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UMA PONTE PARA DENEB

Tudo estava em ordem quando o pequeno encouraçado Andaluzia desatrelou-se da estação espacial Uhuru. Quatro engenheiras-espaciais da Terra e uma engenheira-paracrônica de Alpha Centauri compunham a tripulação da nau que seria responsável pela estabilização e pavimentação do buraco negro V404 Cygni para a construção de uma ponte Einstein-Rosen, que viabilizaria um atalho entre a constelação de Cygnus (mais precisamente com as usinas coletoras de energia, em órbita da estrela Deneb ) e o sistema solar. A equipe de base, com cerca de 60 elementos, era formada por uma junta de físicos, engenheiros, técnicos em equilíbrio estelar, especialistas em fusão nuclear e peritos em singularidades. Era liderada pelo engenheiro-astrônomo alfita Esgli. A estação Uhuru contava com 250 supercomputadores alfitas ligados em rede indireta com Eliot, o cérebro-eletrônico do Andaluzia. O encouraçado possuía toda a tecnologia necessária para a missão, de geradores de material antigravitacional e neutralizadores de movimento a estabilizadores elétricos e de rotação. A nave ainda contava com quatro motores Enterprise-Yamato 400 SPL, capazes de gerar velocidades de escape de até 400.000 km/s_ acima das da luz_ para o caso de uma emergência em que se verificasse necessária uma saída expressa do buraco negro em questão.

A capitã do encouraçado, a engenheira Praskóvya Fiodorovna, olhava fixamente para o brilhante disco de acreção formado pelo gás que V404 Cygni sugava da estrela que orbitava ao seu redor. Esse disco, com menos de 30 km de diâmetro e a aparência de um gigantesco redemoinho incandescente, delineava nitidamente o horizonte de eventos do buraco negro, e era uma das principais preocupações da equipe, pois a velocidade com a qual o gás era sugado elevava sua temperatura em níveis assustadoramente altos. Seria necessária a atenção constante e exclusiva da tenente Mariko no controle dos sistemas de isolamento e arrefecimento externos da nave. Qualquer erro operacional por parte de Mariko, poderia fazer com que todo o encouraçado se desintegrasse instantaneamente em meio ao calor infernal de V404 Cygni.

À medida em que o Andaluzia se aproximava lentamente do buraco negro, a engenheira Martina Mlekopitaiév manobrava a nave de modo a fazê-la entrar no horizonte de eventos do abismo escuro de marcha-à-ré. Praskóvya Fiodorovna mantinha contato com a base de Uhuru e transmitia os dados fornecidos por Sofia Ivânovna e pela centauriana Laya LyDrasgllynn, que analisavam as emissões de raios-x, velocidade de atração, níveis de estabilização e principalmente as reações constantes da singularidade, localizada exatamente no centro de V404 Cygni. A tenente Mariko acionava os estabilizadores de temperatura e os emuladores de equilíbrio criogênico.

Aguarde atualização com o final desta história !!!

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