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Era filha de Tântalo. Casou com Anfião, o tocador de lira, que, com seu irmão Zeto, destronou Lico e fortificou Tebas. Níobe deu sete filhos e sete filhas a Anfião e, exultando com sua gloriosa fecundidade, gabava-se, insensata, de ser mais afortunada do que Latona, que só tivera gêmeos. Níobe, contudo, não refletia na qualidade desses gêmeos: eram deuses, Apolo e Ártemis, que, sempre zelosos da honra de sua mãe, arremeteram aos filhos de Níobe com suas flechas e mataram todos, exceto um. As crianças permaneceram insepultas por nove dias; no décimo, os deuses as enterraram. A única poupada foi Clóris, distinguida por sua piedade; Neleu desposou-a e levou-a para Pilos, onde Clóris foi especialmente abençoada por um de seus filhos. Apolo concedeu a Nestor todos os anos de vida que ele e Ártemis haviam tirado da prole de sua mãe. Nestor viu caírem como folhas três gerações de homens e foi para Tróia. Presa de uma cólera ímpia, Anfião atacou o templo de Apolo e este o matou. Mas Níobe, em prantos, voltou para a Lídia, e orou a Zeus, que a transformasse numa pedra no Monte Sípilo. Mesmo assim ela continuou a prantear os filhos, advertindo os mortais a conhecerem o seu lugar.