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Filho de Zeus e Hera, é chamado de Ares, o bravo. Educado por Príapo, aprendeu a arte da guerra e se tornou deus da guerra, sendo simbolizado apropriadamente pelo abutre. É sanguinário. Ama a discórdia (não é à toa que é companheiro de Éris, a Discórdia), tem um espírito intratável e indócil. É um deus muito inconstante, maligno e furioso. Ele dificilmente vence as guerras que participa, mesmo contra mortais. É odiado pelos pais mas estimado por Hades, porque as guerras que Ares provocava aumentavam a população do Inferno. Foi amante de Afrodite, a deusa da beleza e do amor. Com ela teve dois filhos, cruéis, sanguinários e sem respeito como o pai, chamados Deimos (o terror) e Fobos (o medo); e uma filha, Harmonia - pois o amor extrai harmonia da guerra - que Zeus casou com Cadmo. Com sua avó, Cibele, teve Rômulo e Remo. E com Pisene, teve Cicno que, montado no cavalo Arion, foi por Héracles, filho de Zeus, morto em combate. De Tebe, teve Evadune. Belona é considerada sua mulher, mas também sua irmã. Acompanhava Ares nas guerras. Como já foi dito, Ares, embora fosse um guerreiro persistente, nem sempre tinha êxito. Foi capturado pelos gigantes e ferido três vezes por Héracles e uma vez por Diomedes. Como símbolo da guerra e de seus males, sofrimentos e tristezas, infundia respeito e temor aos gregos, mas nunca foi objeto de adoração. Cultuado mais em Roma do que na Grécia, era-lhe consagrado o mês de março, o qual leva seu nome (Ares era Marte para os romanos), começando o ano romano a partir deste mês. Depois de Júlio César foi alterado esse início. O dia dedicado ao deus é a terça-feira (Marti’i dies). O idioma francês conservou fielmente esse dia: mardi.