Chorar

Não gosto de chorar,
porque chorar me torna frágil.
Mais frágil ainda do que sou,
ou até quem sabe,
mais frágil do que possa parecer.
A frieza da vida me assusta.
Ela corta como um bisturi e disseca meus olhos,
sangrando meus sonhos,
deixando minha alma vazia e nua.
Pobre alma a minha !
Perdida entre tantos olhos,
por tantas vidas,
entregue a mercê de seu próprio destino.
Por vezes não me vejo nela
e creio até que ela não se vê em mim.
Existimos as duas,
ora unidas,
ora ambíguas,
tentando sobreviver bebendo o sal das lágrimas,
comendo a poeira do chão da estrada,
insistindo em caminhar.
Mas onde está o sentido ?
Quem é que pode dizer que há algum sentido em alguma coisa ?
Caminhamos junto a uma multidão,
e todos estão absolutamente sós.
Não existe realmente um sentido.
O destino inexorável nos leva ao fim.
Claudia Marczak

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