"Todo fim de semana era assim: baile, mulher, droga e briga"
Quando o coral canta os hinos de alegria e glória a Deus, é
difícil imaginar as diferentes histórias por trás
de cada voz. Pois a maior vitória para alguns dos jovens reunidos
está na transformação que Jesus empreendeu em suas
vidas a partir do momento que entraram no coral. A maioria vem de lares
evangélicos, mas também há quem, já na mocidade,
conviveu com o mundo da violência e das drogas.
Rogério Neves, de 20 anos, é hoje cantor e produtor do
Happy Day. Ele já freqüentava a Nipo quando tinha 12 anos,
mas ficou afastado por muito tempo, "por causa das amizades", explica.
"Andava com uma turma da Praça da Liberdade que bebia, fumava e
usava drogas como maconha e cocaína", relata. Quando ia com os colegas
para bailes, as brigas eram rotina, e ele chegou até a andar armado.
"Todo fim de semana era assim: baile, mulher, droga e briga."
Com a ressaca, ficava o vazio. "Depois de beber ou usar cocaína,
ficava me perguntando: ‘Por que eu fiz isso?’" Era o inimigo o acusando.
Depois, prometia que não iria fazer, mas assim que passava na Praça
da Liberdade sentia o chamado do vício.
"Quando comecei a freqüentar a praça, trabalhava
e estudava", conta. "Larguei tudo." No começo, era só a bebida,
depois chegaram os convites para outras viagens. "Satanás nunca
deixou a droga faltar", diz. "Ele começa empurrando um monte de
coisas que você acha bonito, mas depois te derruba", continua. "É
tudo ilusão."
Rogério começou a ir à igreja há cerca
de três anos, apesar de continuar a freqüentar a antiga turma.
Com o tempo, sentiu a transformação de Deus em sua vida,
passou a trabalhar e hoje está cursando o colegial. "O coral foi
um degrau para me ajudar."
Entre os louvores preferidos do grupo está Santo, Santo. "Não
tem como explicar, o canto vem do coração", diz. Para quem
está passando por uma situação semelhante à
que enfrentou, ele recomenda: "Procure se entregar de corpo, alma e coração
para Deus", afirma. "Não fique cobrando mudanças, mas deixe
Ele trabalhar em você, pois, sem perceber, a pessoa vai se transformando
aos poucos."
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