(Mercurius,
em latim) - Filho de Zeus e Maia, o
arauto dos deuses e fiel mensageiro de seu pai, nasceu numa gruta
do monte Ciline, na Arcádia. Era o deus dos caminhos, das ruas e
das viagens, mas também o deus da eloqüência. Logo que nasceu,
fugiu do berço e roubou cinqüenta novilhas do rebanho de Apolo.
Em seguida, com a casca de uma tartaruga, construiu a primeira
lira e com o som deste instrumento aplacou Apolo, enfurecido pelo
furto; esse deus acabou por deixar-lhe as novilhas e deu-lhe o
caduceu, a vara de ouro, símbolo da paz, em troca da lira. Zeus
deu-lhe o encargo de levar os mortos a Hades, daí o epíteto
Psicompompo. Concedia riqueza aos homens, sendo o protetor de
comerciantes, ladrões e vigaristas. Inventor, além da lira, as
letras e os algarismos, fundou os rituais religiosos e introduziu
a cultura da oliveira. A Hermes eram oferecidos sacrifícios de
porcos, cordeiros, cabritos... Simboliza a inteligência
realizadora. Esperteza e velocidade são as características que
o definem melhor, além da prudência. Livrou Ares das correntes
dos Aloidas, levou Príamo à tenda de Aquiles e matou Argos,
guarda de Io. Foi também considerado o deus do sono e dos
sonhos, que fechava e abria os olhos dos homens com o caduceu.
Divindade muito antiga,
Hermes era invocado a princípio como deus dos pastores e
protetor dos rebanhos, dos cavalos e dos animais selvagens; mais
tarde tornou-se o deus dos viajantes, e em sua homenagem foram
erguidas estátuas a beira das estradas (hermas). Posteriormente,
Hermes tornou-se deus do comércio e até dos ladrões; para
proteger os compradores e vendedores, inventou a balança.
Também considerado deus da eloqüência e patrono dos
esportistas, é representado por um jovem nu ou vestido com
túnica curta, um jovem belo, ágil e vigoroso; na cabeça tem um
capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu
principal símbolo, o caduceu.