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ÍNDICE
República Velha
  • Manuel Deodoro da Fonseca (1889-1891)
  • Floriano Peixoto (1891-1894)
  • Prudente de Morais (1894-1898)
  • Campos Sales (1898 -1902)
  • Rodrigues Alves (1902-1906)
  • Afonso Pena (1906-1909)
  • Nilo Peçanha (1909-1910)
  • Hermes da Fonseca (1910-1914)
  • Wenceslau Brás (1914-1918)
  • Delfim Moreira (1918-1919)
  • Epitácio Pessoa (1918 - 1922)
  • Artur Bernardes (1922-1926)
  • Washington Luís (1926-1930)
  • República Nova

  • Getúlio Vargas (1930-1945 ; 1951-1954) (Estado Novo/Período Democrático)
  • Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
  • Café Filho (1954-1955)
  • Juscelino Kubitschek (1956 - 1961)
  • Jânio Quadros (1961)

  •  João Goulart (1961-1964) 
     

    Movimento Militar de 1964

  • Marechal Castelo Branco (1964-1967)
  • Marechal Costa e Silva (1967-1969)
  • General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974)

  •  General Ernesto Geisel (1974 - 1979)
  • General João Batista Figueiredo (1979-1985)
  • Redemocratização

  • José Sarney (1985-1990)
  • Fernando Collor de Melo (1990-1992)
  • Itamar Franco (1992-1994)
  • Fernando Henrique Cardoso (1994-1998)

  •  
     

      1.Manuel Deodoro da Fonseca (1889-1891) 
        Nascido em Alagoas, filho de militar e com muitos irmãos militares. Destacou-se por boa estratégia e atos de bravura na Guerra do Paraguai. Tinha idéias abolicionistas, mas era fiel ao Imperador. Possuía prestígio, e identificação com o II Reinado, sendo capaz de manter a unidade do país. Aliado a intelectuais republicanos, como Benjamin Constant e Rui Barbosa, e aos cafeicultores paulistas, depôs o Gabinete do Visconde de Ouro Preto. Presidiu o Governo Provisório, e promoveu eleições para a Assembléia Constituinte. Deodoro foi eleito presidente pela Assembléia, em fevereiro de 1891, com pequena margem de votos. Floriano Peixoto, vice pela oposição, foi muito mais votado. Seus projetos foram boicotados na Câmara pelos paulistas, que questionavam também seu ministério, com membros monarquistas. O Parlamento foi dissolvido em 3 de novembro de 1891, e Deodoro assumiu com poderes absolutos. Em 15 de novembro, doente, não conseguiu resistir ao contragolpe encabeçado por Floriano, e renunciou.
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     2.Floriano Peixoto (1891-1895) 
    Também de Alagoas, foi criado por um tio no Engenho do Riacho. Grande. Formou-se na Escola Militar do Rio de Janeiro, destacando-se na Guerra do Paraguai. Ocupou o cargo de ajudante-general do Exército no último gabinete do Império. Sabia da conspiração republicana, mas não divulgou a informação. Recusou-se a defender o Visconde de Ouro Preto, rompendo com qualquer resistência à Proclamação da República. Foi eleito vice do Marechal Deodoro da Fonseca com maior aclamação que o presidente. Quando o parlamento foi fechado por Deodoro, Floriano forçou sua renúncia e assumiu a presidência. Foi atacado pela oposição, que exigia novas eleições. Floriano afirmava que defendia a legalidade, e mandava prender os rebeldes. Ganhou o apelido de Marechal de Ferro. Enfrentou a Revolta da Armada, quando navios comandados por oficiais descontentes bombardearam o Rio de janeiro. Os revoltosos acabaram vencidos sem comida nem munições. Tinha o firme propósito de manter a união do país de qualquer maneira, e ficou conhecido como o consolidador da República.
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    3.Prudente de Morais (1894-1898) 
     Advogado paulista, foi o primeiro civil na presidência, eleito pelo voto direto. Defendeu os interesses dos produtores de café. Reprimiu com força o Movimento de Canudos, o que lhe custou muita energia. Sofreu um atentado por parte de um oficial de linha florianista. Decretou Estado de Sítio até o fim de seu governo.

    4.Campos Sales (1898 -1902) 
    Cafeicultor paulista. Frio e autoritário, defendia que a política era um privilégio da elite culta. Foi contra a política de desvalorização da moeda, preocupando-se em conter gastos e sanear as finanças públicas.
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    5.Rodrigues Alves (1902-1906) 
    Paulista, cafeicultor. Assumiu a presidência com as finanças equilibradas e a economia crescendo. Apoiou o projeto de modernização urbana do Rio de Janeiro. Enfrentou a Revolta da Vacina, ao combater a febre amarela e a peste bubônica na capital. Em seu governo foi efetuada a compra do Acre da Bolívia.

