Iguanas
Os animais de estimação da moda!!! Para alguns: nojento!!! Para outros: gracinha!!!
Reino Animalia
Filo Chordata
Grupo Craniata
SubFilo Gnathostomata
SuperClasse Tetrapoda
Classe Reptila
SubClasse Diapsida
Ordem Squamata
SubOrdem Lacertilia ou Sauria
Família Iguanidade
Os iguanas estão atualmente entre os animais mais procurados como opção de animal de estimação. Para nós, mamíferos, a intaração e a manutenção de animais similares, como cães e gatos acaba sendo "naturalmente mais fácil", pois o comportamento e as condições de "stress" são prontamente reconhecidas e, na medida do possível, evitadas. Já com exemplares totalmente diferentes e com biologia: fisiologia e comportamento bem adverso ao nosso, os problemas de reconhecimento e identificação de possíveis moléstias e má adaptação às condições de cativeiro tornam-se constantes. Compreender como funciona um réptil como o iguana e quais suas reais necessidades é fundamental para o sucesso de sua manutenção:
- Os iguanas são animais vertebrados cujo esqueleto é ósseo, formado basicamente por carbonato de cálcio, apresentando apenas algumas estruturas cartilaginosas.
- Sua temperatura corpórea depende do meio ambiente, sendo conhecidos cientificamente como pecilotérmicos. Todo o alimento consumido pelos iguanas se destina diretamente às necessidades metabólicas. Assim a quantidade de alimento é sensivelmente menor quando comparada com a de um mamífero de mesmo porte.
- Seu sistema circulatório tende a apresentar uma baixa taxa de oxigênio dissolvido no sangue, devido a anatomia cardíaca que possibilita mistura de sangue venoso e arterial. Com isso os iguanas não são capazes de realizar prolongadas atividades musculares que consumam altas taxas de energia, pois não dispõem de oxigênio dissolvido no sangue o suficiente para se manter nestas condições. Com isso a produção de calor baseada na atividade muscular é muito pequena e limitada.
- Possuem o corpo revestido por escamas ou placas dérmicas. As escamas apresentam uma camada externa rígida conhecida como extrato córneo, formada por uma proteína chamada queratina. A finalidade desta camada é evitar a perda excessiva de água pela pele e dar maior resistência ao atrito destas escamas com o substrato. Conforme o animal cresce a camada velha de extrato córneo é trocada por uma nova e maior.
- Os iguanas possuem um sistema especial para evitar a perda de água do corpo através da transpiração (por meio do extrato córneo) e pela urina (através de glândulas que mudam o PH da urina transformando-a em ácido úrico e retendo a água no interior do corpo). O equilíbrio hídrico é extremamente importante e a retenção de água e consequente desidratação seriam inevitáveis sem os meios descritos acima.
- A dieta rica em diversidade e proteínas pode limitar a manutenção de certas espécies que não se adaptam a mudanças alimentares, não por comportamento, mas sim por não assimilação dos nutrientes. Inclusive, para a maior assimilação de certos nutrientes, os iguanas necessitam de determinados comprimentos de luz (principalmente Ultravioletas do tipo A e B). Esta falta de iluminação específica é o principal fator de insucesso na manutenção de iguanas e outros répteis em cativeiro.
Aparentemente os iguanas parecem ser animais com certas "deficiências" mas são extremamente adaptados ao meio em que vivem. Como a natureza fornece todos os fatores ideais para o pleno desenvolvimento, a manutenção em cativeiro precisa de certos cuidados fundamentais.
Ficha Técnica do Iguana iguana
Nome Popular: Iguana; Green Iguana; camaleão; Sinimbu;
Nome Científico: Iguana iguana;
Comprimento máximo: 2,5 metros;
Alimentação Básica: Os indivíduos mais jovens são Onívoros, ou seja, possuem alimentação bastante diversificada, formada por proteínas animais e vegetais. Já os adultos são mais herbívoros. Alimentam-se basicamente de frutas (mamão, banana, pêssego, melão, maçã morango, amora, melância, etc...), legumes e verduras (principalmente as escuras - o alface não pode ser consumido em grandes quantidades, pois pode causar sonolência e desenteria), flores (rosa, ibisco, flor-de-bucha...), papinhas industrializadas de frutas e verduras para bêbes, rações para répteis, insetos e filhotes de roedores.
Legislação de Comércio e Porte: Atualmente são criados em diversas fazendas com finalidades de pet e como fonte de alimento. Apesar de serem facilmente reproduzidos em cativeiro estão lostados dentro do APÊNDICE II do CITES (Convension on International Trade in Endangered Species of Wild Flora and Fauna) entidade internacional que regulamenta o transporte legalizado de exemplares da flora e da fauna. Animais listados no CITES e comercializados sem documentação específica (do país de origem e de destino) constitui crime internacional de contrabando de espécies nativas. No Brasil a portaria do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que regulamenta o comércio de exemplares da fauna e da flora, proibe a importação e o comércio de espécies que ocorram naturalmente no Brasil ou nos países que fazem fronteira com o território brasileiro. Mesmo que os exemplares sejam oriundos de criadores internacionais, credenciados e com a documentação do CITES. Somente Instituições Científicas e Zoológicas podem solicitar guias com o respectivo CITES para importação legalizada. Portanto o comércio e a posse de exemplares sem documentação específica (CITES) constitui crime contra a fauna.
Para maiores informações sobre Iguanas e outros répteis:
BIOTERIUM - Tel: 011-6959-8561
Rua Maria Curupaiti, nº 745 - Santana - São Paulo - SP