ENERGIA:


ORIGEM E EFEITOS

Introdução

Devido a vastidão do assunto energia há uma multidão de opiniões que causam confusão dentro do assunto. São geólogos, engenheiros de perfuração e elevação de fluidos, há os que entendem de eletricidade, de energia atômica e até fazendeiros de cana de açucar, "biodiselistas", políticos, ambientalistas, jornalistas e mais uma multidão de pessoas que vivem do assunto sem que haja comunicação entre eles.
A evidência de que essas pessoas não têm intimidade com o assunto é que, também falam e escrevem sobre ...o petróleo vai acabar,"efeito estufa", elevação do nivel do mar, animais em extinção, pensam que o homem é uma obra de Deus, rezam em igrejas, confessam seus pecados, se iludem com milagres, sonham com o céu, acham que o petróleo é um agente poluidor, falam em carbono limpo e carbono sujo"(sic) e outras palavras e idéias que lhes vem à cabeça dentro de um ambiente de pânico do fim que se aproxima em forma de catástrofe se não voltarmos de imediato à idade primitiva renunciando os benefícios que nós temos atualmente dentro da "Civilizãção do Petróleo." Segundo essas pessoas deveríamos abandonar o conforto das estradas asfaltadas, confortáveis automóveis, computadores, transporte aéreo fácil e seguro, comunicações na velocidade da luz etc, etc. Ao fim e ao cabo, essas pessoas não sabem, de fato, que é impossível voltar desde ponto da civilização. Corresponde pensar que podemos voltar no tempo, algo fora de propósito anti-geológico e absolutamente impossível.
Ao contrário, um geólogo que tenha compreendido todo o desenvolvimento ou a evolução do planeta que habitamos pode afirmar que não há nenhuma possibilidade do petróleo vir a se extinguir nas bacias de sedimentação e que é esta substância que pode nos garantir algum tempo de sobrevida neste planeta, se o assunto for entendido dentro do critério histórico/geológico a que ele pertence.
De fato é impossível fazer-se exploração de energia de modo geral e particularmente de hidrocarbonetos, com economia, sem conhecer sua origem e ocorrência. Por ser a fonte de energia mais importante de todas vamos dar maior ênfase a este aspecto da energia.
Conhecendo a origem da energia e seus efeitos, achar petróleo é uma conseqüência natural. Desconhecendo, depende-se da sorte, caso das diversas companhias de pesquisa em todo o mundo.
No Brasil em particular, no século passado a partir de 1938, até hoje (2007), procurou-se petróleo, e continua-se procurando, sem conhecer sua origem e por isso foram usados métodos exploratórios inadequados para a finalidade, tornando a atividade difícil, dispendiosa e de sucesso questionável. Por este motivo, ainda não conseguimos, nem temos pesrpectivas de conseguir a autossuficiência, e com isso o Brasil não pode progredir ficando imóvel perante as outras nações do mundo, porque as premissas admitidas para fazer a pesquisa daquela substância continuam envelhecendo desligadas dos seus princípios geológicos básicos.
Nem o petróleo tem origem magmática, nem em rochas sedimentares, (source-beds), nem depende de estruturas dobradas e falhadas para ocorrer, como se pensa correntemente seguindo uma filosofia existente desde o fim do século XIX, precisamente em 18851.
O estudo estratigráfico da Bacia do Recôncavo solucionou estes problemas e agora aponta para um caminho mais fácil e mais econômico de conseguir o objetivo. Vejamos a origem de todo e qualquer petróleo determinando a origem da energia e a sua ligação com esta substância.

Energia Universal

Há uma, e somente uma, origem da energia no universo: a gravidade, uma propriedade dos corpos.
Para efeito didático faremos diferença entre origem e fonte de energia da seguinte maneira:

Esta distinção geológica é feita para contrapor outras tentativas, especialmente as originadas da área química e física sobre a origem da energia do universo. A Terra como planeta tem duas fontes de energia. A primeira é a energia própria interior ou energia primária. A segunda é a energia da coroa solar emitida à distância pelo astro central que a atinge pelo exterior. Notar aqui que as fontes são independentes, mas a origem é a mesma. Ambas as fontes mencionadas são dependentes do mesmo fenômeno central e final: a gravidade. A fonte de energia interna central da própria Terra, origina-se seguindo o modelo geral, isto é, pela atração ao centro (peso) das camadas exteriores da estrutura do planeta sobre o núcleo compressível e é uma função da gravidade terrestre. É ela que funde a matéria mineral. Esta energia aquece a Terra de dentro para fora até a litosfera como limite superior.

A pressão provoca o aumento da temperatura ao longo do raio do planeta até‚ alcançar um máximo na região da interface manto/núcleo (não o centro do planeta) (V. figura ao lado). O excesso de energia acumulada no núcleo, sobe da periferia do mesmo através do manto, para a região de menor pressão (a superfície da Terra) onde explode com fragor provocando o vulcanismo e os tremores de terra ou terremotos. O movimento de subida da energia partindo do núcleo através do manto dá origem aos movimentos naturais dos fluidos dentro dessa capa esférica chamados de movimentos convectivos, que, na superfície, movimentam a litosfera, criam as formações geológicas, provocam os terremotos, formam mares, montanhas, vulcões, falhamentos e outras grandes estruturas da litosfera estudados sob a denominação de tectônica, uma parte menor da Geologia Estratigráfica.
O sentido e a direção atual dos movimentos convectivos do magma do manto terrestre, foram iniciados após a grande explosão que determinou a fragmentação continental e tende a diminuir de intensidade até uma parada e inversão do mesmo dentro de um futuro geológico por isso não sendo assunto para preocupações humanas.
A segunda fonte de energia da Terra, resultado do mesmo processo descrito acima, é a energia solar ou energia externa, que chega através da insolação e aquece as três camadas mais externas da estrutura terrestre:

No Sol cumpre-se o mesmo fenômeno originário da gravidade, apenas que em uma escala muito maior devido a maior massa daquele astro em relação ao globo terrestre. Esta energia aquece a Terra de fora para dentro, até o limite da litosfera. Veja as figuras ao lado.

