13-Édipo

Anfião e Zeto expulsaram Laio, filho de Lábdaco. Laio foi para Élis, terra de Pélops, e raptou Crisipo, filho de Pélops, sendo o primeiro a praticar o amor homossexual. Laio foi avisado pelo oráculo de que não deveria ter filho quando subisse ao trono de Tebas. Mas, esquecido do oráculo quando se achava cheio de vinho, teve um filho com Jocasta, e o apavorado casal abandonou a criancinha com os pés perfurados. O infante, porém, foi levado ao rei de Corinto, que não tinha filhos e lhe chamou Édipo (pés inchados) e criou-o como se fosse seu filho. Indo a Delfos, Édipo ficou sabendo que mataria seu pai. Jurou evitar Corinto e, no ponto em que as três estradas se cruzavam, topou com um homem no carro, que o atirou fora do caminho. Édipo matou-o, sem saber quem era, e, em Tebas, soube que o rei acabara de morrer. A Esfinge (monstro com cabeça de mulher, corpo de leão e asas de pássaro) chegara à cidade e estrangulava os viajantes que passassem por ali que não conseguissem resolver-lhe o enigma: “Qual é a criatura que anda com quatro pés de manhã, dois ao meio-dia e três à tarde?” Édipo respondeu-lhe: “O homem, pois a manhã simboliza a primeira infância, quando ele engatinha, o meio dia simboliza a idade adulta, e a tarde simboliza a velhice, quando utiliza-se de uma bengala para andar”. A Esfinge enforcou-se e os Tebanos saudaram-no como seu salvador. Édipo casou com a rainha Jocasta, viúva de Laio, e tornou-se rei de Tebas. Assim Édipo, sem saber, casou com sua mãe e arou o campo onde fora semeado. Os deuses esclareceram tudo, enviando uma peste a Tebas até que se descobrisse o matador de Laio. Édipo encabeçou a caçada a si mesmo, atraindo maldições sobre a própria fronte; quando conheceu seu destino cegou-se, e sua mãe se matou pelo horrível pecado. Impotente, permaneceu em Tebas até que seus filhos Etéocles e Polínice atingiram a maioridade e partilharam o reino. Etéocles expulsou o irmão e Édipo amaldiçoou os dois. A filha de Édipo, Antígona, conduziu-o a Atenas, onde os deuses reclamaram o que lhes pertencia. Édipo morreu ali, prometendo que seu corpo livraria a cidade de todo mal. Polínice foi para Argos, encontrou Tideu, filho de Eneu, e os dois se engalfinharam. Adrasto de Argos viu-lhes os emblemas nos escudos e reconheceu o presságio. Por isso deu suas filhas ao “leão” tebano e ao “javali” de Cálidon, prometendo recolocá-los nos respectivos tronos. Adrasto reuniu sete heróis, um para cada porta de Tebas. O vidente Anfiarau, a princípio, recusou-se a ir, pois sabia que todos os que fossem morreriam, exceto Adrasto. Mas subornaram-lhe a esposa, Erifila, com o colar de Harmonia e, relutante, Anfiarau partiu a pedido dela. Ordenou, porém, aos filhos que vingassem nela a sua morte.


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