Epístola preambular para o Ilustríssimo Senhor Michel de Castelnau:

"Se eu, ilustríssimo cavaleiro, manejasse um arado, apascentasse um rebanho, cultivasse uma horta, remendasse uma veste, ninguém me daria atenção, poucos me observariam, raras pessoas me censurariam e eu poderia facilmente agradar a todos. Mas, por ser eu delineador do campo da natureza, por estar preocupado com o alimento da alma, interessado pela cultura do espírito e dedicado à atividade do intelecto, eis que os visados me ameaçam, os observados me assaltam, os atingidos me mordem, os desmascarados me devoram. E não é só um, não são poucos, são muitos, são quase todos."

Giordano Bruno.

Sobre o Infinito, O Universo e os Mundos(8) (1584).


A ORDENAÇÃO DO GÊNESE

ou

UMA CONTESTAÇÃO À CIÊNCIA ORTODOXA

Um Novo Modelo da Terra

Esqueça o que você sabe sobre a Geologia ensinada até hoje: Quase tudo está errado!

Anderson Caio.


"O livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos."

Galileo Galilei em "O Ensaiador" 9 (1623)


"O livro da natureza está escrito na seqüência vertical das formações geológicas da litosfera terrestre."

Anderson Caio em "Petróleo: Origem e Exploração ou Estratigrafia: Teoria Unificadora da Ciência"38 (1993).

Introdução

Não existe um livro específico sobre Geologia como estudo do globo. Existe uma literatura dispersa sobre assuntos ditos geológicos, verticalizados, pontuais, sem relação entre si.
Exemplos do que estamos a afirmar podem ser constatados(1) nos currículos adotados em algumas das principais universidades do Brasil. Durante os anos nos quais se desenvolve o curso ensina-se um amontoado de matérias, sem qualquer vínculo entre si, e cujo conjunto forma um corpo disforme dificílimo de ensinar e de entender, limitado na outra extremidade pela impossibilidade de aprender-se qualquer coisa que se pareça, de longe, com a Geologia como ciência da Terra.
São matérias nomeadas como Geologia Estrutural, Sedimentologia, Petrografia, Geologia Econômica, Cristalografia, Cálculo Diferencial e Integral, Vetores e Geometria, Topografia para Geologia, Termodinâmica de Minerais e Rochas, Fenômenos Ondulatórios para Geociências, Hidrogeologia, Geologia de Campo, Tectônica dos Oceanos, Geologia do Quaternário (sic), Geologia de Superfície, Água do Mar, Oceanografia Geológica, Paleontologia, Geomorfologia, Geofísica, Geologia de Engenharia, Geologia Médica etc, agravados atualmente com mais matérias completamente fora do propósito do estudo do Planeta como, Neotectônica (sic!) e outras que circulam no limite das tolices oficiais e mesmo da insanidade (Mapeamento Sedimentar, Mapeamento Geológico, Geomorfologia, Geomatemática etc, etc,) muitas sem qualquer vínculo com o estudo da Terra.
Essa dispersão de assuntos configura apenas a grande confusão em que se vê a ciência, e que se mantém até agora, por não ter sido compreendida sua lei geral.
Este livro pretende organizar os atuais e dispersos conhecimentos sobre Geologia, de forma que a mesma possa ser ensinada e compreendida, em pouco tempo, e dentro de uma didática simples, que qualquer pessoa com conhecimento dos cursos médios existentes nas escolas secundárias, possa entendê-la com rapidez e facilidade. Isso só pode ser alcançado, porque o estudo tem sua base assentada na Estratigrafia, o braço executivo da Geologia. Essa é a distinção entre o disperso conhecimento atual e a nova etapa do estudo da Terra. Em outras palavras, sem uma definição estratigráfica correta, o estudo não é geológico, apenas uma aventura, geralmente coroada com graves prejuizos econômicos.
O ponto crucial dessa novidade é a identificação em 1986, da unidade básica dos mapeamentos geológicos ou a identificação do objeto natural que deve ser mapeado no campo, para que se possa entender a evolução da Terra como planeta. Tal identificação, desfaz as crendices em que se baseava a ciência até aquele ano, e facilita não somente o ensino, mas o aproveitamento dos recursos minerais e orgânicos que formam a riqueza de cada país e de cada nação, através de perfeitos mapeamentos de rochas, feitos no campo e em escalas adequadas.
Esperamos que este esforço seja aproveitado por todos os que queiram conhecer melhor a história da Terra como planeta, os recursos que ela encerra em superfície e na subsuperfície, sobretudo, descartar algumas fantasias sobre o homem, sua origem e seu futuro neste planeta do sistema solar.

