A Chama

 

Há que se manter acesa a chama!

Conter o vento que soberbo sopra

Para que o sopro que gelado espia

Não a retraia e nem a devore

 

Eu não cuidei e por isso choro

Não a amparei e a tempestade veio

Mas ainda que ela apagada esteja

Basta acendê-la para sair das trevas

 

Perseverar nessa esperança inócua

Pode perder-me por caminhos vãos

Mas sem o brilho que teu olhar reflete

Melhor perder-me que esquecer de ti

 

Me ajude pois a recompor a luz

Que ainda pode ressurgir das cinzas

A vida é isso, refazer pedaços

A desistência é não mais sentir

 


@Bruxo

Fevereiro/2002


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