Coluna Bungee Jump

 Contribuição “anônima”

 

 Tchan, tchan, tcharanrã. Arriba, arriba. Bungee Jump já. Qualquer semelhança com uma coluna famosa do jornal mais esquerda, digo, besta do país, terá sido mera coincidência. Ai, ai, ai. Já comecei mal. Além de imitar jornal, copiei fim de apresentação de novela da Globo. E só para fazer uma lembrança (eu sei que não tem nada a ver), não esqueço o dia em que fizeram um “Você Decide” com uma paródia da história do PC Farias, digo, farinha, e, no fim, tiveram a pachorra de escrever o supracitado. Xi, esse supra tá parecendo o Marchi falando: o texto supra, as notas de rodapé, “ex tunc”, “ex nunc”, a festa que não devia ter, a moda na Itália, a minha tese de doutorado, a minha namorada, o meu despertador, o latim do Dárcio, nhem nhem nhem, nhem nhem nhem.

Ah, só para registrar nos peitorais, digo, anais, do 1º DI, já que a maioria da classe já tinha ido para o interior, Minas, Goiás, Amazonas, Bolívia, Colômbia, à merda (desculpa a deselegância) etc. Enquanto Evita Hellmans Perón dava aula sobre a lei maior, João Barata, com a maior cara de pau do mundo, levanta da cadeira e começa a remover uns papéis e a colocar outros no quadro de avisos da classe. “Será que o senhor não podia esperar o intervalo para fazer isso?”, esbraveja a romena, de sotaque espanhol, que jura que é brasileira. Com a sua já tradicional cara de palhaço, elevada à vigésima terceira potência, o “de cujus” senta. Imediatamente vem uma voz lá de cima: “que papelão, hein!”. Resultado: 2 a 1 para o flamingo da aula de Constituição? Não! A filha do Maurício de Souza vai fazer chamada, e pior, no final de toda aula. Ai, ai, ai. Vai chover depê por falta. Depê de Constitucional, reaval de Sacologia. Não  vejo   a   hora  de  o  semestre  acabar.  Prefiro agüentar bêbado pulando de Bungee Jump do que a aula de Marx sobre a origem das classes sociais do grandão de sociologia. E eu tô morrendo de medo.

A cada dia que eu vejo o Lazanha eu fico mais assustado. A frase mais otimista que ele soltou na última aula foi: “Ou o país entra em recessão, ou quebra e entra em recessão”. Vou começar a estocar farinha. Quando tudo estourar eu fico viajando e finjo que não vi nada. Tudo pelo éfeagacê.

A tentativa de tirar alguns professores tam-bém já encheu o saquinho. Tá parecendo novela que a globo estica. O primeiro abaixo-assinado é para saber se querem fazer um abaixo-assinado. No segundo perguntam se você tem certeza. No outro... Xi, perdi o último porque tava dormindo na aula do oitavo anão. Perdi o último capítulo da embromação.

 E os movimentos estudantis da melhor faculdade de Direito da América Latrina não param. Eleição para saber quem vai ser candidato à eleição para vice-presidente, para saber qual deve ser a cor do prédio, se o mármore das escadas não tá um pouco gasto, a cor do sabão do banheiro, se vai chover, se o Hakkinen vai ser mesmo campeão, se vai ter mesmo duas corridas de F-1 no Brasil. Que saco! Estudante depois da ditadura ficou meio perdidão. Não tem contra o que protestar. Vamos protestar contra a nossa vida boa: “Movimento mordomia nunca mais”. É melhor que reclamar da candidatura do Marchi, que nem existe.

Eh, eh, eh. Nóis fica de depê mais num qué nem sabê. Vai indo com a farinha que eu já comi o bolo inteiro. Se você tem alguma piada não se avexe. Mande  pelo correio bubônico,  ou fale pessoalmente comigo (aliás, é bem mais fácil)

Czarfreddo@hotmail.com

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