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O VALE DE SANTARÉM
NA INTERNET

Bandeira ondulante

"... Vale de Santarém,
de casas branquinhas,
ninho de verdura,
terra da Joaninha..."

Popular


"Até parecia mal,
a uma vila deste calibre,
não estar representada."

André Serranho

ONDE FICA O VALE DE SANTARÉM


Chegando à via Láctea, procure-se a estrela Sol. Vista esta, chegue-se ao terceiro planeta do sistema.
Daí, siga os mapas. Está em estrangeiro, pois se vier de fora da Via Láctea, de certeza que fala inglês.

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Se quiser vir de comboio, terá de apanhar um Regional com destino ao Entroncamento ou Tomar, ou Lisboa Sta. Apolónia. A estação do Vale de Santarém está situada na Linha do Norte, entre as estações de Santarém e Santana-Cartaxo.
Se preferir automóvel, saia da A1 em Santarém ou Azambuja e siga pela N3, que atravessa a povoação.
Também é possível chegar pela N3-3 vindo da Póvoa da Isenta, ou pela EM512 (CTX), vindo de Valada ou Porto de Muge. Esta última é a famosa estrada que fica submersa quando hão cheias.

Apeie-se do comboio, saia do carro, o que for, e comece a explorar!

SINOPSE HISTÓRICA


Origens

À zona onde actualmente se encontra o Vale de Santarém chamava-se em meados do séc. XVIII "Vale do Soeiro Pisão" ou "Vale do Soeiro Tição", tendo o topónimo actual surgido em pleno séc XIX.
As suas gentes desde sempre se dedicaram à agricultura. Nos férteis campos inundados de fertilidade pelo Tejo faziam a sua vida. Diz-se hoje como se dizia antes que "O Vale é verde".

Muitos praticavam apenas agricultura de subsistência, mas a maior parte vivia à mercê do salário de miséria pago pelos grandes latifundiários aristocratas, que actuavam como verdadeiros senhores feudais. Leia-se "Barranco de Cegos" de Alves Redol ou "Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes para se ter uma ideia desta situação que durou até ao anos 60 do séc. XX.

O comboio como motor de desenvolvimento

A aldeia conheceu o seu primeiro período de expansão com o desenvolvimento da rede ferroviária. Na zona em redor da estação floresceram indústrias ligeiras, fornecidas que eram de matéria-prima outrora distante. Ainda há quem se lembre de quando a estação tinha estatuto de II classe a nível nacional, sendo a única a dispôr de uma terceira linha (hoje em dia infelizmente pouco usada) entre o Entroncamento e Azambuja, aparte obviamente, as estações de I grandeza (Santarém e Setil).

Desde a II Guerra Mundial que entrou em rápido declínio, tendo o último testemunho do seu tempo de glória (o grande armazém) desaparecido na década de 80. Das indústrias ficaram apenas as paredes exteriores e uma óptima oportunidade para acções de arqueologia industrial.

Da agricultura aos serviços

Com o desenvolvimento industrial e dos serviços do pós-guerra, a estação ganhou novo papel pois, em vez de chegarem mercadorias partiam pessoas, especialmente para as fábricas de automóveis do Espadanal da Azambuja e para Lisboa.

Pequenas indústrias, como a do calçado (Avilima) conseguiram manter-se em funcionamento até aos anos 80. Daí até aos dias de hoje o sector terciário emprega a esmagadora maioria da população activa da freguesia.

Expansão territorial

O novo pólo de expansão, desde a década de 80, situa-se no denominado "Alto do Vale". O facto de se tratar outrora de terrenos agrícolas, aleado a um inexistente plano urbanístico constituiu factor impeditivo de uma eficaz e necessária construção de infraestruturas de saneamento básico e arruamentos. Foi finalmente asfaltado apenas no final da década de 90.

Por razões de pura mesquinhez, há que exija que esta seja considerada outra povoação. Daí que há quem lhe chame o "Kosovo do Vale".

Presente e Futuro

Impedimentos de cariz político por parte da Câmara impedirmam que a Junta de Freguesia conseguisse pôr em movimento planos de modernização e desenvolvimento do Vale, tais como a implantação de uma agência bancária e de uma esquadra policial, e asfaltagem de novos arruamentos. Atente-se ao facto de que sendo a única freguesia do Concelho de Santarém com crescimento populacional, era aquela com menores fundos camarários atribuídos per capita.

Dados estatatísticos

O Vale de Santarém ocupa uma área de 1.015 ha, e conta actualmente com 3.011 habitantes (dados da A.N.M.P.), o que dá uma densidade populacional de cerca de 300 habitantes/km2 (exactamente 296,65 Hab/km2).
É Vila desde 1995.

SÍMBOLOS DA FREGUESIA


Por ocasião do V aniversário da elevação a Vila, foram apresentados ao público a Bandeira e o Brasão.
Ordenação heráldica:

"BRASÃO: Escudo de prata, com um pinheiro arrancado de sua cor, folhado de verde e frutado de ouro, entre dois cavalos brincões de negro lampassados de vermelho, o da dextra volvido; ponte antiga de dois arcos, de negro lavrada de prata, movente dos flancos e nascente de um pé ondado de azul e prata.
Coroa mural de prata de quatro torres
Listel branco, com a legenda a negro: "Vale de Santarém"

BANDEIRA: Esquartelada de verde e branco. Cordão e borlas de prata e verde.
Haste e lança de ouro."