    6.Afonso Pena (1906-1909) 
    Mineiro, vice-presidente de Rodrigues Alves. Sonhava com a industrialização, mas cedeu às pressões dos cafeicultores pela valorização do café. Tentou indicar David Campista, mineiro, para sua sucessão, mas recebeu a demissão do Ministro da Guerra, Hermes da Fonseca, que saiu candidato. Morreu um ano antes de acabar seu mandato.
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    7.Nilo Peçanha (1909-1910) 
    Político fluminense, governou por 17 meses. Alterou quase completamente o ministério anterior, e tomou medidas administrativas importantes, como a criação da FUNAI. Foi um período de agitação e conflitos, especialmente devido à campanha eleitoral.

    8.Hermes da Fonseca (1910-1914) 
    Militar alagoano, foi eleito para romper com a Política do Café com Leite. Enfrentou Rui Barbosa na eleição, que agitou o país com a Campanha Civilista. Seu ministério , bastante rotativo, era formado por políticos dos estados, interessados em reforçar seu poder local. Seu governo ficou marcado pela Revolta da Chibata, pela violência nos Estados e pelo caos administrativo.
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    9.Wenceslau Brás (1914-1918) 
    Mineiro, vice-presidente de Hermes da Fonseca. Candidato único à eleição. Governou durante toda a Primeira Guerra Mundial. Os conflitos estaduais se seguiram. Enfrentou a Campanha do Contestado no Paraná. A carestia e o desemprego levaram ao surgimento de greve operárias, como a de 1917 em São Paulo.

    10.Delfim Moreira (1918-1919) 
    Mineiro, vice de Rodrigues Alves, eleito pela segunda vez. A doença e morte do presidente o colocaram como interino, até a eleição em julho de 1919.
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    11.Epitácio Pessoa (1918 - 1922) 
    Paraibano, iniciou seu governo numa situação financeira boa, fruto do crescimento do país durante a Primeira Guerra Mundial. Pôde investir em grandes obras de combate à seca, no Nordeste. Fez uma nova valorização do café. As disputas nos estados, entre os diversos coronéis e a população a sua volta, seguiram sangrentas.

     12.Artur Bernardes (1922-1926) 
    Mineiro, eleito com o apoio de São Paulo e Minas. A campanha foi violenta, com a publicação de supostas cartas de Bernardes ofendendo o Exército. Enfrentou a Revolta do Forte de Copacabana, conseqüência direta dos problemas com os militares. Teve início o movimento Tenentista. Governou sob Estado de Sítio durante 44 meses.
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     13.Washington Luís (1926-1930) 
    Paulista, procurou concentrar poderes em suas mãos e pacificar o país. Libertou presos políticos e diminuiu a censura à imprensa. Suspendeu o Estado de Sítio. Propagou um discurso anticomunista. A Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, levou à baixo todos os seus projetos econômicos. O preço do café desabou, levando a uma crise séria. Lançou Júlio Prestes, paulista, para sua sucessão, quebrando a ordem do Café com Leite. Não terminou seu mandato, sendo deposto por Getúlio Vargas, que liderou a Revolução de 30.
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    República Nova

    14.Getúlio Vargas (1930-1945 ; 1951-1954) 
    Político gaúcho, liderou o movimento anti-oligárquico que pôs fim a à República Velha. Foi eleito presidente pela Assembléia Constituinte de 1934. Implantou a ditadura do Estado Novo em 1937. Deposto em 45, voltou a ser eleito em 1951. Neste mandato, levantou bandeiras nacionalistas, mas facilitou, ao mesmo tempo, a entrada do capital estrangeiro. Bombardeado pelos opositores, Getúlio suicidou-se em agosto de 1954.
     

    15.Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) 
    General, antigo colaborador de Vargas, foi presidente da redemocratização do país. Foi eleito com o apoio de Vargas. Pregava a não intervenção do Estado na economia e a liberdade de ação para o capital estrangeiro. Sua política econômica fez crescer a inflação e a dívida externa. Reprimiu a atuação dos sindicatos e pôs o PCB novamente na ilegalidade.
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    16.Café Filho (1954-1955)
     Após a morte de Vargas, o vice-presidente assumiu. Facilitou ainda mais a penetração do capital externo, o que descontentou os nacionalistas e o operariado.
     

    17.Juscelino Kubitschek (1956 - 1961) 
    Mineiro, habilidoso em contornar crises sem muita violência ou repressão. Encampou o projeto "50 anos em 5", falando em modernizar amplamente o país. Para isso apoiou-se na entrada de várias indústrias multinacionais, e de empréstimos volumosos de dinheiro do exterior. Terminou seu mandato enfrentando uma enorme dívida externa e uma galopante inflação.
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    18.Jânio Quadros (1961) 
    Mato-grossense, com carreira brilhante na política paulista, Jânio apresentou-se para a eleição com uma força enorme, atraindo votos de todo tipo de eleitor. Já empossado, não conseguiu contentar estes setores, com uma política econômica de sacrifícios e uma política externa de independência vista como perigosa. Renunciou em agosto de 1961, à espera de ser aclamado pelo exército e pela burguesia. Perdeu seu cargo.
     

    19.João Goulart (1961-1964) 
    Vice de Jânio, quase foi impedido de tomar posse. Adotou-se então um sistema parlamentarista, em que se tirava o centro do poder das mãos do presidente. Este regime durou até 1963, onde, através de um plebiscito, Jango recuperou o sistema presidencialista e retomou sua atuação. Apoiando-se nos trabalhadores, sugeriu reformas de base para diminuir os abismos sociais do Brasil. Foi visto como representante do perigo comunista e deposto em 1964.
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    Movimento Militar de 1964

    20.Marechal Castelo Branco (1964-1967) 
    O Supremo Comando da Revolução fez com que o Congresso o elegesse para uma presidência provisória. Seu ministério era formado por membros da linha dura do exé.rcito, e administradores que tomaram para si o projeto de saneamento das finanças. O presidente ganhou o poder de governar com decretos-lei, e contava com os Atos Institucionais para tirar a oposição do caminho. Havia forte repressão às manifestações contrárias às atitudes do governo.
     

    21.Marechal Costa e Silva (1967-1969) 
    Seu governo representou um período de uma ditadura ainda mais repressiva. Decretou o Ato Institucional n 5, e fechou o Congresso por dez meses. Fortaleceu os radicais da ala militar. Foi afastado da presidência por uma trombose cerebral. Assumiu uma Junta Militar, que nomeou o próximo presidente.
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    22.General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) 
     Governou sob o clima do Milagre Econômico, que entusiasmou a classe média. A divulgação de seus projetos pela televisão criaram um clima de ufanismo nacional. A vitória na Copa de 70, por exemplo, foi utilizada como símbolo do futuro de sucesso do Brasil. Investiu em grandes obras de necessidade duvidosa, como a rodovia Transamazônica. Ao mesmo tempo, os militares tiveram que enfrentar a reação de grupos que encontraram na luta armada o caminho de oposição à ditadura.
     

    23.General Ernesto Geisel (1974 - 1979) 
    Assumiu a presidência logo após a Crise do Petróleo, que encontrou um Brasil otimista e despreparado para enfrentá-la. Mesmo assim manteve construção de obras gigantescas, como a ponte Rio-Niterói e a Usina Nuclear em Angra dos Reis. Iniciou o processo de abertura política, pressionado pelos opositores e pela opinião pública.
     

    24.General João Batista Figueiredo (1979-1985) 
     Último presidente do regime militar, deu seqüência ao processo de abertura. Em 1979 assinou a Lei de Anistia, que permitia o retorno de exilados políticos ao Brasil. Governou sob grave recessão econômica, acompanhada de numerosas greves. Ao final de seu governo, os políticos da oposição estavam extremamente prestigiados.
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    Redemocratização

     25.José Sarney (1985-1990) 
     Presidente da transição para a democracia, assumiu o cargo após a morte de Tancredo Neves, que faleceu antes de a tomar posse. Enfrentou um período de inflação descontrolada através de diversos planos, sendo o Plano Cruzado o que teve sucesso por mais tempo. Várias concessões políticas a seus grupos de sustentação impediram a manutenção de uma política econômica austera.
     
    26.Fernando Collor de Melo (1990-1992)
     Foi com um discurso anti-corrupção e modernizador. Implantou o Plano Collor, que revoltou a população ao impedir saques de contas particulares e poupanças nos bancos acima de uma determinada quantia. Abriu o mercado para a entrada de produtos estrangeiros. Mesmo buscando manter uma imagem de herói junto à população, sofreu um processo de Impeachment por corrupção e renunciou ao seu cargo.
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    27.Itamar Franco (1992-1994)
     Vice de Fernando Collor de Melo, assumiu após sua renúncia. Enfrentando novamente o retorno da inflação, deu início ao processo de desindexação que levou ao Plano Real, no mandato seguinte.

     28.Fernando Henrique Cardoso (1994-1998)
     Sociólogo, assumiu prometendo vincular o projeto econômico com o social. Implementou o Plano Real, que reduziu significativamente a inflação. Iniciou o processo de privatização das empresas estatais, enfrentando protestos. Conseguiu aprovar no Congresso Nacional várias emendas à Constituição, inclusive a que permite a sua própria reeleição.
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