Com isso, pretendemos dar uma nova dimensão ao estudo da Geologia a ser ministrado em escolas, de maneira facilitar a compreensão dos fenômenos naturais, na ordem em que se passam hoje, e se passaram antigamente no globo que habitamos. A formação das montanhas, o aparecimento dos mares, o tempo e a energia, constituem mistérios da natureza e são, com freqüência, justificados por uma teoria particular ou atribuídos à entidades divinas para justificar o desconhecimento da sua origem.
Outra finalidade é desfazer a conexão entre a Geologia - ciência da Terra, e o ponto para onde ela se desviou - a garimpagem, devido a falta de sentido lógico no seu estudo. Procurar petróleo, granitos, calcários, cassiterita, ferro etc (objetivo dos cursos atuais), sem mapas ou a esmo, são meras tentativas feitas sem sentido lógico ou científico, sendo por isso antieconômicas e desgastantes.
Chama-se Geólogo, um profissional treinado para fazer mapas das rochas que compõem a litosfera, ou, um homem que saiba reduzir ao papel a natureza das rochas no campo. Procurar minas e minerais é uma conseqüência, posterior ao mapeamento. Dessa maneira, temos três conceitos que precisam ser firmados para dar sentido ao trabalho:

Há um método definido para o estudo da Terra e conseqüentemente o seu bom aproveitamento econômico: chama-se método estratigráfico. Em que consiste o método? Consiste em mapear as rochas do campo, na sua exata ordem vertical ou seja na ordem do seu aparecimento na crosta ao longo do tempo. Tal método somente pode ser aprendido no campo - o laboratório natural da Geologia, pois só lá se compreende o que são, quantas são, como se originaram, e se distribuem temporal e espacialmente as formações geológicas (escala geológica) e a técnica de mapeá-las (reduzí-las à escala humana).
Sendo assim, sobre a base firme da análise estratigráfica, e a determinação do mecanismo genético de cada fenômeno e o seu encadeamento com os outros, anteriores e posteriores, têm os geólogos a chave para desvendar os segredos da Terra e a exploração de suas riquezas.
Método de Trabalho

Torna-se necessário dizer que as modificações de conceitos e as conclusões a que chegamos, são o resultado de pesquisa ao longo de 40 anos, quando foram estudados milhares de poços furados em busca do petróleo brasileiro, as bacias sedimentares do Maranhão, Amazonas, Paraná, Recôncavo, Tucano, Jatobá e todas as bacias costeiras brasileiras. Relatórios dos laboratórios de Paleontologia, Petrografia e Geocronologia. Mapeamentos sísmicos e gravimétricos; perfis elétricos, testes de formação a poço aberto e em poços revestidos e tudo o mais que se fez ou que faz dentro da indústria de exploração de petróleo.
As conclusões são muitas e abrangem toda a gama do conhecimento humano ao longo dos últimos 500 anos e elas serão discutidas no final do trabalho. Uma delas vale a pena ser colocada neste ponto:

Há que simplificar o método de estudo do planeta, de maneira que a vida dos homens que aqui vivem, possa também ser simplificada para ser melhor desfrutada. Para isso deve-se separar ciência de religião e verificar que é possível desfrutar a única vida que temos, sem a pior das características que existem na superfície da Terra: a miséria, a pobreza e o subdesenvolvimento.
Por essa razão, a página é também um alerta a todos os exploradores das bacias brasileiras que tenham intenção de pesquisar, especialmente petróleo. Entre outras finalidades, mostraremos que a exploração dessa substância, pode ser conseguida de modo fácil e barato dentro de uma condição:
Afastar-se dos métodos exploratórios ortodoxos aplicados nos anos passados, pois isso torna a exploração cara e difícil.
Lembremos que em passado recente, precisamente em 1974 e anos seguintes, fez-se uma experiência desastrada, quando os chamados contratos de risco, postos a funcionar nquela época, não conseguiram se firmar, exatamente por terem aplicado o modelo que aqui chamamos de ortodoxo, obtendo como resultado um redondo fracasso.
Lembrar ainda que a Estatal Brasileira perdeu o monopólio da atividade, porque seguiu exatamente o mesmo padrão de atividade. Ao fim de quase 70 anos de pesquisa (contados a partir da fundação do Conselho Nacional do Petróleo em 1938), não conseguiu, ao menos, suprir as necessidades internas do país em abastecimento de combustíveis.
Veremos a pesquisa que foi feita nos arquivos técnicos da Estatal Brasileira, envolvendo os sedimentos contidos na chamada Bacia do Recôncavo, a determinação dos equívocos cometidos, as evidências dos mesmos e, finalmente, como eles devem ser corrigidos com a finalidade de obter sucesso no trabalho da exploração de petróleo nas bacias brasileiras.
Teremos para isso dois caminhos. O primeiro é mais tedioso pois longo e detalhado, e necessita conhecer-se o procedimento mecânico da construção de um poço exploratório. Devem os leitores verificar a pesquisa feita nos poços da Bacia do Recôncavo lendo os tópicos:
O segundo caminho, o leitor deverá admitir que o resultado da pesquisa é válido e poderá passar às novas idéias de uma nova Geologia seguindo o índice abaixo.
As ilustrações são do autor feitas em Paint e as fotografias são da Internet ficando aqui registrados os agradecimentos do autor pelo uso das mesmas.

Os conceitos aqui emitidos poderão ser discutidos, bastando para isso usar o endereço andykaios@gmail.com, através do qual, faremos o possível para esclarecer questões que possam ficar obscuras ao leitor.


Índice

Anderson Caio


Nota: Nos endereços abaixo pode-se ver diversos currículos que são ensinados em diversas universidades com o título de Geologia. Observe-se a dísparidade 1