1-Páris e os Troianos

A Guerra de Tróia se travou por causa de Helena. As deusas competiram pela maçã de ouro que Éris atirara durante a festa de casamento de Peleu e Tétis, e pediram a Páris, filho de Príamo, que elegesse a mais bela. Pastor do monte Ida, os pais o haviam abandonado quando souberam que ele seria a causa da ruína de Tróia: sua mãe sonhou que dera à luz uma tocha acesa. Páris defendeu os rebanhos no monte Ida e foi denominado Alexandre, “o defensor”, e ali se casou com Enone. No julgamento, Afrodite lhe prometeu Helena; ele concedeu-lhe a maçã, rejeitando Hera, que lhe acenara com o império da Ásia e Atena, que lhe oferecera sabedoria e a vitória nos combates. Afrodite amava os troianos por causa de Enéias, que tivera de Anquises. A Aurora raptou Titono, irmão de Príamo, e pediu a imortalidade para ele. Os deuses, relutantes, concederam somente o que a Aurora pediu, e Titono, ao envelhecer, foi convertendo-se em gafanhoto; perdeu todos os sentidos com a sua energia e, no entanto, não podia morrer. Apolo amava Cassandra, filha de Príamo, e prometeu-lhe o dom da profecia por seus favores. Os deuses não podem revogar seus dons; mas, zangando-se quando se viu repelido por Cassandra, jurou que ela nunca seria acreditada.


1