A invenção poético-filosófica

Da invenção poético-filosófica
sobrou-me apenas vícios.
É tão díficil respirar
É tão díficil ressuscitar
É apenas tortura...
Pensar?

O hoje, o amanhã, o passado e o eterno
É tão intrigante sentir.
Hoje não tenho mais palavras,
deixo-as para outro fim
Sou tão sincero quanto um engano
Mentir é mais seguro, queria voltar
Não agora, deixa pra lá ...

Sem mais o por quê
Eu me perdi, apenas perdi

As lágrimas foram sinceras
Vale a pena morrer?
Valeu a pena chorar

E se deixar morrer é o mesmo que matar
Somos assassinos, pra que mudar?
O conformismo é tão sadio
Feche os olhos e esqueça
Se não há motivos, pra que lembrar?

20/11/2001
Fernando R. Pires
www.geocities.com/ferpires

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