Sombras Cotidianas

Aquele garoto vivia nas trevas.
A distância não importa
quando estamos em queda.
Seu coração já não bate
Seu pai lhe espera.
O amanhã nunca volta
Ele já não reza.

Aquele rapaz vivia nas trevas
Porém ele voltou
Sua família não o espera.
O dia é tão negro
A morte nos cega.
A dor não se cala
Ele volta pra cela.

Aquele garoto não tem um nome
Somos eu e você
São todas as feras.
A criatura não dorme
Ela somente enxerga.
Quando sair faça-me um favor...
Apenas acenda outra vela.

 

21/06/2001
Fernando R. Pires
www.geocities.com/ferpires

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