José Lemos Pinto
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Tendência
filosófica que se desenvolveu na Europa entre as duas guerras mundiais
(1918-1939), centrando a sua análise na existência entendida
como a realidade individual mundana, repudiando todas as formas de alienação ou
submissão ideológica.
O
existencialismo não é a primeira nem única Filosofia defensora da Pessoa. O
tema foi
trazido à filosofia por Sócrates defensor do intelectualismo
ético (conduzir-se por ideias
universais)
e do humanismo (conhece-te a ti mesmo), por Descartes (Séc.XVII) na importância
dada ao Sujeito Pensante (cogito, ergo sum) e finalmente pelo Existencialismo
(Séc. XX) ...
O
existencialismo afirma a prioridade da Existência sobre a Essência: a
existência do
sujeito é que determina a sua própria essência e não o
contrário, o sujeito nunca está
determinado exteriormente, sendo um Projecto totalmente
autónomo, irredutível a qualquer
sistema conceptual:
'A liberdade é infinita e surge do
nada' ( Kierkegaard)
'Não à teoria e ao puro saber,
sirn à acção e à vida... ' (Kierkegaard).
Desenvolveu-se
através de duas formas distintas:- existencialismo ateu e cristão. Para o
existencialismo ateu (Sartre) se Deus existisse destruiria a
minha Liberdade, por isso Ele (Deus) não deve existir. Para o existencialismo
cristão (G. Marcel, K.Jaspers) a existência de Deus não impede o
desenvolvimento da minha liberdade, podendo mesmo ser um suporte da
solidariedade universal e ajudar a superar o subjectivismo / relativismo da
moral ateia.
Alguns
Representantes:
Soren Kierkegaard (1813-1855), Martin Heidegger (1889-1976), Jean Paul
Sartre
(1 905-1 980), Gabriel Marcel (1 889-1973), Karl Jaspers (1 883-1969),
Albert
Camus (1 91 3-1960)
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