Pouco se sabe com certeza sobre o poeta Clássico Luís Vaz de Camões (1525?-1580). De uma camada menos nobre da Corte portuguesa, deve ter ainda assim recebido educação esmerada. Perdeu o olho direito em Ceuta, 1549 e foi preso em 1552 após meter-se em brigas. Viveu miserável na Ásia e África durante 16 anos, mas voltou a Lisboa em 1569, onde passou a receber uma pensão de Dom Sebastião, a quem dedicou Os Lusíadas. Tinha uma companheira inseparável, sua amada Dinamene a quem tantos poemas dedicou, que faleceu durante um naufrágio no rio Mekong, onde conta a lenda que Camões nadou com um braço, manteve Os Lusíadas seco com o outro e salvou-se enquanto sua companheira morria. Fez a poesia épica e lírica, tendo um estilo precursor do Barroco. Mas das poesias a ele atribuídas são na verdade de outros autores, sendo muitas delas ainda hoje de autoria contestada. Sua maior obra foi a poesia épica Os Lusíadas, considerado o maior monumento poético da língua portuguesa. Escreveu seus poemas em várias formas, mas se destacou verdadeiramente nas redondilhas e nos Sonetos. Observe ao lado um destes sonetos.