Na primeira vê-se um corte equatorial do Sol (esquemático). A segunda é uma fotografia do Sol onde aparecem as protuberâncias, flares etc, ou áreas de saída da energia (Correntes convectivas ascendentes, claras e brilhantes) e as áreas de retorno (correntes convectivas descendentes mais escuras e menos quentes). São as manchas solares, que mudam de posição e de tamanho periodicamente.

Tanto no Sol como na Terra, (como de resto em todo e qualquer astro do firmamento), o funcionamento da energia é o mesmo (e não há motivo para pensar-se diferentemente): a gravidade atrai ao núcleo a massa mineral do astro, o que faz aumentar a temperatura do mesmo, fluidificando-o completamente ou parcialmente, transformando-o em pura energia luminosa que se espalha esfericamente para o universo.

Classificação dos Astros

Este funcionamento dá lugar a uma classificação dos astros segundo a massa neles contida, sem quantificação:

  1. Corpos com massa menor do que a necessária para produzir energia observável.
  2. Corpos com massa bastante para produzir energia interna.
  3. Corpos com massa bastante para produzir energia radiante.
A Lua e vários satélites do sistema e subsistemas são exemplos do primeiro caso. A Terra e vários dos planetas são exemplos do segundo caso e, finalmente, o Sol e qualquer estrela do firmamento é o exemplo do terceiro caso.

Os astros também podem ser classificados segundo o ponto de vista energético.

  1. Corpos celestes emissores de energia e
  2. Corpos celeste receptores de energia.
Estes últimos então se dividem:
  1. Receptores-refletores e
  2. Receptores-armazenadores de energia.
Os emissores de energia são os astros em permanente explosão e que podem ser vistos com ou sem auxílio de aparelhos. No sistema solar só o Sol é emissor.
Os receptores podem ou não ser vistos dependendo da distância da Terra (que é o ponto de observação). Receptores armazenadores de energia tem uma atmosfera semelhante a da Terra e receptores refletores, não tem atmosfera.

Em escala solar, pequeníssima parte da energia do Sol atinge a Terra. Na escala humana uma quantidade extraordinária de energia atinge a Terra iluminando-a, aquecendo-a acarretando outros fenômenos importantes para os animais e vegetais que aqui vivem, originando e alimentando a vida e finalmente, originando e armazenando o petróleo na subsuperfície da Terra.
Resumidamente, a energia central da Terra originada no núcleo do planeta aquece o manto de baixo para cima, provocando as correntes convectivas, que por sua vez originam os movimentos da litosfera. A energia central do Sol, também originada no núcleo, agora da estrela, aquece a superfície do planeta.
Dito anteriormente, a Terra é aquecida de dentro para fora pela gravidade terrestre a partir do seu núcleo, e de fora para dentro, pela insolação, uma conseqüência da gravidade solar. O limite físico para o aquecimento é a litosfera. Neste ponto conceitua-se a energia:

ENERGIA PRIMÁRIA ou ORIGINAL é a luz que resulta da massa mineral dos corpos celestes quando submetida a compressões de grandeza estelar!

Se há uma energia primária, segue-se que as outras qualidades de energia são conseqüentes. Energia elétrica, química, eólica, energia do petróleo, são tipos de energia decorrentes da energia primária e obtidas pelo engenho humano. A energia primária não depende da vontade dos humanos.
Do exposto nasce a conclusão máxima deste estudo:

A GRAVIDADE É A ORIGEM DE TODAS AS COISAS CONHECIDAS, INCLUINDO A ENERGIA!

Ciclos da Água e da Energia

Semelhantemente ao ciclo da água, a energia do Sol também cumpre um circuito no globo, com algumas diferenças, que veremos em seguida. A comparação entre os dois ciclos é meramente didática desde que realmente o ciclo da água é uma função do ciclo da energia primária.

Ciclo da Água

Aquecida pela energia solar, a água sobe à atmosfera por evaporação (etapa invisível do processo) e desce como chuva ou gelo, correndo sobre os continentes em forma de rios ou geleiras até o mar onde reinicia o ciclo. Por oportuno reforcemos a idéia que ventos, marés, ondas não são formas de energia independentes, mas uma conseqüência da energia do Sol chegada a Terra que chamamos de energia primária. O ciclo da água, dito acima, é uma função da energia do Sol.
É dupla a atuação da energia solar sobre a atmosfera: provoca-lhe os movimentos e dá origem à vida na superfície da Terra (Ver a Vida e a Morte).
Os movimentos da atmosfera são provocados

Ciclo da Energia

A energia radiante do Sol ao chegar à Terra tem a capacidade de aglutinar os átomos de Carbono (Catenação do Carbono) e seus compostos que são parte dos gases da atmosfera, unindo-os em cadeias com diversas estruturas, desde lineares até cíclicas, ramificadas, tridimensionais etc, as quais ficam dotadas da energia que as formou, determinando também, através da catenação, o crescimento da sua massa. Essas cadeias se formam com qualquer quantidade ou qualidade de luz (luz de qualquer comprimento de onda), sendo a do Sol a mais efetiva por ser a combinação de todas elas. Os compostos assim formados, pertencem a uma das duas partes em que se divide o mundo em que vivemos: o mundo orgânico.
Não são três os reinos da natureza (reino animal, vegetal e mineral) como ensinado nas escolas.
De fato, geologicamente, só existem dois reinos naturais: