Batalha dos Montes Guararapes
Com a chegada da grande frota holandesa, veio levantar os ânimos dos moradores de Recife que viviam sofrendo com muito sacrifício, e para desafogara cidade dos inimigos foi armada uma expedição por Sigemundt Von Schkopp com o objetivo de atacar Muribeca centro abastecedor de mantimentos do Arraial Novo de Bom Jesus aonde os invasores portugueses haviam se estabelecidos e retomado o Cabo de Santo Agostinho na ilha de Antônio Vaz. Com o Mestre de Campo General Francisco Barreto tomando conhecimento dos planos de Schkopp, posicionou suas tropas nos Montes Guararapes aguardando os inimigos para batalha no caminho para Muribeca, mesmo tendo um efetivo menor, que divididos nos terços e companhia de João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiro e Henrique Dias e Felipe Camarão,que levados pelo ideal da libertação de Pernambuco e com uma decisão muito grande de combate.
Na manhã do dia 19 de Abril a companhia de André
Vidal de Negreiro lançou-se a luta contra os soldados holandeses que com os seus canhões
conseguia vencer os invasores sem grandes dificuldades, enquanto Henrique Dias recuava
devido aos ataques dos holandeses e por causa deste sucesso os soldados holandeses
seguiram incendiando e depredando tudo pelo seus caminhos, até quando André Vidal de
Negreiro o grande herói paraibano em nova carga, marcha contra os soldados holandeses que
ao final de muita luta acaba por vencer aos inimigos que fugiram para uma colina a procura
de abrigo as vistas dos portugueses e em nova carga, avançou contra os soldados de
Schkopp que após muita lutas encontrava-se gravemente ferido em combate e vencido pêlos
independentes e os poucos sobreviventes ao cair da noite fugiram para as colinas em
procura de abrigo e durante a madrugada por ordem de Schkopp retiraram-se do campo de
batalha e rumaram para a cidade de Recife. Foi realmente uma grande vitoria para as
causas portuguesas, libertando as terras das mãos holandesas pêlos independentes que
passaram a apertar cada vez mais o cerco em torno da Cidade de Recife aonde os holandeses
se conservavam senhores absolutos devido a sua esquadra que lhes garantiam o
abastecimento. A verdade e que a esquadra de With só atrapalhava a entrada e saída dos
navios mercantes portugueses na baia de Todos os Santos e se restringiram aos
combates no litoral perto de Salvador, por este motivo foi que a esquadra baiana sob
o comando de Salvador Correia de Sá navegou para a África Ocidental sem encontrar
obstáculo, de onde seguiu para Angola e São Tomé reconsquistandoas para o Rei de
Portugal Dom João IV.
Nesta época na Europa era firmado um tratado de paz e para
fugir de um ultimato e para acabar com o estado de guerra, o Rei Dom João IV comunicou-se
com o Conselho dos XIX que ele estava disposto a negociar com a Companhia das Índias
Ocidentais a compra da Nova Holanda; a proposta levada por Francisco Souza Coutinho foi
imediatamente recusada pêlos holandeses. que fizeram uma contra proposta ao monarca: que
Portugal entregasse todas as colônias conquistada e que fosse efetuado um pagamento a
titulo de indenização no valor de trezentos mil cruzados pêlos danos causados e que o
monarca desse o direito de ocupação na Bahia e da Ilha Terceira dos Açores e impuseram
ao rei que ele repudiasse formalmente a revolução pernambucana e que fossem ressarcidos
de todo o dinheiro gasto nas expedições auxiliadoras enviadas aos territórios perdidos
em combate. Em Lisboa o Rei Dom João IV em sua fraqueza e por conselho de
seu confessor o Padre Jesuíta Antônio Vieira, achava-se o monarca inclinado em aceitar
as condições apresentadas pêlos holandeses porém o orgulho nacional do povo português
levantou-se contra a condescendência de Dom João IV e exigiram o rompimento das
humilhantes negociações, então o Padre Antônio Vieira em seu memorial "Papel
Forte" expôs todos os fundamentos em favor da restituição de Pernambuco aos
holandeses, porém os conselheiros do rei não o deixaram se levar pêlos fatos a ele
expostos pelo Padre Antônio Vieira. Tendo em vista a situação o soberano mudou o seu
comportamento em relação as propostas dos holandeses, e no início de do ano de 1649
respondeu aos diretores da Companhia das Índias Ocidentais, que em resposta a negativa do
monarca português os diretores da companhia ordenaram que o Governador de Recife tentasse
o rompimento do cerco impostos pêlos portugueses a Cidade de Recife e para o posto de
Schkopp que fora ferido em combate foi nomeado o Coronel Van Den Brinck que com três mil
quinhentos e dez homens e algumas peças de artilharia recebeu ordem para desalojar o
acampamento das tropas de Francisco Barreto de Menezes nos Montes Guararape, aonde chegou
ao entardecer do dia 18 de Fevereiro de 1649 e se alinhou para batalha.
Porém ao cair da noite, as tropas de Barreto contornaram a colina e atacaram a retaguarda dos holandeses, quando alguns batalhões ofereceram resistência aos atacantes porém a maioria da tropa se pós em fuga, deixando para traz toda a bateria de campo e um enorme número de armamento e muitos soldados feridos, prisioneiros e mortos e entre os mortos se encontrava o Comandante Brinck e o chefe Tapuias Pero Poty. A vitoria dos patriotas foi ainda maior que a do ano de 1648. E devido a esta vitoria, uma terrível depressão abateu nas guarnições holandesas e na população civil de Recife e quanto mais porque a esquadra de With ficara inteiramente condenada a inatividade por falta de homens, provisões e pelas péssimas condições em que se encontravam os seus navios, porém os diretores da Companhia das Índias Ocidentais cobravam de With mais ações em seus atos e devido a esta motivo With respondeu aos conselheiro; que não cabia a ele a culpa, se a fatalidade desabava sobre Recife, que o culpado eram eles os diretores porque sem dinheiro, homens, mantimentos e armamento não podiam sustentar a posse de Recife e colocou a disposição o seu cargo. |
E no principio de Novembro embarcaram para a Holanda o conselheiro
Beaumont, o Coronel Van Den Brade e o Almirante Witte Corneliszoon de With, e em Recife os
conselheiros e os cidadões civis ficaram indignados com a atitude de With que deixara de
cumprir com o seu dever, só se lembrando do seu bem estar, porque com a sua atitude ele
havia colocado a conquista holandesa em perigo. O General Francisco Barreto
de Menezes sabedor das condições em que se encontravam os armazéns holandeses, não
pode tirar proveito da grande vitoria e sabedor que as suas tropas eram suficientes para
um assalto final a capital da colônia holandesa, porém não convinha tomar a cidade só
por terra, pois a capitulação holandesa só poderia ser imposta por meio de uma
operação em conjunto entre as tropas de terra e de uma esquadra de bloqueio, para então
poder exercer uma pressão mais vigorosa por mar. |
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quando o galeão do vice almirante português foi atacado por navios de
guerra holandês e pelas fortalezas da cidade, pois os mesmos pensavam que a esquadra
portuguesa fosse atacar a cidade. E devido a criação da Companhia Geral de Comércio em
Lisboa, o Alto Poderes na Holanda notificaram aos diretores das duas companhias holandesas
para que considerasse como presas marítimas nas respectivas zonas de competência todo e
qualquer navios mercante português, porque a trégua de dez anos ajustada com Portugal
já havia se expirado e pelo descontentamento reinante em Haia contra o reino de Portugal,
e se percebendo que era dever de honra acudir a colônia.
Nesta época, em Portugal o Rei Dom João IV havia conferido a concessão e outorgado o privilegio do trafego marítimo e mercantil brasileiro a Companhia Geral de Comércio criada por negociantes em Lisboa organizada no modelo das companhias de comércio holandês que sob o comando do novo Governador Geral Baiano João Rodrigues de Vasconcelos, Conde de Castelo Melhor e Pedro Jacques de Magalhães fez a sua primeira viagem em 4 de Novembro de 1649 com quarenta naus que sem o assédio dos corsários holandeses chegaram a costa de Pernambuco justamente no dia em que se comemorava o aniversário da segunda Batalha dos Guararapes |
Quando o galeão do vice almirante português foi atacado por navios
de guerra holandês e pelas fortalezas da cidade, pois os mesmos pensavam que a esquadra
portuguesa fosse atacar a cidade. E devido a criação da Companhia Geral de Comércio em
Lisboa, o Alto Poderes na Holanda notificaram aos diretores das duas companhias holandesas
para que considerasse como presas marítimas nas respectivas zonas de competência todo e
qualquer navios mercante português, porque a trégua de dez anos ajustada com Portugal
já havia se expirado e pelo descontentamento reinante em Haia contra o reino de Portugal,
e se percebendo que era dever de honra acudir a colônia.
Por estas razões resolveram preparar uma esquadra auxiliadora e ao novo embaixador
português Antônio de Souza de Macedo impuseram as seguintes condições; um pagamento de
três milhões de cruzados a título de indenização, permissão para que um determinado
número de navios mercantes holandeses continuassem a trafegar ao Brasil e que Portugal
desistisse do comércio de sal em Setúbal em favor dos holandeses e declararam ao
embaixador português que devido as atitudes hostis dos portugueses aos cidadões
holandeses residente no Brasil o Estado Geral havia por bem proibir que qualquer cidadão
português fixasse residência na Holanda e entregaram a Antônio Souza de Macedo o seu
passaporte e chamaram de volta a Haia o embaixador holandês em Lisboa, apesar de todas
estas medidas, o estado maior não tinha a menor intenção de guerra. Porque o perigo de
uma guerra naval anglo-holandesa tomava um aspecto ameaçador para a Holanda o que obrigou
a fortalecer o seu poder marítimo com transformações de todos os barcos mercantes
disponível em navios de guerra e devido a estas circunstância, tornavasse impossível em
se cogitar qualquer expedição auxiliadora para o Brasil. Os comissários Henssen, Hamel
e Abrãao de Azevedo a partir de Abril de 1652 percebendo que os fatos surgidos nas
relações entre a Inglaterra e os países baixos estavam conviquitos que a mobilização
das forças navais holandesas contra a Inglaterra só poderiam trazer conseqüência
desfavoráveis para a Nova Holanda; devido as ordens recebidas dois navios de guerra
retornaram a Holanda, com isto no decorrer dos tempos os moradores de Recife passarama
desfrutar de uma situação cada vez mais desfavoráveis inclusive sofrendo ações de
aprisionamento de barcos por navios corsários ingleses. A guerra contra a Inglaterra
estava exigindo da Holanda muita economia por este motivo os três comissários viajaram
até a Holanda afim de expor detalhadamente a situação reinante na Nova Holanda, porém
a guerra estava exigindo muito da Alta Corte por isto não permitia que fossem destinado
nenhum socorro ao Brasil, então rumaram para Lisboa aonde não tiveram nenhum sucesso em
suas solicitações.
O Rei Dom João IV se aproveitando de que a frota naval holandesa estar presa em águas pátria, que com isto afastava no momento uma possível guerra com Portugal, se negou a continuar desempenhando o papel de servo, dedicado dos Estados Gerais, muito ao contrario ordenou aos comandantes das frotas da Companhia Geral de Comércio que fizessem diante de Recife uma demonstração de força em desafio aos navios holandeses, devido a estas ordens partiram em 20 de Dezembro de 1653 uma esquadra composta de sessenta navios bem aparelhados sob o comando de Pedro Jacques de Magalhães e Francisco de Brito Freyre que ao chegarem em Recife foram saudados com grande jubilo pêlos portugueses ali residente, pois eles estavam agora conviquitos de que havia chegado a hora de acabar com o domínio dos holandeses. |
Apesar da proibição impostas aos comandantes da esquadra de se unirem aos rebeldes da Bahia; Barreto e Vieira a eles reuniram para arquitetar um plano de ataque, em 15 de Janeiro de 1654 levaram ao ataque os fortes externos de Recife em parte defendida com muita bravura foram rapidamente capitulando uma após a outra aonde Schlopp não se deixava abater mostrando-se decisivo em sustentar Recife até a última conseqüência. Quando o desespero chegava ao auge na cidade de Recife, ancorava na foz do rio paraíba um navio cargueiro das Companhia das Índias Orientais sem ser percebido pêlos navios portugueses que se destinava a Bavária, que devido aos ventos desfavoráveis haviam impedidos de seguir o seu rumo. Em seu carregamento constava dinheiro e material bélico; porém um barqueiro do rio paraíba sem ser percebido, levou ao capitão e ao sobre cargo do navio Westvriesland uma carta do presidente do conselho da Nova Holanda que relatava a situação em que se encontrava a cidade de Recife e solicitava que fosse doada ao comandante do Forte Cabedelo o Coronel Houthain de quarenta a cinqüenta mil florins e vinte mil libras de pólvora e grande quantidade de chumbo devido a situação em que se encontravam em Recife, Houthain também enviou um emissário junto a Francisco Barreto de Menezes para negociar uma rendição em que os holandeses diziam que estavam prontos para evacuar a cidade, assim como todas as posições e zonas litorâneas até então ainda mantidas em Itamaracá, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará e de entregar aos libertadores vitoriosos os canhões, munições e armas e de que fossem garantida a livre retirada das tropas com honras militares. e por este acordo ainda foi concedido aos soldados e civis que ficassem com os seus moveis e lhes foi colocado a disposição alguns navios para que pudessem retornar a Holanda, aos portugueses, judeus, mulatos, negros e índios partidários dos holandeses foram a eles concedido plena anistia e foi permitido aos israelitas e aos católicos que continuassem a morar no país e que os mesmos seriam tratados da mesma maneira do que em Portugal.
No dia 27 de Janeiro, Vieira entrou na cidade comandando a vanguarda e no dia seguinte Francisco Barreto de Menezes e André Vidal de Negreiro que como perfeitos cavaleiros receberam a cidade das mãos do Mestre de Campo o General Schkopp e dos conselheiros de onde seguiram para o palácio governamental, e para cumprimento das condições da capitulação e recebimento do inventário da cidade, ficaram em Recife três funcionários que o conselho incumbira de vender em hasta pública os negros pertencentes a Holanda e enviar para a metrópole o acervo da Nova Holanda. |
Em 19 de Março, André Vidal de Negreiro transmitiu pessoalmente ao monarca Dom João IV a notícia da entrada em Recife e a libertação em definitivo de Pernambuco o que causou grande jubilo em Portugal e o rei conferiu aos chefes da campanha libertadora as mais altas distinções. Na Holanda entretanto reinava profunda indignação pêlos acontecimentos ocorridos no norte brasileiro, o povo holandês extravasou toda a sua cólera sobre o bravo General Schkopp que mesmo ferido em combate se manteve em seu posto até o último dia, foi preso como um criminoso perigoso enquanto que Schoonenborch e Haex foram internados em suas casas e mantidos sob rigorosa vigilância sob acusações de não terem empregados de todos os meios para manutenção de Recife e dos fortes do Norte brasileiro, a batalha pela posse do norte brasileiro foi muito sangrenta até o seu final com a Espanha, a França, a Inglaterra e a Holanda porém os patriotas portugueses souberam defender honrosamente o seu domínio sob a colônia sul americana com a grande vitoria final. Em 21 de Janeiro de 1654 após a vitória das forças independentes, se deu a assinatura da capitulação holandesa na Campina do Taborda que foi assinada pelo Conselheiro Gisberth With, peo presidente dos escabinos Huybrecht Brest e pelo Capitão Walter Van Loo e pêlos portuguesa a rendição foi assinada pelo Auditor Geral Francisco Neves Moreira, pêlos Capitães Manoel Gonçalves Correia e Afonso de Albuquerque, as negociações de paz entre Portugal e os Estados Gerais dos Países Baixo se prolongaram até 1661, quando finalmente se celebrou em Haia o Tratado de Paz que pós termo as longas e difíceis discussões com a desistência em definitivo dos holandeses das terras brasileiras por eles ocupadas durante trinta anos no período de 1624 a 1654, mediante o pagamento de uma indenização de quatro milhões de cruzados realizado da seguinte maneira: cabendo ao Brasil a quota de um milhão novecentos e vinte mil cruzados para serem pagas em dezesseis anos, mais vinte mil cruzados de contribuição para o dote da infante Dona Catarina de Bragança filha de Dom João IV dada em casamento ao Rei Carlos II da Inglaterra, e pela restituição da artilharia apreendidas em combates e alguns favores comerciais notadamente com o açúcar do Brasil.