados e forneceu seis navios de transporte e para o comando da frota foi nomeado o Almirante Witte Corneliszoon de With que no final do mês de Dezembro de 1647 tomou o rumo de Recife aonde chegou doze meses quando ficou muito consternado pelo abandono encontrado na ilha de Itaparicá com falta de gêneros alimentícios, de soldados e de armamentos e pela noticia da aproximação de uma poderosa esquadra portuguesa que conduzia para a Cidade de Recife o novo Governador Geral o Conde de Villa Pouca de Aguiar com a missão de reconquistar a ilha de Itaparicá.