Michelângelo, teto da capela Sistina, Roma, Vaticano.

Veja também : Capela Sistina virtual, Itália.

Michelângelo, O Escravo Agonizante. Paris, Museu do Louvre.

Michelângelo Buonarroti (1475 -1564), segundo Vassari, pintor e arquiteto renascentista, é o homem perfeito, pois sintetiza a técnica com a intuição, superando os antigos clássicos. Seu trabalho já faz parte de uma outra fase do Renascimento, em que a maior mecenas era a própria Igreja e os Papas.

Michelângelo pintou o teto da Capela Sistina, no Vaticano em Roma, a convite do Papa Júlio II, seu grande mecenas e protetor. Seu trabalho solitário durante mais de 4 anos, dependurado em andaimes, desenhando esboços, deu forma a imagens grandiosas, mas serenas, cheias de vida e força. Aliás é essa a principal característica deste gênio, combinar extrema delicadeza e suavidade com força e vitalidade impressionantes. Foi contemporâneo de Leonardo da Vinci, aliás se admiravam mutuamente, e como não poderia deixar de ser, eram rivais.

Michelângelo também em Roma, criou, por encomenda, o túmulo de Júlio II, inacabado. Mesmo assim, as esculturas que terminou são obras primas pela sua perfeição em dominar o corpo humano. Entre estas está a famosa estátua do "Escravo Agonizante".

Apesar de sua origem florentina, trabalhou a maior parte da vida em Roma. E foi lá que, a serviço do Papa Leão X, outro grande mecenas da época, terminou o trabalho, iniciado por Bramante, da abóbada da Catedral de São Pedro. Michelâneglo encontrou fama e importância nunca conhecidas por outro artista anterior, mesmo se comparado a Leonardo, que era mais visto como um bruxo devido às suas idéias inovadoras. Michelângelo viveu uma longa vida e tinha um temperamento muito difícil, pois tinha autconsciência de sua genialidade e criatividade individual e sabia até dizer não aos mais poderosos da época, que aliás, o disputavam para trabalhar para eles. Queriam ter seus nomes associados aos do grande artista, buscando a imortalidade e admiração. Olhando as obras de Michelângelo, dá para entender que não estavam errados.

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