Big Bill Broonzy
* 26-06-1893
† 15-08-1958
Discografia Básica
The Young Big Bill Broonzy
Do That Guitar Rag (1928-1935)
Big Bill Broonzy Sings Folk Songs
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"When my baby left me, she left me broken down
She said Goodbye Big Bill, I will see you in another town
Now you know I'm lonesome
Way these blues keep doggin' me
I says that's all right Big Bill will be up someday."
Big Bill Broonzy em Big Bill Blues
A data correta de nascimente de William Lee Conley Broozy não é
conhecida. Costuma-se tomar como 26 de junho de 1893 na cidade de Scott,
Mississipi, mas há documentos que atestam como sendo cinco anos
mais tarde. Com 17 irmãos, Big Bill era filho de ex-escravos das
plantações de algodão.
Com
o estabelecimento de sua família no Arkansas e sob influência
de seu tio Jerry Becher, músico de Stonewall Jackson, Big Bill começou
sua trajetória musical com o violino, tocando clássicos como
Oh Susana e Midnight Special. Aproximadamente aos dez naos
conheceu C.C. Rider, uma violinista que acompanhava Fast Black e como conseqüência
apaixonou-se pelo instrumento. Costruiu então seu primeiro istrumento
de cordas artesanalmente.
Tocou em festas e igrejas e até foi pregador. Foi à Europa
durante a Primeira Guerra lutar ao lado dos aliados. Depois de seu retorno
em 1919, continuou atuando em clubes até que o pai cobrou-lhe uma
decisão: a música ou a igreja. A escolha revolucionou a história
do blues e partiu em 1920 em direção a Chicago, onde Papa
Charlie Jackson ensionou-lhe a tocar violão e coseguiu um contrato
com a Paramount.
Foi carregador de pianos, zelador, caseiro, faxineiro, motorista de
bondes e até garçom, mas sempre seguindo com a carreira musical
paralelamente. Seu primeiro sucesso foi Big Bill Blues, de 1927.
Realizou a partir daí gravações regularmente, para
diversos selos como Perfect Banner, Gennentt, Champion, mas o reconhecimento
veio em 35 no Bluebird, subsidiária da RCA.
As
gravações persistiram e Big Bill já começava
a conquistar o trono do Blues de Chigaco, até então pertencente
a Tampa Red. Foi em 1938 que veio a grande chance de estourar. John Hammond
buscava músicos para o shwo Spirituals To Sing, que aconteceria
no Carnigie Hall. Precisava de músicos genuínos de country-blues.
A primeira opção havia sido Robert Johnson, mas a notíca
de sua morte impediu a convite. Blind Boy Fuller estava preso. Hammond
esqueceu-se de Leadbelly e acabou por convidar Broonzy, que neste momento
já começava a flertar com o blues elétrico.
O show no Carnigie Hall abriu uma nova faixa de mercado para Big Bill.
Gravava para a Chess e Mercury atentendo o público negro e para
a MGM e Verve, para os brancos.
Fez vários shows na Europa depois de 1951 sendo o primeiro bluesman
a tocar na Espanha em 1953. Foi no velho continente que foi escrita sua
autobiografia Big Bill Blues(a primeira de um bluesman), pelo belga
Yannick Bruynoghe e tambem um documentário em 55 e 56 respectivamente.
Em 1957 gravou seu último disco e perdeu a mãe, com 102
anos. Sua saúde, fragilizada por um câncer de garaganta não
resistiu mais e às 5:30 da manhã, de 15 de agosto de 1958.
Big faleceu dentro de uma ambulância, rumo ao Hospital Billings de
Chicago. Seus restos mortais encontram-se em Lincoln of Worth, no estado
de Illinois.
Recebeu
vários prêmios póstumos, como o de melhor vocalista
da revista alemã Jazz Podium além de melhor artista de blues
tradicional em 1968 pela Acadêmia de Jazz Francesa. Muddy Waters,
seus sucessos no trono de rei do blues de Chicago, homenageou Big Bill
com o álbum Muddy Waters Sings Big Bill Broonzy.
Broonzy foi responsável pela adaptação das técnicas
de violino para violão, bem como pela composição de
aproximadamente 350 temas, sendo que gravou 260 músicas, das quais
100 foram de sua autoria. Sem grandes sucessos, talvez as sua músicas
mais populares sejam Key To The Highway e Diggin' My Potatoes,
revisitada por vários nomes do blues. Podemos sem sombra de dúvida
conceder-lhe o título de padrinho do blues elétrico. |