Bandeira

No brasão estão representados:

- O "Pinheiro das Areias";
- A Estação Zootécnica Nacional ("Fonte Boa"), pelos cavalos;
- A Ponte da Vala sobre a Vala do Tejo.

Clique aqui para ver outras propostas apresentadas.

LUGARES CARACTERÍSTICOS:
O PATRIMÓNIO COLECTIVO


Ponte da ValaA PONTE DA VALA

A Ponte da Vala terá sido construída, segundo a tradição, pelos Árabes, o que lhe atribui a vetusta idade de pelo menos 800 anos se pensarmos que aqueles foram expulsos da área em 1148!!!
A sua traça actual estará algo longe daquela original, o que não surpreende. Afinal, tanto tempo e tanta coisa se passaram!

As últimas obras de restauro iniciaram por volta de 1995. Nessa altura, imagine-se, a Câmara Municipal de Santarém tinha como proposta o alargamento do vão da mesma, o que implicaria a sua descaracterização. Felizmente, a Junta de Freguesia opôs-se vigorosamente, e a ponte foi restaurada em nada alterando o seu aspecto.

Ponte da Vala em Azulejo

Teve honras de ser escolhida para um dos painéis que orlam o Mercado Municipal de Santarém, e daqui se depreende a sua importância para a região envolvente.

À vossa esquerda está então essa "fotografia" em azulejo, onde ainda se veêm touros. Hoje em dia animais já por ali não abundam, os últimos terão sido patos bravos.
Ao clicar na imagem aparecerá em nova janela o pormenor central do painel.

Agora por coisas, já reparou na semelhança entre esta ponte e a que figura nas notas de 10 Euros?

Pinheiro das AreiasO PINHEIRO DAS AREIAS

A esta frondosa árvore são atribuídos 250 ou mais anos, pois se diz que vem do séc. XVIII.

O terreno em volta foi sendo usado para a construção civil, o que, se pensarmos na dimensão das raízes de uma planta de tal idade, lhe provocou sérios danos. A subsequente erosão do solo faz pensar o pior, isto é, que o Pinheiro perca o seu apoio e tombe. Outros problemas são as intempéries, como o vento, que faz partir grande ramos aos quais falta sustentação.

Com a consideração pelo IPPAR desta árvore como "Patimónio Nacional" espera-se que se lhe dê finalmente o merecido respeito e conservação. Porque não criar uma zona de lazer em volta, visto que terreno não falta?
Urge dignificar este espaço que é de todos nós!

"Casa da Joaninha"A "CASA DA JOANINHA"

Na tradição popular, seria aqui que se desenrolou a acção do romance "Viagens na Minha Terra" de Almeida Garrett. Seria destas janelas que a Joaninha dos Olhos Verdes escutava os rouxinóis enquanto esperava o seu Manuel.

Em boa verdade, Garrett pernoitou nesta casa que pertencia ao seu amigo Rebello da Silva, insigne historiador. E talvez se tivesse inspirado em seus jardins (à época) de grande beleza. Mas segundo algumas descrições da obra (especialmente facto que o nascer do Sol é visível), é mais provável que a "Casa da Joaninha" seja na Quinta de Sto. António (foto da Ponte da Vala, ao centro e ao alto, por detrás do arco).

Com a morte do historiador, e com as partilhas entre os descendentes a entrar por becos sem saída, o edil foi-se degradando rapidamente desde 1970. A Junta de Freguesia desde o 25 de Abril que tentou por todos os meios adquirir o imóvel e transformá-lo em bem público, mas a má fé dos proprietários imperou.
Em Julho de 1990, horas após ter sido finalmente desenterrado um acordo que previa a sua transformação em Centro de Dia para a 3.a Idade, deflagrou um misterioso incêndio dentro da casa, o que deitou por terra toda e qualquer hipótese de recuperação desta outrora belíssima propriedade.

Fonte das 3 bicas AS FONTES

Falar do Vale de Santaém sem falar das suas fontes é como falar de Natal sem bacalhau.

Conhecida a nível nacional (e porque não dizê-lo, mundial!), a Fonte da Joaninha (ou Fonte das 3 bicas como é chamada pelos autóctones) é marco de referência para viandantes, ocasionais ou não, que aqui enchem os cantis para saborear as suas frescas e límpidas águas durante a viagem ou no dia-a-dia. O estilo característico e o painel de azulejo alusivo à Joaninha dos Olhos Verdes tornam-no reconhecível até para o visitante mais incauto.


Fonte da 1 bicaMenos conhecida dos turistas mas de não menos importância para os locais, a Fonte da 1 Bica impõe-se no Largo Visconde Almeida Garrett. Embora menos mediática é, como a anterior, ponto de encontro, como de resto é visível na fotografia.

OUTRAS SECÇÕES


Dic. DICIONÁRIO VALEDESANTAREMZÊS-PORTUGUÊS
Descubra (se ainda não sabe) as peculiariedades linguísticas da nossa terra.
Exemplos: Ánhar v. Atrofiar, ficar atrofiado Tás a ánhar!
Oclipal
s. m. Conjunto de oclipos
Oclipo s. m. Eucalipto
Céu O VALE VISTO DO CÉU
Fotografias retiradas do sítio do INFOCID com ampliação máxima.
Este levantamento foi feito em 1997.
Como tal, existirão já algumas alterações à paisagem.

O CAMPO AO VALE JÁ!

VALE A CONCELHO JÁ!

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