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Dessa maneira Ino se livrou dos filhos de Néfele, que voltou para o céu, de onde viera. Quando Sêmele deu à luz Dioniso, Zeus o entregou a Ino e Atamas, e estes o criaram com roupas de menina. Mesmo assim, Hera o encontrou, e Zeus levou o filho embora; Hera enlouqueceu Atamas, que, tomando o próprio filho Learco por um veado, matou-o. E quando alguém de Frixo chegava a Orcômeno, ficava preso até as festas de Zeus Destruidor; em seguida, sacrificava-se um carneiro e deixava-se partir o forasteiro. O oráculo disse a Atamas que fosse para uma terra onde os animais selvagens o alimentariam. Chegando ao Epiro, encontrou um bando de lobos devorando um carneiro. os lobos fugiram à sua aproximação e deixaram-lhe a carne, de modo que ali se estabeleceu. Ino pegou seu outro filho Melicerta e ferveu-o num caldeirão para torná-lo imortal; depois, atirou-se ao mar. Um golfinho levou um menino ao Istmo de Corinto, onde ele foi cultuado como Palêmon (o lutador). Zeus, todavia, transformou Ino na “deusa branca”, Leucotéia, pela bondado com que tratara o infante Dioniso. Disfarçada em gaivota, ela carregava um véu com o qual salvou Ulisses, quando a jangada deste naufragou.