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A Maçonaria

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Um estudante rosacruz


 

Diário de um anjo:
da extinção dos Homens

 

Diário de um anjo

"De todos os seres físicos que já existiram, conta-se que o homem foi o mais iluminado que já se viu. Possuidor de livre-arbítrio e fruto de uma evolução milenar, este ser dominou todos os demais de sua época e controlou, como soberano imbatível, todos os recursos de seu  planeta.

Inteligência, destreza e capacidade de disseminar informações entre si parecem ter sido características inatas desta raça. No entanto, indícios há de que sua maior força residia em seu dom de materializar seus desejos, anseios e vontades em realidade. Tal capacidade, segundo registradores de vanguarda, seria o equivalente ao que entendemos como 'sonhar'.

Animais de estatura mediana e de compleição física incompatível com um meio ambiente tão hostil, parece que o ato de sonhar e de tornar estes sonhos em realidade deram, à humanidade, todo um arcabouço psicológico que os compeliu a pensar e agir para resolver problemas que, inicialmente, eram apenas de sobrevivência. Ao que parece, de tanto repetir este trinômio, sonhar-pensar-agir, a humanidade foi capaz de avanços assombrosos.

Registros de tradição oral mostram que esta raça, em pouco mais de 100.000 mil anos, passou de herbívoros fugidios a viajantes espaciais. Especula-se, inclusive, que eles teriam dominado a teconologia de portais estacionários de antimatéria.

Em nível social, estes seres também eram capazes de congregar outros humanos em seus sonhos. Com base nisso, relações duradouras eram estabelecidas e acasalamentos eram permitidos, viabilizando a continuação de sua espécie e, consequentemente,de seu processo evolutivo.

No entanto, algo deu errado. Os registros contam que, em algum momento, a humanidade deixou de sonhar. Rapidamente, seu mundo ficou velho e sem brilho. Sonhos tornaram-se raros, esparsos e de cunho auto-destrutivo. Guerras mesquinhas, frutos de sonhos idem, acabaram por levantar uma última e definitiva sombra sobre seu planeta, outrora chamado Terra.

Gabriel estava lá, então, e viu, com pesar, o Criador chorar ao ver sua jóia mais preciosa esvanecer-se. Ao que parece, Ele, pessoalmente, havia tentado salvá-los inúmeras vezes.

Ainda hoje, os Anjos Primordiais balançam a cabeça ao relembrar estes fatos e observam que, não por acaso, naquele dia fatídico para esta raça, o Sol nunca havia estado tão brilhante em toda sua existência..."

 

[Ensaio de Diógenes Lima, em 12 Mar 2003]


FUNK: mais um reflexo do que um brilho

Sou, mas quem não é?!

Paz e Harmonia a todos!

Caros amigos,

Sinceramente, não sei qual seria o intuito de discutirmos a 'onda funk', mas, como vivemos numa sociedade, gostaria de dizer algumas palavras sobre o assunto e procurarei ser sucinto.

Nosso país é uma nação onde a imensa maioria é de pobres. Não vou me estender na explicação deste raciocínio, mas, creio eu, todos concordamos que, em função dessa pobreza e da ausência do Estado, 90% de nossa população apresenta um nível cultural baixíssimo. Artes e cultura em geral são luxos aos quais nosso povo não se pode dar.

A mídia, tb em sua imensa maioria, com honrosas exceções, tem que 'vender' produtos para sobreviver. Ora, para quem? Para o povo, claro. Afinal de contas, as classes mais altas (minoria absoluta) não ligam para a mídia 'main stream'. Assim, a mídia, promove eventos, pessoas, ritmos, programas, etc, que possam ser absorvidos e desejados pelo povo. Ocorre que, numa espécie de 'moto-contínuo', o povo tb só dá audiência para coisas que ele pode entender, compreender, digerir.

Um outro aspecto que reforça este abaixamento geral de nível, é que o nosso povo trabalha muito, muito mesmo, para ganhar quase nada. Acorda de madrugada para ir trabalhar e volta só à noite para casa. Cansado, estafado, cheio de contas para pagar e com um ritmo de vida alucinante, não há como se querer pedir a este cidadão que ele cuide de sua cultura e/ou educação, ou de seus filhos. Deste modo, o número de pessoas que têm acesso à educação e/ou cultura, cai vertiginosamente, dia-a-dia. O efeito disto é que restam-nos, apenas, as coisas fúteis. As demais coisas tornaram-se complicadas demais para se entender e apreciar.

A mídia, eletrônica ou não, já percebeu estes fatos. Sobretudo as redes de TV e gravadoras. Todos os grandes músicos, por exemplo, são unânimes em afirmar que o padrão médio das músicas de sucesso decaiu bastante, seja pelos arranjos instrumentais retirados ou simplificados ao máximo, seja pelo número de notas empregadas. Semelhante coisa acontece no cinema, onde narrativas rasas são oferecidas aos espectadores. Basta compararmos o cinema europeu com o 'main stream' americano. (Claro, há exceções em ambas as partes! O exemplo é apenas didático!)


Pois bem, o mesmo sucede em nosso país. Aliás, com maior profundidade, dadas as circunstâncias que citei anteriormente. Hoje, aliás, já faz algum tempo, nossas TV estão inundadas com novelas e programas com apresentadores(as) fúteis. Se os amigos perceberem bem, notarão que, em todos eles, há um assunto comum e recorrente: sexo. A sensualidade é algo que qualquer ser humano percebe, entende e gosta. E muito. E, se pensarmos bem, nada mais natural do que utilizá-la, explicitamente ou não, para atrair público.

Note-se que não estou dizendo que o sexo e a sensualidade sejam ruins, muito pelo contrário. O que quero lembrar, é que o sexo é a mais baixa (no sentido de básica) necessidade humana, só perdendo para a necessidade de se alimentar. Um detalhe a se ressaltar aqui, é que para atendermos às necessidades sexuais não há necessidade de nenhuma espécie de raciocínio. É o mais puro instinto animal.

Assim, quando os meios de comunicação recorrem, insistente e exaustivamente, a esta sensualidade explícita, diz-se que eles estão 'baixando o nível'. E, se pararmos para pensar, perceberemos que é como se eles dissessem: "Não pensem. Apenas sintam necessidade e assistam! Assistam e sintam necessidade! E comprem..." Como se pode perceber, é uma verdadeira ode à mediocridade.

Outro argumento a ser adicionado, é que, se por um lado a sensualidade requer baixo nível de raciocínio do espectador, por outro lado a exposição da sensualidade é algo de baixíssimo custo para a mídia. Mostrar bundas, peitos e afins requer pouco ou nenhum esforço (financeiro ou material) de produção. Ou seja: é uma verdadeira 'mina de ouro' para a mídia, sobretudo, claro, a televisiva. Sabendo disto, as emissoras de TV têm tido muito cuidado em aumentar a 'cultura da bunda e afins', afinal, isto muito lhes interessa. Neste sentido, novelas e programas de auditório têm cultuado mais e mais a necessidade do 'corpinho bonito', incutindo no povo a idéia de que o sucesso pode (e neste sentido, estão certos) ser obtido por um corpo escultural.

A indústria fonográfica, que tb trabalha muito com imagem, percebeu isto.Mais tardiamente, mas percebeu. Nesta indústria, nota-se que o reflexo mais forte disto tudo começou a partir das bandas de axé-music e afins. Não vou nem citar o pagode porque, apesar da mesmice rítmica, o abaixamento de nível em termos de sensualidade ainda não ocorreu. A indústria de 'carlas perez' cresceu, nos últimos 5 anos, a olhos vistos. São tantas as bandas e tão parecidas e todas com tanto apelo sexual, que normalmente elas até se confundem entre si. E talvez até desejem isto, afinal, o sucesso de uma garante o sucesso de todas.

Neste declive total, o 'funk', no Brasil, é mais um passo em direção à mediocridade que assola o país. A novidade, agora, é que, não satisfeitos em insinuar e mostrar a sensualidade, fazem coreografias explícitas do ato sexual e chamam isto de dança. Ou seja, mais uma vez, o nível foi baixado ao mínimo. Devo admitir que a mensagem, desta vez, foi tão forte e penetrante, que, de fato, as meninas já estão indo sem calcinha para os 'bailes' e lá fazendo sexo. Como não bastasse a sua apologia da anti-cultura, o 'funk' oferece a sua 'contribuição' para o aumento da gravidez entre mães adolescentes. Pensemos: que tipo de mãe será essa? Que maturidade ela terá para criar uma criança? Isto é lamentável...

Outra coisa que acho preocupante no 'funk', é que eles não fazem música.Sons 'sampleados' e meia dúzia de palavras são chamados de 'música'. A gravidade disto, se me permitem dizer, é que, isto feito, alinhamos autores e música 'funk' a: Schubert, Liszt, Beethoven, Orff, Mozart. Exagerei? Tudo bem: Ivan Lins, Roberto Carlos, Legião Urbana, Capital Inicial, 14-Bis,Carmem Miranda, Chiquinha Gonzaga, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Adriana Calcanhoto, Marina Lima, Angela Maria, Marisa Monte, Cauby Peixoto, etc, etc, etc,etc. A lista é tão grande, que não vale a pena citá-la toda. E isto para ficarmos apenas na parte musical em si, ou seja, no talento musical apenas, pois, se acrescentarmos os letristas...

Ou seja, caros amigos e amigas, o 'funk' por si só não é um problema. Ele é apenas MAIS UMA evidência clara de que estamos 'descendo a ladeira'. Analisemos, com seriedade e sem o ofuscamento idiotístico forçado pela mídia: um povo que acha que ser louro(a) e apresentador(a) de TV é o máximo, que 'funk' é música e que ter um corpo escultural (original ou siliconado) é garantia de sucesso, pode chegar a algum lugar? Será que um povo assim, pode alcançar as estrelas? Será que um povo assim, pode querer ser uma potência internacional? Ou ser um potentado esportivo? Ou brigar comercialmente com qualquer país? Não, meus caros, não há como. O caso da 'vaca louca', agora há pouco, foi sintomático e emblemático.

Como se vê, um povo assim sofre humilhações internas e externas, dia após dia, e não faz nada. É manipulado e não se incomoda. É passivo como gado no pasto, esperando a hora do abate. Em suma, é TUDO que um governo deseja: um povo manso e dominado. E, pelo visto, 'tá dominado, tá tudo dominado'!

 

[Ensaio de Diógenes Lima, em Out 2002]


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